- O que está fazendo?

- Me lembrei de certas mensagens de texto, que uma menininha atrevida andou me enviando... – dei uma risadinha.

- Oh, isso...

- Sim, e acho que meio que fiz uma promessa a ela.

- Sim, o Senhor fez... – sussurrei balançando os quadris e ele grunhiu.

- Então se não quiser umas boas palmadas é melhor correr, neném.

- Mas e seu eu as quiser? – ele gemeu e enterrou o rosto em meu pescoço.

- Então você certamente as terá, sua menininha atrevida.

Rindo disparei para o andar de cima, Vinnie sorriu satisfeito, correndo atrás de mim, me pegando nas escadas e me jogando sobre os seus ombros, então ele deu um tapa estalada em minha bunda e continuou subindo as escadas.

- Senhor!?

- Quieta neném! Eu vou deixar essa sua bundinha vermelhinha. – gemi e fiquei quieta, mal podia esperar por aquilo...

[...]

Tentei novamente ligar para Maddy, mas ela continuava não atendendo a porcaria do celular dela.
Merda!

Ela estava me evitando, de novo. Odiava quando ela fazia isso!

Já estava começando a planejar como eu a emboscaria, quando ouvi a campanhinha tocar, umas de nossas empregadas, passou por mim, indo em direção a porta, em seguida, voltando com alguém.

Olhei curiosa e sorri ao ver Noah, mas o meu sorriso morreu ao ver a sua expressão de tristeza.

- Noah? – ele forçou um sorriso, a empregada perguntou se queríamos algo, olhei para ele que negou.

- Nada Lucy, pode nos deixar a sós...

- Claro, Srta. Scarlett. – assim que ela se foi, ele caiu sobre o primeiro acento disponível da sala.

- Desculpe-me aparecer assim, mas eu estava tão chateado e você foi a primeira pessoa em quem pensei.

- O que houve?

- Dixie... – resmungou.

Imaginei que fosse mesmo coisa da "psicoanã", mas o quê será que ela teria aprontado agora?

- O que ela fez?

- Ela não mudou Scarlett, ela estava só sendo condescendente para que eu continuasse a aceitar as suas merdas. – murmurou amargamente e fui até o sofá, me sentando ao seu lado.

- O que aconteceu? Conte-me... – ele suspirou.

- Estávamos tomando café, planejando umas férias, sabe? Viajar, para alguma cabana na montanha, ou algo assim, e ela me disse que devíamos te convidar. – estremeci, ele me lançou um olhar pesaroso, antes de continuar. – Aí eu disse que eu queria ficar sozinho com ela, e ter você e Vinnie conosco não seria legal. Então, ela falou que não precisaríamos chamar Vinnie, e ainda disse, toda alegre, que agora que nós dois éramos amigos, você estaria mais disposta a ficar conosco.

- Ficar? – ele riu secamente.

- Foi exatamente o que perguntei, e ela disse, sim nos três! Juntos, teríamos muita diversão, ela completou. Porra! eu sou tão idiota, acreditei nela e de novo ela me enganou.

- Noah, eu sinto muito...

- Não é culpa sua... Eu deveria ter dito não, na primeira vez que ela sugeriu esse tipo de coisa, mas eu a amo tanto, Scarlett, então eu aceitei para não perdê-la...

- Eu te entendo Noah, mas mesmo a amando, você não poderia ter deixado de ser você mesmo, porque uma hora isso vai pesar...

- Agora eu sei... Mas antes, eu achava que deveria mudar por ela, sabe? Ser o que ela queria, mas eu não posso, eu não quero...

- E nem deve! Se ela não te respeita, não te merece! – ele me puxou para um abraço, eu suspirei o abraçando apertado.

Afaguei as suas costas e o ouvi fungar, eu o deixei ficar ali, até que ele se sentisse melhor... Ficamos assim alguns minutos e quando nos afastamos, ele forçou um sorriso, os seus olhos estavam vermelhos e grunhi.

Maldita "psicoanã"!

- Quero esganá-la! – ele riu asperamente.

- Eu também, mas ao mesmo tempo a quero só para mim...

- Oh Noah! O quê você vai fazer?

- Eu não sei... Eu amo Dixie, de verdade, mas ou ela aceita quem eu sou, ou eu vou me separar dela...

- Você pode ficar aqui em casa, até se sentir mais forte para partir para outra...

- Eu tenho dinheiro Scarlett, posso alugar um apartamento, ou algo assim.

- Eu sei que pode, mas ainda assim, acho que deveria ficar aqui!

- Você é muito boa para mim.

- Somos amigos, não é?

- Claro! Obrigado.

- Sem problemas. Hey, você não tem família? – ele negou.

- Os meus pais morreram quando eu era adolescente, eu vivi com uma tia em Washington, mas assim que terminei a Escola Regular, vim para Faculdade em Nova York, eu ainda ligo para ela, e a visito, ocasionalmente, mas ela e eu não somos muito próximos.

- Hmmm, bem como eu te disse há pouco, você poderá ficar aqui se quiser! Eu estarei aqui para o que precisar. Ok?

- Você é um anjo Scarlett. Depois de brigar com Dixie, eu só consegui pensar em você...

- Bem, não sei se sou um anjo, mas definitivamente, eu sou sua amiga! E é para isso que servem os amigos, não é?

Ele sorriu, antes que falássemos mais a alguma coisa, a campanhinha tocou de novo, ambos ficamos tensos.

Seria Dixie?

- É Dixie! – ele guinchou, eu já me preparava para proteger o meu amigo daquela "psicoanã".

Vi Lucy passar correndo por nós, então voltou alguns segundos depois, com uma mulher bonita, claramente mais velha e que não era Dixie.

Atrás dela vinha um homem carregando as duas malas, Lucy sorriu nervosamente, enquanto a mulher olhava sorrindo para mim.

Notei que havia algo familiar nela, ela não era muito alta, mas era bonita, tinha cabelos compridos de uma cor loira, cor essa que só vi em Vinnie... Quando os olhos dela encararam os meus, tão castanhos quanto os de meu Vinnie, eu sorri...
Foda-se!

- Sra. Hacker?! – ela sorriu mais ainda.

- A própria!

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Votem e comentem nos capítulos, isso me deixa mais motivade para continuar a escrever! Qualquer erro me perdoem!

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No início do capítulo fiquei com raiva da Scarlett 😋 quase desisti de escrever ele por isso

• 01/04

Xoxo,
Ash <33

Use-me Sr Hacker. - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora