Cap.26

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" a mágoa dói até a alma quando o coração ferido é atingido"

Frederico

Estava ao telefone com Arthur quando a Tati entra que garota inconveniente.
- oi tio...- ela diz
- o que você quer?- respondo sem paciência
- nossa quanta agressividade - ela ri - quero só conversar.
- seus amigos estão lá fora converse com eles.
- sabe, eles não tem o assunto que eu preciso tratar com você...- fala sedutora, ela é uma garota bonita porém o jeito vulgar dela tira toda beleza
- acho que não temos nenhum assunto pra tratar - corto
- nem o fato que a Alana não é sua filha?- ela ri quando percebe meu nervosismo
- o que você sabe sobre esse assunto?- pergunto
- eu sei o suficiente que você é o Arthur não contaram pra ninguém que a Alana e a Mariana são irmãs - ela faz beicinho - que sacanagem da sua ex com o seu melhor amigo - ela balança a cabeça - imagina a tragedia se as irmãzinhas descobrem assim do nada - ela ri
- você não vale nada garota - falo ríspido - o que você quer?
- eu quero você tio...- ela me olha e senta na minha mesa de frente pra mim - uma noite só, eu quero você todinho e depois disso não falo nada, nunca mais - sorri
- você não tem vergonha não? Pedir uma coisa dessas?! Elas são suas amigas! A Mari e minha mulher não vou fazer isso com ela - digo decidido a não ceder as chantagens.
-sabe.. te garanto que posso ser muito mais mulher pra você...- ela diz sensual fico nervoso só de pensar no que essa louca está tramando..!
- você deveria ter vergonha de está agindo assim...- sussurro
- você fica comigo hoje é seu segredinho sujo está guardado para sempre- ela sussurra de volta
- isso é uma promessa?!- continuo sussurrando
- sim tio - ela sorri - eu prometo que te deixo em paz.. - ela sussurra próximo a minha boca e me beija. Me sinto um frouxo mas não posso deixar esse segredo ser descoberto assim do nada, e de uma forma suja, correspondo o beijo que não faz nada comigo é horrível. Eu preciso pensar na Mari. Automaticamente minhas mãos acabam pousando em sua cintura quando imagino ser minha morena, mas num ímpeto a porta e aberta e encaro assustado os olhos da minha menina, decepcionados, magoados e com raiva. O desespero toma conta de mim.

- desculpem interromper a festinha privada!- ela diz com os olhos marejados.
- amor não é nada disso que você..- Falo desesperado
- não precisa se justificar, não quero explicações. Só vim te entregar isso- caminha até a mesa e tira o anel que eu lhe dei e olha para Tati. - parabéns amiga! Você é ótima em pegar restos.... o Edu.... agora o Frederico... no próximo eu te aviso o felizardo pra você vir atrás também - ela vai em direção a porta.
- não se preocupa amiga esse com certeza é o último - Tati fala e ri
- Mari não é nada disso vamos conversar por favor- Falo - não faz assim me escuta - segura seu braço .
- se você não soltar meu braço agora Frederico eu vou gritar tão alto que todos que estão na varanda vão vir aqui saber a canalhice que vocês estão fazendo nas minhas costas!- fala me encarando com os olhos cheio de lágrimas.
- vamos sair daqui você precisa me ouvir - falo desesperado
- eu não quero ouvir, falar e pensar em você nunca mais! - grita - solta a porra do meu braço antes que eu perca de fato a cabeça - fala ríspida
- deixa ela tio, a gente precisa continuar nosso papo - Tati diz sinica.
- cala a boca garota - fala exasperada e solta meu braço
-não faz isso Mari- digo com os olhos cheio de lágrimas.

Ela vira as costas e sai me deixando ali arrasado, olho furioso pra garota que causou tudo isso.
- satisfeita?- falo grosso
- muito!- ela ri - ela não é mulher pra você, precisa de alguém mais.... firme - vem em minha direção
- nunca mais encoste em mim, ou venha na minha casa!- falo levando ela até a porta
- calma que ainda precisamos terminar - ela fala - mas vou te da um tempinho pra chorar - ela ri pega a bolsa e sai.

Chego na varanda e encontro Mari chorando meu coração despedaça, ela vai embora sem me escutar, magoada, e eu arrasado por ficar com medo.

- que porra você fez pai?!- Alana fala brava
- agora não minha filha - viro e vou em direção ao meu quarto.

Eu nunca chorei por mulher nenhuma além no dia que Alana nasceu e hoje eu choro por uma mulher que eu magoei tentando proteger, ela tem todo meu coração e hoje eu despedacei o dela.
Choro como nunca.

Amor clichêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora