Cap.29

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" Amar não é ter sempre certeza, e aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém..."

Frederico

Quando Alana me falou que elas estavam na Fire  e que cuidaram dela eu até fiquei tranquilo. Mas não o suficiente para meus nervos ficarem calmos.
Eu me sinto destruído por ter causado tanta dor na minha menina, eu fui covarde e com medo de fazê-la sofrer com a verdade tentei protegê-la, estou disposto a contar toda a verdade. Conversei com a Alana que estava me odiando e com toda razão, ainda não contei mais falei que foi chantagem para proteger a Mari, em partes e verdade.

" pai a Mari está bebendo muito não consigo controlar ela"

Eu já estou nessa Fire, estou observando minha mulher dançando com o mauricinho que trabalha com ela, e claro que ela está muito bebada e o babaca não a respeita, eu estava me segurando para não partir pra cima dele, tomando meu whisky vi a cena se desenrolar tão rápido que quando dei por mim estava com ela nos ombros saindo daquele lugar.

Levo a Mari pra casa, encho a banheira e dou um banho nela, escovo seus dentes mesmo conta vontade dela, enquanto suas mãos sapecas ficam me provocando.

- que delícia tio você tá duro - ela lambe os lábios e ri , ah minha menina linda que saudade desse sorriso!
- Mari por favor você está bebada, deixa eu cuidar de você - tento tirar sua mão do meu pau que ela insiste em apertar.
- poxa tio.... que vontade de colocar ele todo na boca - ela diz manhosa me fazendo gemer baixo e ela beija meu pescoço.
- por favor linda amanhã nós conversamos, apesar de eu também tá louco de saudade não vou tocar em você hoje - falo segurando sua mão atrevida
- eu tô com raiva de você - ela me olha com os olhos cheios de água - não acredito que eu fui tão idiota em acreditar que me amava - e eu a abraço
- eu te amo princesa, muito.- falo
- então porque me machucou tanto assim? Quem ama não machuca Fred.- ela suspira
- vamos conversar amanhã por favor ?- peço
- tudo bem.

Deito ela em minha cama, trago água e um comprido mais ela já caiu no sono, parece uma princesa dormindo, respiração tranquila e linda. Deixo o comprimido e e água ao lado da cabeceira e me deito também.

Acordo cedo e vou fazer um café reforçado pra minha pingucinha que deve estar morrendo de fome, deixo um bilhete ao lado do copo com água para ela tomar assim que acordar. Sinto seu cheiro de sabote e perfume invadir a cozinha e me viro encarando seus lindos olhos escuros.

- Bom dia - digo quando percebo que ela está triste
- bom dia - assente - por acaso nós não.....
- não Mari- falo - jamais faria algo assim com você bebada daquele jeito
- tudo bem, obrigada - ela sorri Fraco - acho que já vou embora, obrigada por cuidar de mim Frederico.
- deixa de bobagem e senta pra tomar café depois eu te levo pra casa - falo
- não acho que seja uma boa ideia - devolve
- Mariana por favor toma café, você vomitou ontem deve estar faminta - ela assente - então vem comer alguma coisa.
- ok

Comemos em silêncio mas sentia seu olhar sob mim.
- podemos conversar Mari?- pergunto
- sobre o que Frederico?- meu nome na boca dela soa sexy pra caralho mesmo com raiva.
- sobre o que aconteceu sábado - digo
- acho que não precisamos afinal eu vi - ela conclui
- você não me deixou explicar - suspiro - me...
- você quer me dizer o que ?  Que ela sentada na sua mesa de frente pra você, os dois se beijando e suas mãos nela não significam nada? Que eu tô ficando louca ?- ela fala brava
- você não tá louca, aconteceu! Mas ela me chantageou e pra te proteger eu acabei beijando ela foi a condição - ele diz
- a troco de que ? Me proteger de que ? Eu não sou mais criança Frederico.
- eu sei que não é criança amor, ela ameaçou você é a Alana e vocês são tudo que eu tenho de mais importante - justifico
- conta outra Frederico! O que ela pode ter de tão grave que você precise beijar aquela cascavel?
- a Alana não é minha filha Mari e ela escutou uma conversa minha e do Arthur não sei como mas ela escutou - digo e omito o principal.
- o que?- diz chocada
- sim exatamente e ela está me abrandando contar a Alana e a você - respiro - eu quero e vou contar a Alana mas tem que ser algo delicado.
- entendi mas o que eu tenho com essa história?
- ela ouviu minha conversa com seu pai - falo por fim- não quero tirar a imagem da Flávia de traidora, eu soube que a Alana não era minha filha desde quando ela estava grávida e eu sem pensar duas vezes assumi a paternidade eu amo a Alana como se ela fosse minha filha de sangue, eu não tenho filhos talvez porque lá em cima não quiseram me conceder essa dádiva mais a Alana e tudo pra mim e eu preciso proteger ela e a forma como contar.
- e ela te ameacou pra você ficar com ela?- minha menina questiona com seus olhos ansiosos
- sim. Além de você meu amor a Alana e tudo que eu tenho, eu a amo, e eu amo você como eu nunca amei ninguém antes e faria o mesmo para proteger você se fosse preciso.
- e contar a verdade não é melhor?- ela devolve - você teve anos para contar pra Alana e ela vai ficar arrasada independente da forma que acontecesse mas o coração dela e maravilhoso e ela compreenderia. Eu a tenho como minha irma e conheço ela como a mim mesma. Sua atitude por mais que eu tente entender seu lado eu não consigo aceitar o que me faz pensar se toda vez que precisarmos ter uma conversa séria você vai agir dessa forma!- sempre tão coerente - e eu quero  confiar em você e saber que você vai contar comigo sem segredos, eu prefiro sofrer com verdade do que viver em uma mentira e você fazendo isso dilacerou meu coração - ela chora e eu vou ao seu encontro porém faz um gesto que eu pare-  eu nunca senti tanta dor e decepção por alguém como eu senti sábado. Eu chorei até não me restar lágrimas pra simplesmente te escutar e voltar correndo para seus braços como se nada fosse nada.
- eu te entendo amor mas não me deixa eu te imploro - me aproximo - não termina nossa história eu quero te provar que eu sou o mesmo fred e que você pode confiar em mim por favor.
- eu preciso pensar - ela diz levantando e indo até a sala pegando sua bolsa - vamos com calma por favor!
- tudo como você quiser meu amor só não me deixa no escuro - imploro
- vou tentar Fred. - ela sai e dessa vez eu tô morrendo de medo de perder a única mulher que eu amei na vida, a única que eu quis passar o resto da minha vida e que eu desejo ter uma família.

Vou até o escritório e remexo nos papéis e na carta da Flávia, eu preciso contar a Alana e a Mari sobre a paternidade e contar que as duas são irmãs. Preciso falar com Arthur pra resolvermos isso o quanto antes. Me sirvo de uma dose de whisky e releio tudo novamente, semana que vem teremos a leitura do testamento e até lá elas precisam saber a verdade.

Amor clichêWhere stories live. Discover now