Capítulo 31

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Tito 🔫

RK entrou na minha sala sem bater, e encarei ele sério.

Tito: Sabe bater não, porra?

RK: Luara sumiu. - falou ofegante.

Tito: O que? - me levantei rápido da cadeira. - Sumiu como? - peguei minha arma em cima da mesa.

RK: Não sei. BN só me falou que a Lara ligou pra ele dizendo que ela não tava em lugar nenhum da casa. - sai da minha sala.

Porra caralho, será que essa menina não consegue aquietar o cu e ficar dentro de casa?

Menor veio na minha direção, me olhando preocupado.

Menor: Nenhum vapor da barreira viu ela.

Tito: E os vigias?

Menor: Disseram que ela saiu com a filha cedo, e que até agora não voltou. - bufei.

RK: Faz o que?

Tito: Vamos atrás dela, né? Longe não deve ter ido. Bora, bora. - sai com o Menor e o RK foi na outra direção.

Fui passando a visão para todos os vapores do que ocorreu. Falei que quem achasse ela, era pra levar pra minha goma.

Rodamos metade do morro, e nada. Também não tinha recebido retorno de ninguém.

Falei com o BN, mas o cara disse que não vinha porque tava com a Lara. E achava melhor assim.

RK: Achei elas. - falou pelo raidinho do Menor e suspirei aliviado.

Tito: Onde? - perguntei.

RK: No beco da 24. Mas vamos levar ela pro postinho.

Tito: Porque?

RK: Ela tá baleada.

Menor: Vão o mais rápido possível pro postinho. Eu e o Tito tamo indo atrás. - falou.

...

Já fazia mó tempão que tava aqui sentado e nada de notícias. Tava agoniado, não tinha nem mais unhas.

Menor ficou aqui um tempo, mas foi pra casa ficar com a Ana que tava passando mal. Alyssa, que tava no meu colo, brincava com minhas correntes, até que o BN veio na minha direção.

BN: E aí? Nada?

Tito: Não. Tô ficando sem paciência. - falei meio alto e algumas pessoas me olharam. - E a Lara?

BN: Dormindo.

Tito: Melhor assim. - assentiu. - Toma, leva ela pra fora. - coloquei a Alyssa no colo dele.

BN: Tu vai fazer o que, Tito?

Tito: Vai porra. - empurrei ele, que fez uma careta.

Esperei ele sair do postinho com ela, e fui até onde tinha uns médicos conversando.

Tito: Ei, vocês. - chamei.

Médico: Sim?

Tito: Quero saber do estado da Luara. - cruzei os braços.

Médico: Senhor, não podemos ainda falar... - cortei ele. 

Tito: Não quero saber. Se alguém não me disser agora como a Luara tá, a bala vai comer solta aqui. - falei alto e bom tom.

O médico e as enfermeiras me olharam meio assustados.

Médico: Acho melhor você se acalmar! Estamos em um hospital, onde pessoas estão passando mal ou até correndo risco de vida. É falta de respeito isso que o senhor está fazendo! - fechei minha cara.

Tito: Por acaso, sabe quem eu sou?

Médico: Sei, e não tenho medo de você!

Tito: Pois deveria! Nada do que tu acha me interessa, seu merda. Eu quero... aliás, eu exijo ver a Luara agora! E não tô brincando quando disse que a bala vai comer solta. - respirou fundo.

Médico: Ok, me acompanhe.

Foi até um quarto, abriu a porta e encontrou. Fiz o mesmo, agora, ficando de frente para a ruiva.

Médico: A paciente se encontra bem. A cirurgia, para a remoção da bala, foi um sucesso. Se nada acontecer, ela poderá ter alta amanhã mesmo. - falou. - Vou deixá-los a sós. - saiu.

Caminhei lentamente pra perto da maca, e fiquei encarando ela, toda pálida. E pensar que isso tudo é culpa minha, me deixa receoso do que poderia acontecer com ela se, sei lá, fosse minha fiel.

É por isso que tenho tento medo de me apegar a alguém. Nessa vida, todos que estão ao meu redor, são alvos. Já perdi meu pai, alguns amigos, e não quero perder mais ninguém.

Me assustei quando ela abriu os olhos, me afastei um pouco limpando uma lágrima que escorria.

Luara: Tito? - me chamou. - Ca... cadê a minha filha?

Tito: Ela tá bem, tá com o BN. - respondi. - Porque tu saiu de casa, porra? Falei mais de mil vezes que era pra seguir as regras.

Luara: Eu só... ia tomar um ar. Passear com a Alyssa. Desculpa, isso não vai se repetir.

Tito: Não mesmo, porque não vou deixar! A partir de agora, nem do quarto tu sai mais! - suspirou, fazendo uma cara de dor.

Luara: Tudo bem. E a Lara?

Tito: Tá em casa. - assentiu. - Agora dorme e fica quietinha aí, pra amanhã tu voltar pra casa. Depois conversamos sobre o que aconteceu.

Não ia forçar ela a lembrar de nada. Ainda mais nesse estado, acamada. Era melhor só depois mesmo.

Luara: Certo. - concordou. 

Tito: Da próxima vez, pensa antes de fazer algo. Tu tá aqui, mas poderia ter morrido. - fui até ela e me inclinei.

Luara: Desculpa. Fiquei com raiva por ontem.

Tito: A gente se vê amanhã. - beijei a testa dela e sai do quarto.

Sai do postinho e encontrei o BN e o VG brincando com a Alyssa.

Tito: VG, tu vai ficar de vigia no quarto da ruiva.

VG: Beleza chefia.- fizemos um toque e saiu.

BN: Eu vou meter o pé. - me entregou a Aly. - Tchau princesa. - saiu.

Fui pra minha goma continuando mesmo. Cheguei, abri a porta e vi a Lara com cara de nervosa. Expliquei o que aconteceu, e ela logo se acalmou. Disse que ia dormir e fui também.


Me despedi da Ana, e subi com a Alyssa. Banhei ela e troquei de roupa. Tive dificuldade só pra colocar a frauda, mas consegui depois de ver um tutorial.

Desci pra cozinha pra preparar o leite dela, já que ela disse que tava com fome. E nem devia ser tão difícil assim.

Tito: Como se faz essa, porra? - perguntei olhando pra Alyssa. - Tu não quer puro, não? - ela riu.

Peguei meu celular e coloquei outro vídeo que explicava como fazia. Fiz o passo a passo e no fim, até que não ficou ruim. Esperei esfriar e dei pra cria beber, que logo em seguida, dormiu.

Deitei ela na minha cama, indo tomar meu banho. Vesti só uma bermuda e deitei também.

...

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O Dono do PoderWhere stories live. Discover now