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*** A foto do cara representa o Maurício - Paçoca ***

Dênis: Fala... O que houve? - disse parado na porta do banheiro, com olhar de bravo.

- Que isso... Nem saí do banheiro direito! - ronronei, fechei a porta do banheiro e encostei na mesma.

Dênis: Fala logo, não tem ninguém em casa e o lindo tá desmaiado!

- Vem, vamos no quarto... - puxei a mão dele e carreguei o coitado pro quarto.

Ele entrou e sentou na cama, eu ainda desconfortável por estar de toalha.

- Por onde quer que eu comece?

Dênis: Pelo começo? - falou sarcástico.

- Tá legal... - respirei fundo, fui na direção da mala, que estava em cima da minha cama, revirando as roupas, na procura de uma que combinasse com carnaval. - O Alan é um retardado, mas tudo bem! - de costas pro Dênis, soltei a toalha, a mesma caiu no chão, deixei livre meu corpo. - Ele queria ficar comigo, entrou no banheiro e achou que seria fácil! - vesti a calcinha. - Dei uma porrada com a porta nele... - coloquei um sutiã. - Quero dizer... Na cabeça dele. - gargalhei. Coloquei um short que eu amava. - Entendeu? - virei pra trás e Dênis estava de boca aberta.

Dênis: Parei de te ouvir quando você deixou a toalha cair... - disse, engolindo a seco a saliva.

- Tudo bem. - dei de ombros, vesti a blusa.

Abri a porta e saí do quarto, deixando ele pra trás. Acho que ele iria ficar um bom tempo lá, tentando desvendar o que aconteceu, mas pra mim tanto faz.
Fui pra cozinha, catei algumas coisas pra comer na geladeira, sentei na sala, liguei a TV e ai éramos só eu e a minha comida, Alan no outro sofá, semi morto. Fiquei bastante tempo vendo televisão a ponto de ficar tedioso, ouvi o barulho da garagem e dei graças a Deus por eles chegarem.

Marcela: Olha quem acordou... - disse rindo, cruzando a sala, fui atrás dela. Em seguida entrou Mônica, Thiago e Formiga. - O que houve com o Alan?

- Eu dei com a porta na cabeça dele. - todos riram. - Tão rindo de que? - falei séria. - Aconteceu mesmo!

Formiga: O que meu irmão fez dessa vez?

- O que ele sempre faz... Age igual idiota. - gargalhei sem fim.

Dênis: Vai ter que tirar a roupa pra eles entenderem! - respirou fundo, cruzou a cozinha até a geladeira.

- Idiota! - continuei rindo.

Mônica: Tô entendendo nada...

Thiago: Melhor assim! - se aproximou dela e beijou a testa, fiz careta. Todo mundo sabe que ele não presta, acho que tá bom de cena.

- Ai, vamos sair logo. Credo! - fui pro quarto. - Que melação! - ronronei.

O meu cabelo estava quase seco, eu terminei de fazer a maquiagem e troquei a blusa, praticamente, todos ficaram prontos juntos. Calcei minhas havaianas e tirei da mochila um punhado de seda, enfiei no bolso sem amassar muito, em seguida um isqueiro e a Mary Jane, esperei todos no quintal da frente.

Seguimos nosso caminho conversando bastante, menos o Thiago, esse cara é muito filho da puta, ainda vou provar pra Mônica, mesmo que ela chore, é melhor a verdade, fala sério... Tá escrito na cara dele que ele não vale nem um centavo! Mas tudo bem, calma... Respira e tenta fingir que ele não existe. Enquanto Alan chutava predinhas e era o último, caminhando lá trás e eu acho bom mesmo, se não vai rolar uma ligação de graça pro 190.

Próximos da praia já exigi meu açaí pro Dênis, que disse: Calma... Na volta a gente compra! Tenho certeza que ele vai esquecer, mas tranquilo. Formiga carregava o isopor e cada um já tinha uma latinha de Skol na mão, andamos pra praia, a rua completamente cheia e eu cheguei até em pensar na minha vovozinha... Paramos a uns 6 metros do palco, a música tocava como aquecimento, rolando uns axés.

Dênis: Vou dar uma volta... - estranhei.

- Tá me avisando? Por que? - ergui as sobrancelhas.

Dênis: Ah sei lá...

- Não tenho nada com você, Dênis. Fica tranquilo! - eu sorri. Ele prendeu os lábios e concordou com a cabeça, dei de ombros.

Agora, realmente eu tinha ficado pra titia, o Alan sumiu, graças a Deus! Marcela só beijava e Mônica só discutia relação, a onde que eu errei?

Rolei os olhos de pavor, encarei o palco e voltei a dar uma olhada em volta, de olhares trocados rapidamente, um eu reconheci. Encarei bastante até definir quem era. Maurício. Sem perceber, automático, eu sorri e me peguei mordendo os lábios, quase amassei a latinha de Skol de tanta vontade de agarrar aquele homem. Observei de longe, ele ainda não me viu, ele ria e conversava com alguém, alguém que eu não decifrei porque tinha um gordinho cobrindo minha visão.

Ainda com o olhar fixo, e com cara de apaixonada, vi uma morena, bem baixinha, se aproximar, muito. Cerrei os olhos na direção dele, enxergando melhor, a morena de maçã na cara, agarrou o Paçoca, beijou ele. Beijou, ele. Uma raiva subiu pela minha garganta, senti o corpo aquecer, eu quis voar naquela garota! Mas espera, não posso... Como que eu tô caidinha por um cara que terminou comigo por eu não fazer sexo? Só eu mesmo.

Andei até o mesmo, com ódio no olhar. Enquanto ele beijava a morena eu tentava pensar em alguma coisa pra atrapalhar.

- Oi! - gritei e enfiei os meus dedos no meio da boca deles. Maurício me olhou assustado e eu dei uma risada, encarei a morena e voltei a dizer: - Oi?!

Maurício: E ai! - respirou fundo, mas não foi qualquer respirada.

- Espero que essa - apontei pra ela. - você consiga comer! - voltei a rir, dei um beijo molhado na bochecha dele e marchei na direção da praça, bem distante da praia.

linda, louca & mimada [2] - Mariana JeveauxWhere stories live. Discover now