Imune?

Quarto

Quarto Capítulo


Severus se remexeu na cama, aos poucos foi acordando com vozes, ele esfregou os olhos e olhou em volta, procurando por James, ele suspirou ao ver a cama vazia. Ele passou a mão onde ele estava deitado antes e ainda estava quente. Passou então a tentar prestar atenção na conversa.
Ele percebeu que as vozes vinham do corredor, do lado de fora do quarto, ele olhou em direção a porta. A vozes eram conhecidas, aos poucos o sono foi o deixando e começou a realmente prestar atenção.

- Rosier logo será descoberto por causa do que aconteceu naquele ataque. - Ouviu e se sentou. Rosier? Pensou confuso, ele é um dos comensais do círculo interno.
- Rosier é o espião de Dumbledore? – A voz que com toda a certeza era de James, perguntou sério.
- Sim, ele que deu a localização do esconderijo. - Snape voltou a se deitar, se virando de costas. - Preciso ir, diga a Dumbledore que estarei lá logo.


Severus fingiu estar dormindo, ele precisaria daquela memória.

- Severus, acorde. - Chamou e o moreno se levantou - Rosier descobriu sobre você, ele irá entrega-lo ao lorde para se safar dos problemas que arrumou com o último ataque. - Snape saiu da cama.
- O que espera que eu faça? – Severus começou a se arrumar, amaldiçoando Evan Rosier por fazer ele sair da cama no meio da noite.
- Entregue ele primeiro, não de a chance a ele de contar. - Falou sério, Snape parou e o olhou, para ter certeza que aquele era James falando.
- O Lorde irá o matar. – Falou sério. - Sabe disso, né?
- Essa é a intenção.

Ele encarou o Potter por um tempo, esperando ele dizer que era loucura de mais, mas ele continuou o olhando da mesma forma. Snape assentiu e acabou de se arrumar e saiu de lá. Ele deixou passar uns trinta minutos antes de finalmente chamar o Lorde pela marca.
Ele foi puxado e aparatou automaticamente para o lugar, aparecendo no que parecia um escritório pessoal. Tom estava atrás de uma mesa, a aparência jovem lhe deixava com um ar sombrio. Snape engoliu em seco.


- Eu tenho outra informação para dar. - Severus falou de joelhos, Voldemort se levantou e caminhou até ele.
- Levante-se. - Snape se levantou e olhou nos olhos dele.
- Diga.
- Eu descobri quem é o espião da ordem. - Falou sério, Tom sorriu. Snape sentiu um arrepio descer por toda sua espinha.
- O nome.
- Rosier... Evan Rosier... - Voldemort apertou o punho, ele segurou o rosto de Snape.
- Mostre-me. – Ele respirou fundo e se preparou, logo sentindo o Lorde invadir sua mente. 

Severus estava deitado, um quarto completamente luxuoso, ele estava ouvindo uma discussão que acontecia no corredor.
As vozes não estavam muito altas, mas o suficiente para saber o que estavam falando.

- Rosier logo será descoberto por causa do que aconteceu naquele ataque. - Ouviu e se sentou.
- Rosier é o espião de Dumbledore?
- Sim, ele que deu a localização do esconderijo. - Snape deitou se virando de costas. - Preciso ir, diga a Dumbledore que estarei logo lá.

Severus fechou os olhos e regulou a respiração, fingindo estar dormindo. A memória acabou e Tom saiu da mente do espião.

- Muito bem Severus. – Falou e se afastou, a aparência de cobra tomando seu corpo. – Deixe-me cuidar disso agora.
- Meu senhor...


Snape não sabia se devia seguir ou ficar ali, quieto. Por fim decidiu ir ver, garantir que ele não abrisse a boca. Quando chegou ao salão principal, Voldemort estava sentado olhando para frente, esperando o traidor aparecer.
Logo ele apareceu, se ajoelhando, parecia tenso e quando levantou a cabeça, Snape viu quando ele retirou a máscara ele olhar para si. Ele arregalou os olhos.


- Meu senhor...
- Já deve imaginar por que o chamei, não é?
- Deixe-me falar, por favor, meu senhor.
- Espião de Dumbledore.
- Eu não sou o... - Tom levantou a varinha e soltou um cruciatos, bem naquele momento, Severus apertou a varinha.
- Cale-se.

Após alguns minutos parou e chegou perto do Evan, ele olhou nos olhos dele. Severus sentiu cada centímetro dele travar. Logo viu o lorde levantar e então se afastar, ele sorriu e então apontou a varinha para o comensal caído.

- Avada Kedavra. - Gritou e Severus sentiu um arrepio passar pelo corpo.

Ele deu um passo para trás, quando os olhos vermelhos caíram nele, olhos impossíveis de ler, mas que o olhava com um brilho tão assustador que por muito pouco suas pernas não cederam. Voldemort começou a andar na direção dele.
Severus desviou o olhar, com medo que ele invadisse sua mente despreparada. Quando o Lorde parou bem na sua frente, com as barreiras levantadas, ele olhou para ele. Eles mantiveram o olhar, era a primeira vez que o Lorde via alguém com os olhos tão sem sentimentos. Não havia nada, nem ódio, medo, felicidade, não havia nada os olhos de Severus Snape que pudesse dizer o que ele estava pensando.

- Quais as chances de você conseguir entrar para a Ordem? - Severus se esforçou para manter o olhar.
- Mínima. – Respondeu serio. – Sou um sonserino, e um dos mais odiado na época de Hogwarts.
- À uma informação que eu gostaria de ter. – Falou e olhou para frente, além de Snape.
- Qual informação?
- O nome de cada membro da Ordem, matarei um por um, mas preciso de nomes.
- Farei o meu melhor.
- Vá...
- Meu senhor.

Severus se virou e seguiu para a porta de entrada. Ele caminhou até fora dos portões e então aparatou.

...

Dia Seguinte

Ao chegar na mansão Potter, Severus entrou, foi até o quarto de James, como de costume, no entanto dessa vez o grifinório estava sentado na beirada da cama. Havia mais alguém na cama.
O Potter ergueu a cabeça e olhou Severus, ele se levantou.

- Me desculpe, não...
- Tudo bem. – Falou pegando um roupão e pondo. Ele saiu do quarto, Severus pode ver os cabelos ruivos entre as cobertas.
- Posso voltar outra hora. – Falou sem graça.-
- Sabe que sempre vai ficar em primeiro lugar, venha. – Snape o seguiu ate o escritório pessoal dele.
- Como foi?
- Ele quer que eu consiga os nomes de cada membro da ordem, que ele pretende matar todos.
- Severus...