O Dono do Poder

Capítulo 19

Luara 🌻

Bati na porta do escritório, e escutei um "entra". Abri a porta, já achando aquilo tudo estranho.

O que a Ariane estava fazendo sentada na cadeira que daqui a alguns meses será minha?

Luara: O que isso? - apontei. - Sai daí.

Carlos: Luara, me escute.

Luara: O que ela está fazendo aqui? - perguntei.

Ariane: Ainda não te contaram? Poxa papai, achei que já tinha dado a notícia a ela.

Luara: Do que está falando? - olhei para o Carlos esperando uma resposta.

Carlos: No dia em que passei em sua casa era para conversar justamente sobre isso. - apontou para a Ariane. - Vou me aposentar, e a Ariane ficará no meu lugar.

Luara: Como é? - quase gritei. - Isso não pode! Essa empresa é minha! Eu que sou a dona disso tudo!

Ariane: Isso, agora, quem vão decidir são nossos sócios queridinha. - sorriu. - A partir de hoje, eu que sou a dona dessa empresa.

Engoli o seco.

Conhecendo bem esses sócios, já estão todos comprados. Carlos, com certeza, já deu uma grande quantia a eles para votarem a favor da Ariane.

E a merda só piora.

Carlos: Desde já, a quantia que receberia da empresa, será suspensa. - passei a mão no rosto.

Luara: Vocês não podem fazer isso. Não podem! - gritei. - Essa empresa é do meu pai, eu e a Lara que somos as herdeiras legítimas! - Ariane riu.

Ariane: Você? Herdeira legítima? Ah, faça-me um favor.

Carlos: Cale a boca! - a repreendeu.

Ariane: Mas...

Carlos: Calada. - olhou para ela furioso. - É isso, Luara. Tudo que tínhamos para dizer já foi dito.

Luara: O que? Não! Não podem fazer isso e esperar que fique assim. Vou atrás dos meus direitos! Não posso permitir que esse tipo de injustiça aconteça.

Nunca fui muito de brigar, nem aumentar minha voz, seja quem fosse. Mas não poderia deixar isso passar em branco, o que estava acontecendo era injusto!

Essa empresa é minha, e vou bater de frente com quem for, mas não deixo ela no comando.

Ariane: Injustiça nenhuma. Meu pai é dono dessa empresa, ele só está passando o cargo para mim.

Luara: Mas não é o certo! Ele só estava aí, porque o meu pai não sabia o amigo traidor que tinha.

Carlos: Você também, cale sua boca!

Luara: Como é que é? Eu me calar? - perguntei indignada.

Carlos: Sim! Fiz de tudo para ajudar você, sua irmã e sua filha, lhe estendi a mão quando mais precisou. Sem contar que trabalhei dia e noite para arrumar bagunça dessa empresa que o Adam deixou.

Luara: Ah, me poupe desse showzinho de bom moço, Carlos. Estava fazendo isso porque era seu trabalho, sua obrigação era manter isso em ordem para EU poder assumir, não essa biscate.

Ariane: Me chamou de que?

Luara: Biscate. - repeti.

Ariane: Vai se arrepender disso.