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Homenagem pro nosso eterno Chorão com vídeo nesse capítulo.

- Legal, já chega! - empurrei o Dênis da cama. - The end pra romance! - ouvi o barulho dele caindo no chão, em seguida, o ronronado dele.

Dênis: Caraca, Nathalia... - resmungou, passando a mão por cima da cabeça. - Dei de testa no chão. - eu ri.

- Bom que acorda rápido! - levantei, andei pro banheiro.

Enquanto escovava meus dentes pensei na vovó, se quer saber, o carnaval não é tão legal assim... Eu poderia estar com ela, cuidando na moral, abraçada, ela me faz rir. Ainda bem que resta só mais um dia, caso queiram ficar, eu vou embora. Não aguento mais de saudades da véia!

No café, meu sono falava mais do que minha fome, Dênis estava ao meu lado, comendo feito louco.

- Quer meu pão também?! - murmurei.

Dênis: Não tá com fome?! - neguei com a cabeça. - Aconteceu alguma coisa? - ele estranhou. Acho que ele me chamou de gulosa...

- Mais ou menos. - respirei fundo, mexi no copo de leite. - Saudades da minha avó.

Dênis: Ah é... Esqueci que você também é criada por avó! - ele riu de lado.

- Você é? - fui meio antipática, mas ok. Ele confirmou com a cabeça. - Legal... Alguma coisa em comum!

Dênis: Ainda tem muita coisa pela frente...

- Fala assim como se soubesse tudo sobre mim. - bufei.

Dênis: Esse café da manhã tá ficando estranho! - rimos juntos. Marcela apareceu.

Marcela: Minha mãe me ligou... - encarou Dênis.

Dênis: Não tô mais aqui! - sorriu. Pegou o pão e o enorme copo de leite, deu adeus pra cozinha.

- O que foi, Mar? - ela se sentou do meu lado e as lágrimas ficaram expostas.

Marcela: De novo... Meu pai bebeu e fez da casa um inferno. - puxou ar, olhando pro teto. - Não sei até quando vamos aguentar... O Matheus já não fica em casa como antes, meu irmão era a última salvação de ajeitar tudo!

- Quer ir embora? - alisei o ombro dela. - Eu vou com você...

Marcela: E estragar seu carnaval?

- Não liga pra isso, somos amigas... Tô contigo! - ela me abraçou e eu devolvi.

Fiz ela comer alguma coisa e fui pro quarto, me trocar e deixar as malas prontas, sairemos depois do almoço. Eu estava sentada em cima do poço da casa, de lá, dava pra ver a praia inteira e se ficasse de pé, a cidade inteira. Quando, do nada e sem a minha permissão, Alan escondeu a vista aparecendo na minha frente. Fiz cara feia.

Alan: Posso falar com você?

- Se o assunto for chato vou cobrar dez reais no final por perder meu tempo.

Alan: É sobre nós... - revirei os olhos. Ele sentou do meu lado, mesmo assim.

- Fala logo, antes que eu te empurre daqui de cima! - sorri falsamente.

Alan: Desculpa. - eu aceito, claro, mas vou fingir que não sei do que ele está falando, risos.

- Pelo o que? - franzi a testa e encarei ele.

Alan: Quer um cigarro? - ofereceu um Black, peguei rapidamente. - Ah, você sabe... - acendeu o cigarro e me esticou o isqueiro. - O banheiro.

- Ahhhhhh... - acendi o cigarro também. - Lembrei!

Alan: Eu fui um idiota... Você sabe disso, nem preciso falar. - concordei com a cabeça, na cara de pau. - Não quero estragar o que a gente sempre teve, é bom ser seu amigo.

- Na real... - traguei. - Você sabe que eu te considero! - encarei ele, abracei as pernas. - Mas você merecia aquela portada na cabeça... - gargalhamos.

Alan: Tem razão! - ele soltou a fumaça. - Então, desculpa?!

- Desculpado! - estiquei a mão pra ele. - Parceiros?

Alan: Pra caralho... - empurrou minha mão e me abraçou. Odeio abraços, continuei ereta mas acabei rindo. No término do abraço, voltei a encarar o quintal da casa, foi quando vi Dênis, me olhando de cara feia, tragando o cigarro igual a um dragão bufando.

Engoli seco a saliva. Ciúmes? Será?

linda, louca & mimada [2] - Mariana JeveauxWhere stories live. Discover now