Not Happening - Larry Stylinson

Capítulo 20

Todo mundo sai lentamente da sala depois do leilão. Harry se levanta também, seguindo Zayn e Liam, os dois bem próximos e sussurrando animadamente. Harry ainda não tem certeza se eles namoram. Ele achou que eles estivessem, mas quanto mais tempo ele passa com eles, menos certeza ele tem. Ele nunca os viu beijar, ou de mãos dadas, mas eles agem como se namorassem.

"Harry."

Ele vira, com as sobrancelhas arqueadas, para encontrar a Sra. Kensington olhando para ele com expectativa, e então ele se lembra. "Ah, sim." Ele rapidamente vai até ela, e ela entrega a ele o resto do dinheiro dos trezentos dólares que ele a deu para comprar a obra de Louis. "Obrigado."

"Eu ainda não entendo por que você não deu lance, mas não me incomodo," ela diz, movendo as mãos. "Você pode levar o quadro quando quiser."

"Está tudo bem se eu deixar aqui até quinta?" ele não quer levar de volta para o quarto e Louis perceber que foi ele quem comprou. Isso estragaria completamente o plano de fazê-la dar o lance por ele. "Eu deixo aqui, então não preciso levar pro quarto."

"Claro, querido."

"Obrigado," Harry acrescenta mais uma vez.

Dessa vez ela apenas se despede, se afastando para conversar com outra pessoa. Harry guarda o dinheiro e vai embora, indo para o quarto.

Está vazio quando ele chega lá, ainda bem. Isso era o que ele planejara, ele está agradecido, mesmo que isso o distraia todas as vezes que ele chega e a cama de Louis não está ocupada, ou ele não esteja sentado à mesa. Não que Louis tenha que esperar por Harry como um cachorro obediente, ou como seu namorado "dono de casa", ou algo do tipo, mas quando ele está ali quando Harry chega, faz com que algo cresça dentro dele.

Ele está um pouco nervoso enquanto anda pelo quarto, pendurando as luzes de Natal que ele pegou emprestado da sala de artes, umas que não foram necessárias para a decoração. Ele também liga o rádio, apenas um pouco de música suave de fundo, um dos CDs de Louis que ele ouve bastante (e ele sabe que Louis odeia quando Harry mexe nas coisas dele, mas ele pensa que está tudo bem, só dessa vez). Quando ele acende as luzes e apaga a do quarto, o quarto está moldado por luzes suaves e brilhantes. Parece romântico, ou algo parecido. Não que Harry seja bom com coisas românticas, mas ele está tentando e isso deve contar, certo?

Quando ele termina, ele tira o celular do bolso, passando até o último contato. Ele conseguiu o número de Louis com o Niall semanas atrás, não que ele tenha usado. Niall ainda o provoca por causa disso, e Harry parou de brigar com ele por causa disso porque a provocação de Niall é justificável.

Lembra de quando eu pedi para conversar? Vc pode vir para o quarto? É o Harry, aliás ele manda, as mãos tremendo só um pouco. Mas ele não vai ficar muito ansioso por causa disso. Isso seria ridículo. Mas ele se ocupa ao retirar o presente de Louis do armário, segurando firme em suas mãos.

Não é um presente caro. É só uma daquelas lanternas que você coloca sobre os livros para que consiga ler no escuro. Harry achou que isso tornaria sua vida melhor, já que ele e Louis brigam constantemente porque Louis deixa a luz acesa para fazer trabalhos enquanto Harry tenta dormir. E não parecia um presente extravagante também. Como algo que ele passaria semanas escolhendo (mesmo que ele tivesse passado).

Quinze minutos se passam sem uma resposta ou Louis chegando ao quarto, e Harry começa a morder o lábio. Vinte minutos, e ele começa a andar pelo quarto.

Quarenta e cinco minutos depois e ele recebe uma mensagem curta que diz Desculpa, eu não posso. Minha irmã veio me buscar. Eu estou indo pra casa. Boas festas.

Harry pisca lentamente, o olhar fixo na tela. E ele se levanta, jogando o presente de Louis na última gaveta da mesa antes de arrancar as luzes e ir para a cama, recusando a se sentir chateado por isso. Ele deveria saber que algo do tipo aconteceria. Harry é sempre tão estúpido; Louis sabe disso, e ele sabe disso também. Por que isso seria diferente?