Her Royal Higness (Lumity beta)

Capítulo 14 - Aula de Dança

p.s: está festa foi gerenciada por Eme_M_  e os efeitos visuais feitos pela minha marida oleh08118
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Amity não solta a minha mão enquanto ela me guia pelos corredores. Nós passamos por janelas altas que dão para os jardins, mas não consigo enxergar nada a não ser nossos próprios reflexos.

Chegamos a um par de portas de vidro com maçanetas douradas, e a princesa puxa uma delas. Uma rajada de vento morno e o cheiro de plantas passam por mim quando entro.

— Que lugar é esse? — pergunto enquanto ela me puxa para a sala, fechando a porta atrás de nós.

— Um laranjal — ela responde, e olho em sua direção confusa.

Amity solta minha mão, e eu esfrego meus braços mesmo que não esteja com frio. Na verdade, se continuarmos aqui por muito tempo, vou começar a suar.

— Eu adoro quando você diz essas coisas como se elas fossem palavras de verdade — digo a princesa e ela ri, caminhando até uma árvore num vaso que tem algumas laranjas nos galhos.

— Um laranjal — ela diz, tocando a fruta com a mão enluvada — Nós que vivemos em climas mais frios precisamos de lugares especiais pra cultivar determinadas coisas, e laranjas já foram consideradas um item de luxo.

— Ahhhh — digo, andando até outra árvore — Então se você era ricasso você tinha uma sala dentro de casa só pra cultivar laranjas? Que idiotice, mas não me surpreende nem um pouco...

Amity inclina a cabeça num aceno gracioso.

— Logo — ela diz, e nós duas falamos em uníssono:

— Um laranjal.

Eu rio um pouco e exploro a sala de vidro e as laranjeiras em vasos.

— Essa é uma sala muito esquisita para se ter no meio de Lua Clara — murmuro.

Repentinamente, percebo que Amity está ao meu lado observando o teto, e eu não sei se é efeito de todas essas plantas ou de seu perfume, mas algo exala um aroma doce e delicado.

— Lady Angela mandou construir quando se mudou pra cá — a princesa explica, ainda observando o teto — Quando eu era pequena e brincávamos de esconde-esconde, sempre me escondia aqui.

Olho para ela de braços cruzados. A iluminação é fraca nessa sala, a única luz vem de pequenos lustres de velas ao redor da sala, e me dou conta de que isso é meio... romântico.

Limpando a garganta (e tirando os olhos do rosto de Amity) eu encaro o teto.

— Você devia ser muito ruim em se esconder, então. Todo mundo saberia onde te achar.

Ela dá de ombros, aquele gesto de Amity que é ao mesmo tempo elegante e despreocupado.

— Eu nunca me preocupei muito com isso.

Rio em resposta.

— Você nunca se preocupou em se esconder durante o esconde-esconde? — balanço a cabeça — Isso é muito a sua cara, princesa.

A esverdeada abre aquele típico sorriso bobo de novo.

— E não é que é?

E então ela segura minhas mãos e me puxa para o centro da sala.

— Agora, para de enrolar e vamos logo dançar, vai ser um trabalho e tanto te ensinar.

— Quem de nós vai guiar? — pergunto, e Amity olha pra mim daquele jeito ao qual já estou me acostumando.