Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3 (Concluído)

Capítulo 40

Henry

— Por que tanto suspense? — a ruiva ao meu lado pergunta, enquanto verifico se a venda está bem presa em seus olhos.

— Quero que seja surpresa, amor — sorrio para ela, mesmo que ela não possa ver.

— Você está falando isso há duas semanas, Henry! — choraminga.

Solto uma risada nazalar, entrelaçando minha mão com a dela e colocando a outra em sua cintura para guia-la.

— Já estamos no lugar esperado, senhorita Amberly, acalme-se.

— Meu pai me ensinou que não devemos confiar totalmente nas pessoas — retruca. — Mas que merda... eu confio em você totalmente.

Não me contenho, rindo e ela acaba rindo também. Essa mulher é ilária!

Depois das últimas semanas e dos últimos acontecimentos ela vêm ficando muito mais tranquila e confiante, o que me alegra de uma forma surreal. Ver Scarlett sem medo para demonstrar suas vontades — não só na cama, claro, isso nem importa mais tanto, mas sim nas suas decisões  — me dá a certeza em que ela superou todos os seus medos.

Recentemente tivemos uma conversa sobre isso, aonde nos abrimos totalmente e eu, finalmente, consegui falar sobre Clover com outra pessoa que não seja Ethan, assim como Scarlett também me contou sobre cenas horrendas que Michael a vez passar, me fazendo ficar com mais raiva ainda daquele desgraçado que agora já deve ter queimado no inferno.

O que foi um alívio para todos nós.

Continuo guiando a ruiva pelas quartos do hotel em que vamos ficar. Ideal para o que está em meus planos.

— Pronta? — pergunto, ao chegar em frente da varanda com a bela torre em nossa frente.

— Sim... pronta! — afirma, e então, no mesmo momento vou para trás dela, desamarrando sua venda, para deixar seus olhos livres, e me posiciono ao seu lado.

Em um primeiro momento ela fica estática, passeando seus olhos pelo local e parecendo compreender aonde estamos. Quando suas órbitas se fixam no lugar tão esperado por mim, um sorriso extremamente lindo e gigantesco toma conta dos seus lábios, me fazendo sorrir também. No segundo depois seu corpo se vira para mim, e quanto nossos olhos se encontram ela, sem esperar, pula em sua cima de mim, perdendo seus braços envolta do meu pescoço e circulando suas pernas em minha cintura, fazendo-me segurar firmemente sua bunda para que ela não caia.

— Você é o melhor! — diz pausadamente, dando-me vários beijos.

— Gostou? — questiono, encantado pela sua felicidade.

Sem dúvida alguma o que eu mais gosto de ver é ela feliz.

— Eu amei, Henry — passa seus dedos por cima da minha barba que está por fazer. — Amei mesmo.

— Consegui surpreende-la então?

— Posso dizer que as horas trabalhando sem parar tentando adiantar o trabalho que eu teria para os próximos quinze dias foram muito bem aproveitadas, de fato — replica, sorrindo travessa.

— E suas forças ainda estão intactas depois de tanto trabalhar? — soo malicioso. Ficar tantas horas dentro do avião tendo que ver todas as vezes que eu olhava para ela o seu decote que está mais chamativo do que o normal foi uma missão muito difícil para mim.

— Eu trabalho somente com as mãos, então sim, sr Peterson — diz com uma voz sexy, entendendo o que eu havia proposto.

— Que bom, pena que elas durarão por poucos minutos — decifro, começando a caminhar em direção da cama que está próxima de nós.