Capítulo 55

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Luara 🌻

Eu estava amando como tudo tava fluindo tão naturalmente. Renan cuida tão bem da Aly, que quase babo só de olhar para os dois.

Ele estava sendo bom para mim. No começo, achei que não iria dar certo. Mas gosto quando a vida da essa revira volta, mostrando que ele sim é pessoa certa.

Já estávamos até planejando como seria nosso casamento. Ele disse que queria coisa simples, sem muitas pessoas e eu amei porque era exatamente assim que sonhava com meu casamento. Sem muitos convidados, só a família e amigos mesmo.

Percebia uma mudança boa no Renan, e ontem até o Menor comentou comigo sobre isso. Estava tudo sendo maravilhoso, e desejava que fosse assim pra sempre. Mas parece que o destino decidiu brincar comigo.

Sempre que ficava feliz, tinha uma coisa para atrapalhar. E, sinceramente, não estava mais aguentando viver nessa montanha russa.

Tenho consciência que nada disso é culpa do Renan, e sei que ele estava fazendo de tudo para nos proteger, mas não temos controle das coisas.

Carlos queria algo, e tenho quase certeza que não é o dinheiro. É algo maior que isso. Uma coisa que é mais importante pra ele.

Passei dias tentando pensar sobre o que seria, mas nada veio na minha mente.

Estava em uma van, com minhas mãos amarradas por uma corda. A Lara tava na minha frente desacordada e cheia de sangue. Meu coração quebrou em mil pedaços, quando vi a carinha de assustada da minha filha.

O veículo parou de se movimentar, horas depois, e um dos quatro homens abriu a porta.

- Anda vagabunda. - me empurrou. Suspirei fundo saindo da van.

O mesmo homem, voltou para dentro da van pegando a Lara no colo.

- Leva ela pro porão. - ordenou um cara mascarado. O outro assentiu, saindo com a minha irmã nos braços.

Luara: Não. - gritei. - Ela precisa de um médico! Deixem ela comigo! - tentei ir atrás dela, mas fui impedida.

- Aquieta o cu aí, se não termino de matar ela. - segurou forte no meu braço. - Além de ver teus pais enterrados, quer ver tua irmãzinha também?

Luara: Não façam nada com ela, moço. Por favor. - implorei. - Façam o que quiser comigo, mas deixem ela ir embora daqui.

- Pra que? Pra ela contar tudo pro filho da puta do Tito? Eu não sou burro, vadia. Sei de tudo que acontece na vida de vocês. - tirou a máscara.

Arregalei meus olhos ao ver que o cara era o Mathias.

Mathias: Não tá feliz em ver que a nossa família agora está novamente unida? - disse pegando a minha filha no colo. - O papai vai cuidar muito bem de você. - alisou a bochecha dela, que fez uma cara de choro.

Aly: Mamãe. - falou chorosa.

Luara: Me da ela, Mathias.

Mathias: Não. - fez um sinal com a mão para um homem. - Leve ela pra dentro. - saiu na frente.

O cara pegou no meu braço, me arrastando para dentro da enorme casa. Por fora ela parecia velha e por dentro mais ainda. A casa era toda decorada em tons escuros, não tinha muita luz, as janelas eram todas fechadas. Coisa de filme de terror.

Não havia ninguém ali, mas do nada surgiu um ser que desejei nunca mais ver.

Pistola: Demorou. - cruzou os braços.

Mathias: Pelos menos fiz em um dia, o que você não conseguiu fazer em meses. - provocou.

Pistola olhou pra ele com sangue nos olhos, quase indo para cima. Mathias riu após perceber que tocou bem no ponto fraco do irmão.

O Dono do PoderWhere stories live. Discover now