Capítulo 18

2.1K 132 5
                                    

Menor 🍁

Entrei na salinha, onde era realizado a contagem das mercadorias encontrando os moleques se preparando para trabalhar.

Falei com eles, e chamei o Aranha pra mais perto de mim.

Menor: Ai Aranha, cola aqui.

Aranha: Fala tu chefia. - fizemos um toque.

Menor: Viu o BN?

Aranha: Ele saiu mais cedo.

Menor: Sabe pra onde?

Aranha: Sei não Menor, mas pra casa que não foi. RB chegou agora falando que viu a nega dele puta com a demora. - revirei os olhos.

Bando de fofoqueiros.

Menor: Valeu aí cria. - dei um tapinha nas costas dele e sai da boca.

Montei na minha moto indo pra minha goma, mas no caminho vi o BN subir o morro. Mandei ele parar.

BN: Qual foi?

Menor: Tava por onde?

BN: Por aí. - deu de ombros, olhei desconfiado pra ele. - Porque?

Menor: Nada.

BN: Coé, não tá conseguindo mais viver sem mim? Tá apaixonado é?

Menor: Ah vai se foder, pivete. Tenho mais o que fazer. - riu. - Soube que a Aline tá puta.

BN: Deixa ela. - tirou um cigarro do bolso. - Quer? - peguei um e acendi.

Menor: Tu mermo falou que se ela ficasse estressada era ruim pro teus filhos. - soltei fumaça.

BN: E é, mas isso é drama. Aline só se importa com ela merma, nem sei o porque dela tá fazendo esse showzinho pá cima de mim.

Menor: Memo assim, abre teu olho. Aquela é cobra criada. - soltei fumaça.

A vontade de contar pra ele sobre ela já ter dado em cima de mim, é grande, mas a coragem é pouca.

BN é como um irmão pra mim, e se ele ficar com raiva de mim? Porra, não quero perder a amizade de um dos únicos caras que confio, por causa de mulher, ainda mais essa mulher sendo a Aline que não vale porra nenhuma.

BN: Eu sei. - murmurrou. - Vou meter o pé. Fé!

Menor: Fé! - ligou a moto e saiu.

Joguei o cigarro no lixo e também meti o pé pá minha goma. Ia entrando em casa, mas ouvi o Tito me chamar. Olhei pro lado e lá tava ele, sentado na calçada me encarando com os olhos vermelhos.

Não sei se era um bom momento pra gente conversar. Conheço o Renan mais do que qualquer um e tenho certeza que tem alguma merda acontecendo. Não sei se é com as mina do asfalto, ou só se tá preocupado com os ataques da Rocinha. Mas sei que tem alguma coisa aí.

Respirei fundo abrindo a porta da minha casa, assim que entrei vi Ana sentada no sofá.

Ana: Oi. - sorriu.

Joguei a chave na mesa, me sentando ao lado dela.

Menor: E aí? - dei um beijo nela.

Desde que a gente tinha ficado junto, não consegui mais largar da nega. Não sei o motivo, mas só de pensar ela com outro já fico puto.

Vi que ela me olhava fazendo um bico, e já sabia que vinha merda.

Menor: Qual foi?

Ana: O Renan tá estranho. - suspirei. - Tá acontecendo alguma coisa?

O Dono do PoderWhere stories live. Discover now