Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3 (Concluído)

Capítulo 38

Henry

— Papai, o que o senhor está fazendo aqui? — fico confuso, ao ver meu pai se aproximando de nós.

— Eu liguei para Flora e ela acabou me contando que vocês estavam aqui, não perdi tempo e vim correndo pra cá — explica.

— Quem diria, conheci a metade da família do namorado da minha irmã no dia em que eu vou socar a cara do ex dela — Steve resmunga ao meu lado, me fazendo sorrir de canto.

Com o tanto de homens que tem aqui não haverá mais nenhum cabelo vivo no corpo dele quando colocarmos a mão naquele desgraçado.

Em minha frente estão: Antony, Andrew, Liam, alguns polícias que eu não sei exatamente o nome, somente se olhar na farda deles. Seve está ao meu lado direito e papai no meu lado esquerdo. Seria até covardia todos nós ficarmos esperando Michael chegar para irmos até ele e o local que ele marcou o encontro pedido para Scarlett encontra-lo, mas convenhamos, estamos em total legítima defesa e aquele homem não deveria nem ter saído detrás das grades.

— Faltam cinco minutos para ele aparecer se o mesmo for pontual, então se preparem. Lembrando: podem bater, só não o matem, o mesmo tem que morrer dentro da cadeia enquanto mofa lá por anos, caso ao contrário vocês terão que pagar processo e isso não será legal. Esqueçam que e eu sou advogado e nem vou deixar vocês pisar dentro de uma delegacia — Antony avisa, digitando algo no seu notebook que não sai de suas mãos desde a hora que eu o chamei na minha sala.

Balanço a cabeça em concordância, olhando em volta. Estamos na esquina de um restaurante pouco frequentado de Nova York, em um dos bairros mais calmos da cidade. A espécie de "beco" sem saída é bem escondida e continuo me perguntando como Antony achou esse lugar, já que ele é perfeito para termos a visão exata de quando Michael entrar no restaurante, local aonde ele marcou o encontro, e também é um ótimo lugar para batermos nele depois. Lembrando que estamos com a polícia, então mesmo que eu e o restante da minha família querermos desfigurar a cara dele, não poderemos. O que é uma grande merda.

Os minutos começam a se passar e quando vejo a figura alta e nojenta passar pelas portas do restaurante fico em alerta de imediato. Os demais parecem perceber isso também, já que Antony desvia os olhos do notebook e suspira fundo.

— Eu consegui algumas informações sobre esse restaurante e aqui está informando que ele está fechado já fazem três anos, sem motivo sórdido. Então, isso pode ter acontecido por vários motivos e não sabemos exatamente o que tem lá dentro. Michael foi inteligente em marcar o encontro aqui, já que o lugar está fechado, pouquíssimas pessoas passam pela rua o que é uma raridade em Nova York e ainda por cima o restaurante continua de pé como se estivesse funcionando normalmente, mas ele não está nem perto disso. Provavelmente Wells conhece o dono, se não for ele mesmo, então tem permissão e passe livre para entrar a hora que bem entender ali dentro e abrir o lugar somente de fachada.

— Isso é completamente suspeito. Henry, já que você se disponibiliza em entrar, qualquer barulho que você ouvir, movimentação estranha ou ruídos, fique em alerta imediatamente — Liam dá as ordens e eu concordo, me preparando psicologicamente para entrar.

— Vamos ficar do lado de fora então qualquer barulho suspeito que escutarmos entraremos imediatamente — Andrew diz e eles assentem rapidamente.

Certo, estamos parecendo uma quadrilha de policiais se preparando para enfrentar um dos maiores bandidos da cidade e todo o seu bando. Mesmo com a adrenalina correndo em minhas veias, meu corpo ainda preenche de apreensão.

— Está na hora? — questiono olhando na direção de Antony que concorda, fuzilando-me pelo olhar.

— Vá, daqui no máximo dez minutos nós também entraremos em ação — Liam diz, fazendo os outros policiais afirmarem ao seu lado enquanto mexem em suas fardas.