Capítulo 30

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O caminho para o quarto é bem mais curto do que Louis esperava que fosse. Suas mãos talvez estejam tremendo, só um pouquinho, enquanto ele abre a porta do andar deles. E ele caminha até metade do caminho para o quarto quando o pânico toma conta dele. E se Harry não quiser ouvi-lo? E se ele só gritar com Louis em vez disso? Ou, e se Louis não conseguir pensar nas palavras certas? E se tudo sair como uma enorme confusão e ele só piorar as coisas?

Foda-se. Ele abre a porta mesmo assim. E Harry não está ali.

Louis mordisca o lábio, olhando ao redor, como se Harry pudesse estar se escondendo em algum lugar. Mas, a menos que ele esteja sob alguma cama, ele não está ali. Então Louis senta-se à mesa, o rosto direcionado ao chão, e ele espera. E quanto mais ele espera, mais nervoso ele fica, até ele estar prestes a pular da cadeira e deixar o quarto.

Harry aparece antes de ele poder fazer isso. Ele está usando um casaco grosso e calças de moletom, e Louis tem quase certeza de que metade da roupa pertence ao Niall. Harry calmamente fecha a porta atrás de si e se encosta contra ela, a cabeça abaixada. Ele parece — ele parece machucado, é isso. Como se o que Louis o disse mais cedo tivesse o machucado profundamente, de verdade.

Então Louis engole em seco, fecha os olhos, e diz um sincero, genuíno, "Eu sinto muito."

Quando ele abre os olhos, Harry ainda está com a cabeça abaixada, mas seu olhar se encontra com o de Louis. Ele está franzindo o cenho, desconfiado. "Por quê, exatamente?"

Louis se move. "Hm. Muita coisa?"

Harry assente. "Você deveria sentir."

"Sim, mas você também." Louis concorda.

Harry assente de novo, se afastando da porta. Seus pés se arrastam sobre o chão, fazendo o caminho até a cama dele, como se ele estivesse cansado demais para erguê-los. Ele se joga sentado sobre o colchão, se inclinando para colocar a cabeça sobre as mãos. Louis não o incomoda, imagina que Harry precise de um momento e o deixa assim. Quando ele finalmente ergue a cabeça, ele diz, "Eu estava tentando te ganhar. Com os chocolates e a..." Ele balança a mão.

"Música." Louis completa. Mais uma vez, Harry assente silenciosamente em confirmação. "Eu pensei que você estivesse brincando comigo, por isso reagi daquela forma. Mas o Niall disse que você não estava, e o Liam gritou comigo, e—"

"O Liam gritou com você?" Harry parece completamente chocado.

"Não é? Eu realmente não imaginava isso também." Louis passa uma mão pelos cabelos. "Ele disse que eu deveria me desculpar também."

Harry tensiona, a expressão se desfazendo. "Então é por isso que você está se desculpando," ele diz friamente. "Porque Liam disse para fazer."

Louis sai da cadeira em segundos. Ele se ajoelha na frente de Harry, as mãos hesitantemente pousadas sobre as coxas dele, caso Harry não queira ser tocado. Mas Harry não o afasta, então ele toma isso como um encorajamento. "Não é por isso que estou me desculpando," ele diz em tom baixo. "Digo, é por isso que estou fazendo isso agora, mas não--eu não estou dizendo isso só porque o Liam disse que eu deveria. Eu estou dizendo porque eu realmente sinto muito."

Harry bufa, desacreditando. "Tá."

"Harry," Louis implora.

"Pelo que você sente muito, então?" Harry pergunta. Ele está sentado com as costas retas, as mãos segurando a cama de ambos os lados do seu corpo, o olhar na parede sobre a cabeça de Louis. "Se é verdade, então por que você sente muito? Especificamente?"

Louis mordisca a parte de dentro do lábio. Ele fica mal só de pensar em quantas formas ele poderia responder. Tantas, tantas opções que não é de se duvidar que Harry o odeie. Talvez Louis tenha justificado sua raiva por Harry também, mas isso não muda nada. Os dois foderam com tudo, como Liam disse. "Por não te agradecer pelos chocolates," ele decide, indo com a última ofensa primeiro. "E a música. Mesmo que tenha sido brega pra caralho."

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