Reunindo a minha pouca coragem, fui ao escritório, ouvi vozes, felizmente não eram gemidos, mas estava tudo meio abafado pela porta fechada, dei uma batidinha e a abri.

Pai estava sentado na cadeira atrás de sua mesa, enquanto esfregava as têmporas, Maddy atrás dele massageando os seus ombros.

Quando abri a porta, os dois me encararam, o meu pai congelou, já Maddy sorriu.

- Bem, eu já vou Scarlett! Imagino que vocês tenham muito para conversar...

- Claro! Tchau Maddy, obrigada por vir.

Ela sorriu e para a minha mais completa surpresa e a de meu pai, ela o abraçou pelo pescoço e deu um beijo estalado na bochecha dele.

- Tchau, tio Robert! – ele torceu o nariz, ela se afastou dele e me deu um abraço rápido, desejando boa sorte.

Assim que ela se foi, olhei para o papai.

- Oi.

- Maddy é uma moça muito carinhosa. – ele resmungou, imagino que tentando explicar o beijo dela.

- Aposto que ela é... – bufei, ele franziu as sobrancelhas.

- O que quer dizer?

- Nada importante... Quero mesmo saber o que acha de mim e Vinnie juntos? – ele esfregou os olhos.

- Eu nem sei o que pensar Scarlett.

- Que você está feliz por mim?

- Feliz, não sei se é a palavra mais adequada. – fiz uma careta.

- Mas... você é um DOM. – ele praguejou baixinho.

- Vinnie te contou isso?

- Na verdade, eu ouvi. Estava um dia na casa dele, você chegou e bem, eu subi, mas deu para ouvir.

- O que mais você ouviu? – perguntou hesitante, imagino tentando lembrar o que mais ele tenha dito naquele dia.

Contudo, não era sobre isso que eu queria falar naquele momento.

- Não é importante! O que me importa é saber o que o Senhor acha de tudo isso?

- Eu não sei, Scarlett. É um pouco difícil de assimilar. Até ontem, você era a minha filhinha, e agora...

- Hey! Eu ainda sou a sua filhinha. – sussurrei, ele forçou um sorriso.

- Claro que é... Mas também é uma mulher.

- Qual o problema, então?

- É só, ...bem... eu queria mantê-la afastada do meu mundo...

- Diz do mundo BDSM?

- Sim...

- Por quê? Você faz parte dele.

- Exatamente por fazer eu sei as coisas que acontecem... as cenas, os jogos... DIABOS! – ele grunhiu e assenti.

- Eu entendo que vai ser um pouco difícil no começo, mas depois nos acostumaremos...

- Fala como se fosse fácil.

- E é! Eu me acostumei com você e Maddy. Oras! – deixei escapas, ele gemeu pesaroso.

- Foda-se, você sabe sobre ela?

- Sim, levou uns dias para que eu me acostumasse, mas eu estou tentando entender agora. Pode fazer o mesmo por mim?

- Realmente está bem comigo e Maddy?

- Sim... Quero apenas ver ambos felizes. E se é juntos que vocês são felizes, quem sou eu para ficar no caminho?

Ele se levantou de sua cadeira e me puxou para os seus braços, me abraçou forte, beijando a minha testa com ternura.

- Eu te amo querida! Obrigado por ser tão compreensiva.

- Também te amo papai. Eu só quero mesmo é que seja feliz. – ele me afastou um pouco.

- Quero que seja feliz também, minha querida. – sorrimos e ficamos abraçados por um bom tempo.

O estômago do pai rosnou e ri.

- Venha, eu e Maddy fizemos uns sanduíches.

- Parece uma boa ideia, querida.

Fomos para a cozinha e sentamos juntos enquanto dividindo os sanduiches. As coisas ainda estavam um pouco estranhas, tínhamos acabado de saber dos segredos um do outro, mas iríamos nos acostumar, eventualmente, pelo menos eu espero...

Depois de um tempo, caímos em uma conversa fácil, falamos sobre o trabalho dele, e eu falei sobre como estava ansiosa para finalmente começar a minha Faculdade, mesmo que eu ainda não soubesse o que quisesse fazer.

Pai achava que eu deveria cursar algo no ramo de gerenciamento de empresas, pois assim estaria apta para trabalhar com ele. Eu ainda não sabia se o meu coração estava para aquilo, pelo menos por enquanto, aquela vertente não era algo que eu desejasse.

Na verdade, eu não fazia ideia do que quisesse realmente.

Pai já estava em seu quarto sanduíche quando o seu celular tocou, como ele estava com a boca cheia, me pediu para atender.

Olhei no visor entranhando quando vi que era Vinnie.

Só fazia uma hora, talvez uma hora e meia que ele havia partido.

- Alô? – atendi quando já estava no quarto toque.

- Scarlett, chame Robert.

- Vinnie, o que há?

- Eu... – ele pareceu perder a lógica das palavras.

- Vinnie, você está bem?

- Eu não posso conversar agora, Scarlett... Eu preciso que chame Robert.

- O que houve? – uma sensação de pavor começou a se infiltrar dentro de meu coração, algo estava muito errado.

- Scarlett, eu preciso falar com Robert, eu preciso de um advogado.

- Para quê?

- Tânia Denali foi encontrada morta no meu quarto de brincar. – rosnou.

Sem saber o que dizer ou o que pensar, eu entreguei o celular ao meu pai, que me encarrava preocupado.

Eu ainda o ouvi falando ao fundo com o pai, mas a minha mente estava muito confusa.

O que diabos aquela vadia fazia no nosso quarto de brincar?

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Votem e comentem nos capítulos, isso me deixa mais motivade para continuar a escrever! Qualquer erro me perdoem!

Outro capítulo com mais de 4000 palavras 😫😫

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Q os jogos comecem 🙈

• 03/05

Xoxo,
Ash <33

Use-me Sr Hacker. - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora