She must be insane

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Eu tenho sido empregada em Weckleniffe Mental Hospital for the Criminally Insane à 4 meses e 26 dias. Trabalhava oito horas por dia, cinco dias por semana. 760 horas no total. Embora eu estivesse geralmente aborrecida e triste, nos minutos agitados que eu tinha passado em Weckleniffe, um sentimento que eu nunca havia sentido antes estava crescendo. E nunca pensei sentir isto; pelo menos, não com uma paciente. Mas gostando ou não, isto era algo que eu e ela tínhamos realizado juntas e eu não poderia ignorar isso. Se eu deixasse este lugar, nunca iria me perdoar por ter a deixado para trás, e, inegavelmente algo entre nós. O meu estômago iria se virar assim que eu me separá-se dela. Então, eu tinha que ficar aqui até ela poder sair comigo.

Mas nesse momento em Weckleniffe enquanto eu tentava conhecer a Lauren, eu também tinha aprendido muitas coisas. Algumas não era muito importantes, como aprender a curar e limpar cortes ou arranhões, ou ficar muito hábil em aplicação de pontos. E algumas coisas eram importantes, como por exemplo, saber como escapar de uma assassina. E o mais importante, saber que essa assassina era a Ariana. E que a Sra. Jude era sua mãe. 

Eu tinha aceitado o conhecido e tinha engolido os fatos intrigantes e horriveis. Mas o conhecido não era o que eu temia. O conhecido era algo que nós poderíamos negar, mas por agora não nos perguntamos. O que parece nos assustar era o desconhecido, as possibilidades infinitas. Onde estaria Ariana e o que estaria escondendo? Ela não estava indo trabalhar e eu não tinha uma pista sequer sobre o que ela andava fazendo. Eu também não sabia o que havia acontecido a Cynthia, o seu paradeiro continuava um mistério. Eu não sabia que o Norman estava lentamente acordando do coma, e que ele estava sendo vigiado na parte de trás da sala de cirurgia. Eu não sabia que outros médicos e enfermeiros faziam parte desta ala, e não tinha a certeza em quem podia confiar além de Dinah e Lauren.

Mais importante, eu não sabia como iria tirar a Lauren de Weckleniffe. E estas eram coisas que me assustavam. Mas esse era o plano para hoje, tornar o desconhecido conhecido e tornar as minhas questões em respostas. Eu estava cansada de estar impotente e de observar a dor de Lauren nesta prisão, quando ela não merecia. Por isso, hoje era o dia que eu iria obter respostas. Eu fiz questão de dormir bem noite passada para poder estar alerta e consciente hoje, querendo juntar o máximo de informação possível que eu podia. Normalmente, palavras importantes eram ditas e ações eram executadas, mas a minha sonolência ou distração deixavam-nas passar em branco. E com distração eu quero dizer; Lauren.

Mas devido às ordens da Sra. Jude eu não estava autorizada a me aproximar dela, por isso, isso não era um problema mas sim o meu maior problema de hoje. Em vez de pensar na Lauren, uma imagem da Cynthia Porter surgiu na minha cabeça assim que eu vi Connor. Ele estava andando pelo grande corredor na ala médica, a qual que era um misto de mesas de operação, camas de hospital, sedativos e registros médicos em cada um dos quartos.

O meu turno não começaria tão cedo, por isso, decidi ir falar com ele. Ele era o meu melhor tiro para descobrir esta história de Cynthia, considerando que era ele aquele que a tinha levado para a sala de cirurgia antes do seu estranho desaparecimento. Normalmente, eu costumava odiar falar com pessoas com quem não costumo lidar, mas Connor era uma exceção considerando as circunstâncias. 

– Olá Connor. – Eu disse mesmo depois de cruzarmos caminhos. Ele não disse nada em resposta, continuando apenas andando. – Connor! – Chamei mais severamente com a esperança de obter a sua atenção.

– O que você quer? – Ele perguntou rudemente.

– Uhm... posso falar contigo por um segundo? Tenho que lhe perguntar uma coisa.

– O que é? – Ele suspirou, parando e olhando para baixo, para mim, como se eu fosse uma criança.

– O que aconteceu com Cynthia? – Eu não estava certa de como formular a questão, por isso, disse apenas a primeira coisa que me veio à cabeça. O desempenho foi bastante convincente, como se ele parecesse confuso, mas eu fiz melhor. – Eu te vi leva-lá até à sala de cirurgia à umas semanas atrás, Você não pode querer simplesmente que eu acredite que não aconteceu nada.

WeckleniffeWhere stories live. Discover now