- É... - digo enquanto desço a elevação no hall de entrada - Dumbledore realmente deu um jeito em tudo.

Examino as outras folhas e colunas "HARRY POTTER: SERÁ ELE O Eleito?";"SCRIMGEOUR SUBSTITUI FUDGE"; "CHRYSALIS E ARAN TIRAM FÉRIAS"; "MORTE DE AMÉLIA BONES"

Deixo as cartas e o jornal em cima do sofá e subo novamente, entro em meu quarto e rapidamente pego uma maleta de tintas e duas telas. Já estava saindo quando vejo o pequeno aparelho de som em cima da escrivaninha, o pego também e vou em direção ao outro lado da casa. Era meu lugar favorito, o cômodo era por inteiro branco; o piso de mármore; uma enorme janela, a qual abro assim que entro.

Deposito a tela no cavaleto e contemplo por os jardins, faço um rabo de cavalo desarrumado, ligo uma música e começo a pintar.

HARRY'S POV

Os dias se passavam de forma lenta, não sentia ânimo para fazer absolutamente nada, tudo o que eu mais queria nessa vida era ver S/n e me desculpar. Hermione disse que era melhor dar um tempo; "Deixe S/n descansar a cabeça" disse em uma de suas últimas cartas e tinha a leve impressão que ela estava brava comigo. Ron continuava em contato, embora sempre perguntasse se nós tinhamos nos acertado.

Estou deitado na cama olhando para o teto quando escuto uma voz vindo do andar de baixo:

- Boa-noite. O senhor deve ser o Sr.Dursley. Será que Harry não o preveniu que eu viria buscá-lo?

Me levanto em um pulo, pegando a mala e desço a escada correndo, paro abruptamente a alguns passos do hall.

- Ah, boa-noite, Harry, vejo que já está com as malas em mãos, ótimo, então vamos!

- Tchau - me despedi apressado.

- Até a próxima - disse Dumbledore aos Dursley e, cumprimentando-os com um aceno do chapéu, saiu teatralmente da sala.

Caminhamos embaixo do céu escuro, até chegarmos ao final da rua, onde segurando no braço de Dumbledore aparatamos.

Senti todo o meu corpo se contorcer e então ao abrir os olhos vi que estavamos de frente para uma grande casa de pedra. Olho em volta e só vejo verde, além do horizonte percebo um mar; contornamos a fonte na frente da casa e chegamos na porta.

- Professor, onde estamos?

Ele não responde, apenas toca a campainha e quase que imediatamente uma elfa doméstica aparece na porta.

▶️

- Olá! - ela diz com uma voz fina.

- Olá, boa noite - diz Dumbledore gentilmente - S/n?

Sinto meu estômago revirar e começo a mecher nos dedos, inquieto.

- Lá em cima, professor. Entrem, entrem.

Entro na casa e olho para todos os lados admirando o quão bonita era, nunca tinha vindo aqui antes. O ambiente era quente e aconhegante. Farofa roça em minha perna e eu me abaixo para fazer carinho no gato.

- Podem subir! - diz a elfa.

- Obrigada.

Acompanho Dumbledore pela escada, sorrio ao ver a parede da mesma coberta por quadros; uma música tocava ao longe, ao chegarmos no 2° andar vejo que mais a frente, do outro lado tinha um enorme portal. Ela dançava e cantava enquanto pintava um quadro, sorrio involuntariamente, o desejo de abraçá-la e beijar cada parte de seu corpo arde em minhas veias.

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Where stories live. Discover now