- Então, teria sido Jane?

- Ela seria a suspeita mais lógica. Mas qual seria o seu motivo? Vinnie é um ótimo chefe, o salário dela é exorbitante, ela tem um emprego tranquilo e estável. Ela jogaria tudo isso fora só para ferrar com Vinnie?

- Argh! Isso não faz mesmo muito sentido... – ele riu.

- Eu sei. Mas ainda vamos manter um olho nela. Só para garantir... Vamos ainda dar uma ligeira fuçada em seu passado... Quem sabe não encontremos algo suspeito?

- Sim... E Tânia? Ela não tinha inimigos? Alguém pode ter se aproveitado da atração dela por Vinnie, e assim, matado dois coelhos com uma cajadada só.

- Ao que parece não... Ela não é daqui, acho que é de Londres, mas teve uma vida profissional impecável, assim como a pessoal. Decidida e bonita, sempre conseguia o que queria.

- Menos Vinnie... – ele sorriu.

- É, menos Vinnie!– concordou.

Ao chegarmos à sala restrita, cumprimentei o Policial que conheci na outra noite. Larray como meu Advogado, se manteve comigo, com ele ao meu lado, eu narrei o meu dia naquela data. Não que o meu depoimento ajudasse muito, já que no horário que mais interessava, eu não estava com Vinnie.

Quando saímos da sala, encontramos Vinnie, ele parecia cansado e estressado, papai teve que ir, pois tinha uma reunião importante.

- Como foi?

- Sua garota foi ótima. Mas você ainda está na merda. – ele riu, porém eu podia perceber que o seu sorriso era forçado. Fui até ele, e o abracei fortemente.

- Vai acabar tudo bem.

- Eu espero que sim, neném... Essa merda toda está acabando comigo. – o apertei mais forte ainda e ele fez o mesmo.

- Vamos pombinhos! Eu vou lhes pagar um café e conto sobre o depoimento da sua governanta.

- Ok... – com os braços ainda em volta de mim, Vinnie me deu mais um aperto e se afastou, me abraçando pelos ombros.

Seguimos Larray para fora da Delegacia, indo para um café do outro lado da rua. Fizemos nossos pedidos e ao recebê-los, fomos para uma pequena mesa de canto. Ao sentar dei um gole na minha bebida, Vinnie deixou a dele sobre a mesa, parecendo um pouco perdido.

Voltei-me para Larray que bebia o seu café, enquanto olhava preocupado para Vinnie.

Não aguentando mais ver a carinha de desolação de meu Mestre, me virei para Larray.

- E o que faremos agora? – ele voltou a sua atenção para mim, dando-me um sorriso apertado.

- Bem, as nossas maiores chances para provar a inocência de Vinnie, ainda são as câmeras da joalheria, e as de trânsito. O ruim, é que Vinnie foi de táxi... e táxi em Nova York é o que não falta, além de serem todos iguais. Mas no momento, a nossa melhor chance é a joalheria mesmo.

- Você já foi lá?

- Sim. Eles vão verificar as câmeras e me mandar por e-mail às imagens. A atendente da loja se colocou a disposição para depor ao seu favor, Vinnie.

- Felizmente uma boa noticia!

Eu já estava ficando insana com tanta merda vinda de uma vez só. Senti Vinnie deitar a cabeça em meus cabelos.

- Se provarmos que eu estive mesmo na joalheria, eu ficarei livre de qualquer suspeita?

- Bem, não completamente. A Promotoria poderá colocá-lo como cúmplice. Haja o que houver, ela foi encontrada em seu apartamento. Precisaremos descobrir o verdadeiro assassino e que ele confesse tudo, porque até então, você continua na mira da Policia.

Use-me Sr Hacker. - Vinnie HackerWhere stories live. Discover now