Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3 (Concluído)

Capítulo 2

Henry

Apesar de gostar muito de sair todas as noites e ter quantas mulheres eu quiser na minha cama, ficar com a minha família sem dúvidas é mil vezes melhor.

Acabei de sair do apartamento da Flora e um sorriso gigantesco está em meus lábios. Eu amo Killian com todas as minhas forças e mesmo que ele não seja meu sobrinho de sangue, aquele pirralho me tem na sua mão. Assim como Mike, minha bolinha loira que fica cada dia mais lindo e grande, e mesmo que eu tenho o visto ontem, já sinto muita saudade dele também.

Eu me tornei o tio mais babão de todos e criei um vínculo com crianças que eu nunca pensei em ter.

Ser o caçula da família muitas vezes torna tudo pior, mas para mim ser o caçula é maravilhoso. Mesmo incomodando e brincando muito com meus irmãos, mesmo agora que estamos mais velhos, eu os amo tanto que acho que nada é tão grande quanto o meu amor por eles. E não se engane porque sim, eu continuo o mesmo Henrique baladeiro, mulherengo e cafajeste, mas isso não me impede em momento algum de amar eles mais do que tudo.

Andrew e Flora — juntamente com meus pais, claro — me cuidaram desde sempre, e continuam cuidando, mesmo que eu já tenha vinte e três anos nas costas. Ainda me lembro perfeitamente das mensagens que minha mãe mandava para mim, todas as manhãs, perguntando se eu estava bem ou aonde eu tinha dormido, se já tinha me alimentando ou se estava na casa de uma das minhas fodas como dizia ela. Eu sinto muita saudade dela, e agora, depois de quase três anos da sua morte, parece que ela ainda está comigo, ao meu lado todos os dias, e sei que seja lá onde ela esteja, ela olha por mim.

Lembrar dela é como um final de tarde beira á mar, com a marezia gostosa e leve batendo em nossa cara e o pôr do sol perfeito em nossa frente. Por que minha mãe era assim, ela era a luz, a leveza e a coisa mais feliz e carinhosa de todo o universo.

Quando menos percebo lágrimas já escorrem pelo meu rosto ao lembrar dela, e um sorriso cresce em meu rosto. Sei que o tempo que ela esteve aqui na Terra foi de ótimo proveito e agora ela está em um lugar melhor.

Aperto minhas mãos no volante, virando a última esquina para chegar no meu apartamento e ao abrir o portão da garagem, estaciono o meu carro na minha vaga e saio dele, depois de pegar meu terno que estava no banco de trás.

Sinto meu celular vibrar em meu bolso e no mesmo momento que entro dentro do elevador, o pego. Ao ver que era o número do Ethan que estava brilhando na tela, sorriso de canto.

— Aonde você está, Henry? Estou plantado em frente a porta do seu apartamento já faz uma hora! — dispara bravo, não me dando espaço nem para falar.

Apresento á vocês, meu melhor amigo: Ethan Foster, o cara mais apressado do mundo.

— Estava na casa da minha irmã, agora estou no elevador do prédio, tchau — desligo na sua cara mesmo, já sabendo que várias reclamações viriam para cima de mim quando ele me vesse.

Assim como eu, ele é bem dramático.

As portas do elevador se abrem e na mesma hora vejo Ethan sentado ao lado da porta do meu apartamento. Ele assim que me vê levanta e suspiro pesadamente caminhando até lá.

— Por quê não me avisou que vinha até aqui? — pergunto destrancando a porta.

— Você sempre está em casa nesse horário e nunca aviso antes de vim — solta simplesmente e eu apenas balanço a cabeça, vendo que ele está certo.

A primeira coisa que faço ao entrar dentro do meu apartamento é tirar meus sapatos e abrir dois botões da camisa. Isso estava me sufocando.

— Preciso de um banho, volto logo — aviso já me virando para ir até o corredor que dava acesso ao meu quarto mas antes que possa fazer isso, a voz do meu amigo me chama atenção.