- S-C-A-R-L-E-T-T! – ele grunhiu e respirei fundo antes de falar.

- É você, Vinnie.

- Eu?

- Claro, né! Pai estava meio desconfiado de tantas saídas com a Maddy, vai ver ele a viu em algum lugar quando menti que estava com ela. Enfim, achei melhor inventar que estava namorando.

- Tinha que me chamar de namoradinho? – resmungou e voltei a rir.

- Vinnie não seja bobo, papai é quem está o chamando assim. Ele não gostou muito de saber que estou namorando. Aliás, você foi chamado de moleque também! – dessa vez ele riu.

- Sim, isso soa como Robert. Perdoe-me neném, eu fiquei fora de mim.

- Tudo bem. Eu gosto que seja ciumento. – Vinnie bufou.

- Não é uma sensação agradável, acredite! Agora, me diga que historia é essa de ir à galeria de Whitlock?

- Conhece Noah?

- Noah? De onde o conhece?

- Pai o trouxe e a Dixie para jantar em casa ontem. – Vinnie xingou baixinho.

- Ela não tentou nada, não é?

- Não, mas também não dei chance de ficar sozinha com ela.

- Bom, muito bom! Não confio em Dixie.

- Achei que ela era sua amiga.

- Não somos exatamente amigos, nos conhecemos mais pelo nosso estilo de vida.

- Falando nisso, você é um DOM, Dixie uma Domme, certo? Mas, como vocês conheceram o meu pai?

- Isso você terá que perguntar a ele neném...

- Mas...

- Tenho que ir! Não se esqueça de que nesse fim de semana você é só minha. – antes que eu dissesse algo, ele havia desligado, fiquei olhando para o aparelho com uma careta.

Ok então!

Teria que perguntar ao papai, mas temendo a resposta, vou adiar o máximo possível.

[...]

Quando sexta-feira finalmente chegou eu estava ansiosa, nos últimos dias, Vinnie esteve muito ocupado e o máximo que nos falamos, foi por telefone, então não era de estranhar que eu estivesse muito animada.

Aproveitei que papai não estava em casa e saí sem avisar, deixando uma breve mensagem de que iria dormir fora. Ele iria assumir que fui para casa de Maddy ou saí com o meu "namoradinho", como ele sempre se referia ao meu amado, quando tocávamos no assunto.

Eu só conseguia sorrir, não conseguia imaginar Vinnie como um namoradinho.

Cheguei ao prédio de Vinnie, paguei a corrida, desci do taxi e fui para a portaria.
Rapidamente me liberaram para entrar, pois o Sr. Hacker já me aguardava.

Entrei no elevador indo diretamente para o andar em que ele morava, quando as portas se abriram, Vinnie estava ali esperando por mim.

Antes que eu falasse algo, fui tomada em seus braços e os seus lábios esmagados contra os meus, gemi deixando cair a minha mochila com as poucas roupas que trouxera e o abracei pelo pescoço, aproveitando os seus lábios maravilhosos.

Quando ele finalmente se afastou para que ambos recuperássemos o fôlego, sem me soltar, ele caminhou até o sofá sentando comigo enganchada em seu colo.

- Olá neném.

- Oi namoradinho. – ele grunhiu.

- Inferno, não use esse termo. Já basta o seu pai reclamando o tempo todo do tal do seu "namoradinho". – ri baixinho enterrando o meu rosto em seu pescoço.

Use-me Sr Hacker. - Vinnie HackerWhere stories live. Discover now