Capítulo 51

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Menor 🍁

Dourado.

A cor do papel que tava dentro do bagulho, era dourado.

Ana encostou a cabeça no meu ombro, com uma carinha de decepção. Olhei sério pra Lua, que sorriu.

BN: Ué, mas não era pra ser rosa ou azul?

RK: Dourado é o que?

Allana: Nada amor. Fomos todos trolados.

Menor: Que sem graça esse bagulho, Luara.

Luara: Desculpa gente. - caminhou na nossa direção. - Não ia perder a oportunidade.

Ana: Tudo bem, amiga.

Lara: Mas onde tá a verdadeira revelação? - perguntou.

Luara: No bolo. - apontou para a mesa.

Menor: Num é trolagem de novo não, né?

Luara: Não. - riu. - Dessa vez é a revelação mesmo.

Respirei fundo, indo para trás da mesa. Ana tava ao meu lado segurando forte a minha mão.

Menor: Amor, calma. Não é bom ficar toda nervosa.

Ana: Eu sei, mas é que minha ansiedade aumenta a cada segundo.

Menor: Relaxa, pô. - beijei a testa dela. - Mas se não for a revelação memo, vamos ter que repensar sobre a Luara ser a madrinha. - ela riu.

Ana: Para de graça.

RK: Acho melhor cortar logo o bolo, antes do BN pular em cima da mesa e comer tudo.

BN: Toma no cu, porra. - resmungou, revirando os olhos.

Solange: Cadê a educação, Breno? - bateu no braço dele e nós rimos.

Peguei a faca e a Ana colocou a mão em cima da minha. Ela me beijou antes da gente cortar a fatia.

Foi coisa de segundo para um filme passar pela minha mente, moleque. Tudo que vivemos até aqui, tudo que eu e a Ana passamos com a perda dos nossos pais, de quando a gente se envolveu, de tudo memo.

Tinha certeza absoluta que minha vida só seria melhor se a Ana tivesse ao meu lado. Tudo que construímos vai ficar na minha mente pra sempre.

E sei que agora em diante tudo ia mudar. Uma criança iria está entre nós e, com certeza, seria a melhor fase das nossas vidas.

Menor: Te amo. - sussurrei no ouvido dela. me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Ana: Te amo.

Quando terminamos de cortar a fatia, fiquei surpreso ao ver bolinhas azuis cair por toda a mesa.

Abracei minha mulher mais forte que podia e a beijei. Me abaixei na altura da barriga, despejando um beijo ali.

Menor: Um menino. - falei com a vista embaçada, por causa das lágrimas.

Ana: Nosso menino. Nosso Alan. - sussurrou e nos beijamos novamente.

Luara: É menino! - gritou e todos aplaudiram.

BN: Sempre soube.

Luara: Parabéns meus amores! - abraçou nós dois. - Vou ser a madrinha do Alan! - falou toda feliz.

RK: Aí sim, hein. - fez um toque comigo. - Parabéns pô, vocês merecem.

Menor: Obrigado!

Lara: Gente, que emocionante. - abraçou a Ana, depois me abraçou. - Parabéns!

Ana: Obrigada pessoal! Obrigada Lua, eu amei!

Luara: Desculpem pelo balão.

Tito: Se a Alyssa tivesse estourado, não teriam passado por essa decepção.

Menor: Nem por essa emoção.

Tito: É. - concordou rindo. - Tua mãe ficaria feliz pelo homem que tu se tornou.

Menor: Ih, ala. - ri.

Tito: É sério, pô.

Menor: FP também tá orgulhoso de tu. - ele fez careta. - O que foi?

Tito: Ele já teria resolvido tudo. - nos afastamos um pouco de onde o pessoal tava.

Menor: Deixa disso, porra. Todo mundo tá ligado no quanto tu tá se esforçando, fazendo o possível e o impossível pra mandar todo mundo protegido.

Tito: Mas parece que não é o suficiente. - suspirou, ajeitando a Aly no colo dele. - Eu tô cansado, Ícaro. Só queria tá em paz com minha mulher.

Menor: Eu também. - passou a mão no cabelo. - Mas fica tranquilo, pô. Logo vamos encontrar o Pistola.

Tito: Caguei pro Pistola. - olhei sem entender. - Tá na cara que ele não é nosso maior inimigo. O Carlos é quem comanda tudo, tenho certeza disso.

Menor: Acha mesmo isso?

Tito: Óbvio! Carlos sempre quis tudo do Adam, principalmente, o dinheiro. E quem herdou tudo do Adam? As meninas. Por isso estavam atrás delas.

Menor: É, isso tá claro. Mas não sei se ele é o chefão. Pode ter mais alguém junto deles.

Ana: Sobre o que estão falando? - se aproximou com a Luara.

Menor: Sobre como a vida de pai é cansativa. - Renan riu.

Luara: A vida de pai cansativa? Vocês não sabem da missa, um terço! - falou.

Ana: Pode pá. - ri.

BN: Ana, eu posso levar um pouquinho pra casa? - perguntou apontando pro bolo.

Ana: Pra Aline?

BN: Não, pra mim mesmo.

Lara: Esse menino ainda me mata de vergonha. - negou com a cabeça.

Solange: Bem-vinda ao clube! - elas riram.

RK: Vai ter churrasco?

Allana: Olha o outro.

Menor: Vai sim. Vem, tu vai me ajudar a assar a carne. - apontei pro RK.

Ana: Não façam muita bagunça.

Menor: Pode deixar, patroa.

Saímos para a área da piscina, onde o Freezer estava com as carnes e as bebidas dentro.

Liguei a churrasqueira, cortando a carne. Logo depois, as mina começaram sambar ao som de Pixote.

Lara: "Minha saudade só cabe no teu abraço, no de mais ninguém
Tenho dó de quem me conhecer agora
Que todo amor eu 'tô jogando fora
E qualquer um que bate aqui nesse meu coração
Não passa nem da porta." - cantarolou.

BN: "Se essa boca não beijasse tão bem,
Se esse abraço não fosse tão massa
Se que saber se eu quero outro alguém
Nem de graça, nem de graça." - cantou alto, levantando o copo de cerveja.

E o resto do dia foi assim, só curtição.

Como eu queria que todos os dias fossem assim, sem nenhuma preocupação, só alegria.

...

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O Dono do PoderWhere stories live. Discover now