Use-me Sr Hacker. - Vinnie Hacker

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P.O.V. Scarlett

Vinnie abriu a porta do táxi para mim, estendendo a mão, sorri a pegando firmemente.

Ele havia pedido ao seu motorista que levasse, para a minha casa, as roupas que comprei para ele, então fomos de táxi para o Departamento de Policia. Sem soltar a minha mão, ele pagou o taxista e juntos entramos na Delegacia.

Na portaria, encontramos papai e Larray conversando.

- Ah, finalmente chegaram! – papai exclamou se aproximando de nós, vi Larray sorrindo maliciosamente, com certeza sabia o que Vinnie e eu fizemos, rolei os olhos, o ignorando.

- Já fez seu depoimento pai?

- Sim. Você será a próxima. Eles estão com Jane agora.

- Ela comentou algo?

- Ela está depondo. Mas parece ter um álibi. – vi Vinnie respirando fundo.

Não sabia se ele se sentia aliviado ou preocupado. Eu estava preocupada. Ela não estar no apartamento, era outro fator contra Vinnie.

Desanimada me recostei nele que me abraçou dando um beijo carinhoso em minha testa.

Eles continuaram a conversar sobre algo, mas eu não prestava muito atenção, fiquei abraçada a Vinnie esperando a minha vez de entrar na sala de depoimentos, eu já me encontrava cansada por toda aquela situação.

Quando será que iriam descobrir a verdade?

Enquanto eles se concentravam somente em Vinnie, o verdadeiro assassino estava à solta e poderia voltar a matar alguém... E se a próxima vítima fosse Vinnie? O apertei um pouco mais forte e ele fez o mesmo em retorno. Talvez até pensando o mesmo que eu.

- Sr. Hacker?! – todos olharam quando a mulher loira e baixa que se aproximava de nós com um sorriso ansioso.

- Jane...

- Eu sinto muito Sr. Hacker, não deveria ter saído do apartamento, mas o Senhor sempre disse, que se eu tivesse algum problema para resolver, eu poderia sair mais cedo do trabalho sem ter que avisá-lo.

- Sim eu disse... – Vinnie murmurou a olhando consternado. – E que problema teve?

- Hummm, bem a minha namorada estava um pouco doente e me chamou. Como tudo estava em ordem e o Senhor havia dito que não jantaria em casa, acreditei que não teria problema se eu saísse mais cedo. Perdoe-me Sr. Hacker, eu sinto muito... – pediu novamente.

- Tudo bem... – Vinnie murmurou vilmente, imagino que ainda tentando entender a história contada por Jane.

Eu me surpreendi com a palavra "namorada" dita por ela.

Será que ela dizia a verdade? Essa namorada seria o seu álibi? Seria Dixie? A minha cabeça estava a mil. Mas nada se encaixava ou fazia sentido realmente. Definitivamente, eu não teria jeito para ser Detetive.

- Scarlett é sua vez... – Larray chamou e assenti, Vinnie deu um beijo rápido em meus lábios e me lançou um sorriso encorajador.

Segui Larray, enquanto Jane ainda tentava explicar os fatos para Vinnie.

Quando estávamos suficientemente longe, interpelei Larray.

- Acha que ela fala a verdade? – ele bufou.

- Pode ser que sim, pode ser que não... Como as câmeras do prédio de Vinnie estavam desligadas é difícil precisar à hora exata em que ela saiu do apartamento. Ela deixou o edifício pela garagem, mas o carro dela possui janelas escuras, aliás, como muitos carros por aqui. Até mesmo o da vítima tinha... O único vislumbre de um homem é pela janela de um dos carros. Sinceramente, eu estou querendo crer que tenha sido proposital. A pessoa que matou a moça, com certeza, sabia dos problemas das câmeras.