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𝚂𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚎𝚜𝚜𝚎 𝚘 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚌̧𝚘 𝚍𝚘 𝚏𝚒𝚖?

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𝚂𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚎𝚜𝚜𝚎 𝚘 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚌̧𝚘 𝚍𝚘 𝚏𝚒𝚖?

E se a morte fosse a verdadeira solução?
E se o Vilão dependesse apenas de quem está contando a história?
E se o Herói não fosse bonzinho de verdade?
E se o "felizes para sempre" realmente não existisse?
E se o "amor eterno" fosse apenas em memórias?

Por algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se colocaria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.

Mas foi decidido que não começaria por nenhum, provavelmente por nem eu mesma saber como tudo começou ou como terminou.

Se eu soubesse a porcaria em que iria me meter, teria dado um fim nessa história antes que ela começasse a ser escrita.

A CHUVA LEVA com ela não apenas nuvens cansadas, mas todos os seus sentimentos, te deixando num vazio estranho que você completa com um chá, café ou chocolate quente e um livro, os mais profissionais acabam se inspirando e terminado o trabalho de semanas acumulados, e os que parecem não gostar muito para não aproveitarem vão dormir.

Talvez no fundo eu tenha medo de chover, os sentimentos serem levados embora e não saber o que fazer, talvez uma bebida e uma leitura não me supram, talvez eu já tenha feito os trabalhos porque minha ansiedade não me deixa atrasá-los, e dormir seria na minha opinião uma perda de tempo.

Na real só queria alguém com conversar nesses tempos e me acalmar dizendo "O mundo não vai acabar, você já passou por isso, vai melhorar e servir de superação quando chover de novo."

Até tenho essa pessoa, mas acho que ela me chamaria de louca, e acho também... que eu acho demais coisas que são simples como a água que cai do céu, do jeito que se aprende no ciclo da água em livros na biblioteca.

Sentada à janela sob a luz do luar observo o frio atípico daquela formosa manhã, sentia-me triste por estar tão feliz, é como se meus sentimentos se misturasse com as nuvens formosas e sem cor.

Decidi ouvir uma música mas essa não tinha som, sentia-me tão só, vazia, não suportava mais aquela dor em meu peito, o meu mundo encontrava-se desabado, não tinha mais forças para continuar. Era o que eu achava.

Chorei muito até ficar sem ar, doeu muito parecia que nunca ia passar. Mas passou. deixei doer, chorei tudo que precisava pra me sentir aliviada.

Ainda existia a dor- agora fantasma- da traição, era assim que eu me sentia, traída. Ver a mulher no qual chamava de mãe me deixar pra trás como se não tivesse mais utilidade e fugir daquela prisão no qual eu havia sido colocada por erros dela, fez minha alma se partir outra vez.

As cartas sussurravam palavras que naquele momento estavam confusas, era como se eu estivesse em uma sala onde ninguém me ouvia, dando ecos e mais ecos.

Passava as noites espiando o céu estrelado, um cigarro entre os dedos. A fumaça saia por meus lábios levando consigo todo peso que estava sobre meus ombros, eu fingia ser feliz mesmo não sendo.

Fingia ser uma pessoa inabalável, mesmo sendo alguém tão frágil como porcelana, fingia ser confiante, enquanto minhas mãos suavam enquanto falava.

Eu fingia muitas coisas.

Isso nunca foi uma dúvida, sempre um fato.

Sempre me escondendo na escuridão. Uma amiga antiga.

- Deveria estar dormindo.

Estava submersa demais em meus pensamentos para notar o ranger da porta de carvalho que se localizava em uma das paredes do quarto escuro, notei muito menos quando uma sombra de cabelos roxos se aproximou.

- Você também.- O cigarro que estava em meus dedos foi jogado pela janela, o que me fez olhar incrédula para a vilã de olhos verdes- Ei!

- Isso faz mal, Maria fumaça.- Disse Mal com um sorriso zombeteiro.

- Muitas coisas nos fazem mal, bebezinha da mamãe.

Assim como ela sabia que eu odiava ser chamada de Maria fumaça, eu também sabia que ela odiava ser chamada por esse apelido de quando éramos crianças.

Eu e Mal nos conhecemos quando tinhamos apenas sete anos, nossas mães tinham uma amizade... Amizade talvez não seja a palavra certa, mas é o mais próximo que poderia achar no momento.

E quando minha mãe fugiu, Malévola prontificou seu lar para mim como pagamento por todos os favores que minha mãe já a tinha feito.

A garota com olhos verdes esmeraldas foi a minha primeira verdadeira amiga, logo depois conhecemos Evie, seguida por Carlos e Jay. Fazendo assim sermos conhecidos como quinteto do mal.

- Acho melhor você ir dormir, amanhã iremos sair.- Disse Mal logo após soltar um bocejo por seus lábios mostrando seu cansaço.

- Já estou indo me deitar.- Desencosto da sacada e a sigo até a porta- Boa noite, Mon petit.

- Boa noite Lily.

A vejo sair pela porta que foi aberta por mim e entrando em seu quarto ao lado do meu.

Éramos filhos de vilões que queriam continuar o legado de seus pais.

Somos vilões.

Vilões que estão presos em uma ilha.

Mas ainda vilões.

Ou talvez não...

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|Se houver algum erro,
irei corrigi-lo.|

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@EkhoSmerti

Dσ συтяσ lαdσ dσ bαяαlнσ  (PAUSADA E EM REVISÃO)Where stories live. Discover now