Doce Obsessão (Livro 1) REESCREVENDO

15 Eu quero, eu consigo✅

-- Eu coloquei em cima dessa cadeira ali.-- sua voz responde um pouco longe do telefone.

Fecho os olhos e suspiro.

-- Lívia, não me diga que...

-- Sim, mas não se preocupe, ele me jurou ser diferente dessa vez.

Balanço a cabeça, totalmente desacreditada.

-- Lívia, não...

-- Ele me prometeu, Hannah, você precisava ver como ele estava sendo sincero. Vai ser diferente!

-- Não, Lívia, não vai! Você não entende que isso é apenas uma desculpa momentânea?!

Ela suspira do outro lado da linha. Ela não iria me ouvir, eu já sabia disso.

-- Me desculpe, Hannah, mas eu o amo e não vou deixá-lo só porque você quer.

-- Porque eu quero?! Lívia, ele te mandou para o HOSPITAL!

-- Isso é passado, eu o perdoei. Agora somos um casal de verdade!

Suspiro, exasperada.

-- Oh Lívia!-- lamento.

-- Hannah, ele não quer mais que sejamos amigas...

-- O quê?

-- Ele me disse que a nossa amizade está desgastando o nosso relacionamento.

-- Lívia, isso não...

-- Eu quero salvar meu casamento, Hannah. Por isso, por favor , não me ligue e eu também não irei mais procurá-la! Adeus, detetive!

Ela desliga. 

Meu Deus, nesse estado da situação, eu não posso fazer mais nada. Já fiz tudo possível e cabível. Porém agora, acabo de perder mais uma amiga...

Já estou cansada de chorar, não vou derramar mais nenhuma lágrima. Paro no primeiro bar que vejo.

Hoje eu vou beber até eu esquecer-me de tudo. Eu não quero lembrar quem eu sou e nem quem eu fui. Não quero me lembrar do Caleb e nem de sua traição. Quero esquecer o nosso falso amor e nosso falso felizes para sempre.

[...]

NARRAÇÃO AUTORAL:

Hannah já estava no quinto copo e estava totalmente bêbada. Os predadores da noite, ao seu redor. Esperando ela pisar na porta para caçar a presa.

Hannah totalmente embriagada, não conseguia ver o grande perigo que lhe rodeava.

-- Aquele maldito, me traiu! Por que eu ainda não me esqueci dele? Acho que eu preciso beber mais!-- ela pega mais um copo e vira líquido na boca, que desce rasgando.

Um homem entra pelas portas do bar. Todos olham para a figura assustadora do homem que acabou de adentrar o bar. Sua aparência lembrava um jovem rico. Suas roupas caríssimas, seu olhar penetrante. Ele não era um homem comum, e com certeza não estava ali para beber em um simples bar. Sua pose é determinada.

Seus olhos varrem o local até encontrar uma Hannah totalmente embriagada. Ele dá um pequeno sorriso. Seus passos são calculados e cuidadosos. Ele se aproxima da mesa onde Hannah está.

Ela vira mais um copo na boca e encontra aqueles olhos. Sua mente temulenta, não permite um só pensamento adequado.

-- Seus olhos são lindos!-- ela balbucionou.

-- Acho que você é uma das poucas pessoas que acham isso!-- ele responde.

Sua voz grave e perigosa causa um arrepio na espinha de Hannah.

-- Acho que a cota de bebida alcoólica por hoje já é o suficiente, Hannah Miller.

-- Eu não sou mais Hannah Miller, sou apenas Hannah Lewis. -- ela responde, mal humorada.

Ele sorri.

-- Claro! Vamos, Hannah.

Ele ajuda ela a se levantar e a dar alguns passos. A garçonete vem a mesa de Hannah e o homem tira algumas cédulas do bolso e lhe entrega.

-- Obrigada, Senhor!-- diz a garçonete com os olhos brilhando ao ver a generosa gorjeta.

Hannah dá apenas alguns passos, seu estado debilitado não permite mais que isso. O homem a pega  em seus braços e caminha para fora.

-- Quem é você? O que você quer?-- ela pergunta, confusa.

-- Sou alguém que sempre consegue o que quer. E eu quero você!

Hannah balança a cabeça.

-- Não sou tão fácil assim, senhor!

Ele sorri.

-- Eu sei, mas eu sempre consigo o que quero, Hannah, não importa como!

Hannah percebe o perigo que está correndo. Aquele homem dos olhos lindos trazia consigo uma maldição.

[...]