O Dono do Poder

Capítulo 10

Aline 🌼

Não sabia o que fazer quando meus pais me expulsaram de casa. Sei que isso foi apenas uma consequência dos meus atos, mas jamais pensei que eles iriam fazer isso comigo.

Bando de mal agradecidos.

Sempre tentei ajudar ao máximo em casa, trabalhava depois da escola, as vezes, era eu que quem pagava o aluguel. Pra eles fazerem isso comigo? Não mesmo.

Todas minhas "amigas" viraram as costas, nem se quer olhavam mais na minha cara. Lógico que aceitei a ajuda do Breno, não tinha como recusar, e achei pouco o que ele fez, até porque ele foi o motivo de eu ter sido expulsa.

Foi a pior época da minha vida, ser taxada como puta aos 16 anos.

Ainda bem que nunca descobriram que fiquei com o Menor. Sempre fui louca por ele, toda vez que o via passar na rua, ficava louca.

Quando consegui ficar com ele, foi tudo. O cara sabe como fazer de um jeito que te deixa toda arrepiada. Achei que ele viria atrás de mim, mas ai se passou uma, duas semanas, se passaram meses.

Foi aí que conheci o Breno, e soube que ele era próximo do Menor. Não quis saber de nada, e fiquei com ele. Só não imaginava que meus pais iriam fazer aquilo.

Suspirei, cansada de ouvir aquela porra de assunto.

RK: Eu quero se foda mermo. Vou continuar torcendo pro Fogão. - deu de ombros, e revirei os olhos.

Se tem alguém, na família do Breno que não gosto, esse alguém é o RK. Muito chato, muito irritante. Nem sei se alguém aqui gosta dele.

Ana: Eu também, Raick! Nunca vou deixar de torcer.

Outra que se faz de sonsa. Essa menina sempre fica por perto do Tito e do Menor, achando que algum deles vai querer ela. Deveria se tocar que o nunca o Menor não quer ela.

Menor: Então fiquem sofrendo. - deu de ombros. - Flamengo campeão de tudo. - sorri.

Esse homem me deixa louca de todas as maneiras!

Senti um desconforto, e olhei pra minha barriga revirando os olhos.

Se eu queria esses filhos? Lógico que não! Nunca quis ser mãe, mas nunca contei isso ao Breno.

Sabia o que ele estava aprontando comigo, que estava me traindo e tudo mais. Nem ligava pra isso. Mas quando o mesmo disse que queria terminar, fiquei desesperada e acabei soltando um "tô grávida." mesmo sem está.

Sempre soube que o sonho dele era ser pai, nunca fez questão de esconder isso, apenas usei isso ao meu favor. Depois eu só transei com ele e não tomei o remédio. Pronto, estava grávida, contra minha vontade.

Não poderia ficar sem o Breno, apesar de não amar ele, o cara de me deu tudo, sem ele ficaria sem nada. Sem casa, sem comida. Onde iria morar? Na rua? Não trabalho, não tenho dinheiro. Estaria perdida sem ele.

BN: Que foi? - me olhou.

Aline: Nada. - respondi. - Podemos ir pra casa?

BN: Tá se sentindo bem? É alguma coisa com os gêmeos?

Aline: Não. Só estou um pouco enjoada.

Enjoada desse pessoal.

BN: Bora. - se levantou. - Coé Tito, depois tenho quero bater um lero contigo.

Tito: Marca um horário com minha secretária.

BN: A Ana?

Tito: O Menor.

Menor: Ele só vai estar disponível sexta, antes do baile. - fingiu olhar algo no celular. - E no sábado. Quer marcar para depois do almoço?

BN: Palhaço. - riu negando com a cabeça.

Menor: Tô falando sério.

BN: É sério, Tito?

Tito: É, ué.

Ana: Eu amo vocês. - disse rindo.

BN: Pode ser depois do almoço.

Menor: As duas da tarde, está bom?

BN: Tá, porra. Vamos Aline. - pegou na minha mão, me puxando.

RK: Tchau Breno.

BN: Tchau. - resmungou.

Aline: Seu irmão, as vezes, é um chato. - me olhou sem expressão nenhuma no rosto. - Que foi? Só tô falando o que acho. Ninguém nem deve gostar dele...

BN: Cala a boca. Já falei que não gosto quando fala da minha família. E não importa o que você acha, ninguém quer saber. - falou sério.

Aline: Você deveria me tratar melhor! Sabe que não posso passar estresse por causa dos bebês.

BN: Tento ser paciente com tu, mas fica difícil com você toda hora me tirando do sério, porra. E que cena foi aquela com Tito? Ficou maluca?

Aline: Você não serve nem pra me defender. Sou sua mulher, Breno!

BN: Vai se foder. Nunca que vou perder meu trabalho por causa de mulher, ainda mais sendo você que só tá comigo pelo dinheiro.

Aline: Claro que não! - engoli o seco. - Gosto de verdade de você, mesmo me tratando desse jeito. - deu uma risada sarcástica.

BN: Acha que sou burro? Te conheço a quatro anos, Aline. É tempo suficiente pra perceber que você só tá aqui do meu lado hoje, por causa do que tenho.

Aline: Me conhece? Nunca me deu atenção, nunca ficou ao meu lado mais de dez minutos ao meu lado, Breno.

BN: E nem preciso. Só em te olhar da pra ver que você não se importa com ninguém além de si mesma.

Aline: Me importo com... meus filhos.

BN: Gaguejou, porque?

Aline: Você está me deixando nervosa, Breno! Sabe que não posso ficar assim. Seus filhos... nossos filhos que estão correndo risco!

BN: Ah, que se foda. - saiu andando na frente, sem me esperar.

Aline: Filho da puta. - falei baixo.

Respirei fundo, indo atrás dele. Era só falar nos filhos que ele abaixava a bola.

Era bom saber que tenho ele em mãos. Assim se ameaçar me deixar novamente, era só falar eu iria sumir com os bebês.

Cara, isso é muito bom! Quero ver nego crescer pra cima de mim, de novo.

Sorri satisfeita, arrumando meus cachos.

Agora era só esperar a hora certa.

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Aline Mendes
20 anos