Prólogo (parte 1)

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Narradora

Adam e Carlos.

Dois melhores amigos, unidos pela ambição e desejo de se tornarem os maiores empresários já vistos no ramo trabalhista no Brasil.

Tudo começou bem. Os dois se conheciam o bastante para confiar um no outro. Não sentiam inveja, pelo contrário, os dois se amavam.

Era um amor de irmão. Eles eram filhos únicos de dois casais, os quais, tinham problemas familiares. Sempre conversavam sobre isto e o quanto tivessem uma família, fariam diferente.

Logo após se formarem, conseguiram realizar o senho. Jewelry Company, se tornou uma das maiores empresas de jóias do país e logo após internacional.

Estava tudo bem, os dois conseguiram finalmente o que mais almejavam. Mas, ainda faltava algo.

Carlos, por sua vez, encontrou primeiro. O amor. Ele nunca acreditou em amor a primeira vista, mas um dia o destino lhe mostrou que tudo é possível.

Se apaixonou perdidamente por Laura. Uma mulher de cabelos pretos longos, olhos verdes, boca rosada. Era a definição, que todos diziam, da perfeição.

Ela também se apaixonou, e os dois juraram amor eterno, mas não afirmaram nenhum compromisso.

Assim que Carlos, a apresentou para seu melhor amigo, não imaginava que a amizade dos dois se seria exposta ao risco de acabar.

Simplesmente por causa de uma mulher, a qual ele amava, e por ironia do destino, Adam também se apaixonou por ela a primeira vista.

Adam demorou a perceber o que sentia pela Laura, mas quando não consegui mais guardar o sentimento, o expôs para ela e seu amigo.

Carlos ficou furioso, não imaginava que isso iria acontecer, mas compreendeu. Realmente, a mulher era linda e não tinha como não se apaixonar por só na primeira vez que a via.

Quando pensou que seu amigo, Adam, os iria deixar em paz. O jovem disse que não poderia fazer isto, e decidiu lutar pelo amor da amada.

E foi ai que uma guerra começou.

Carlos tinha seu charme. Era bonito, cabelos ruivos, olhos castanhos, não era forte, mas seu porte dava a entender que frequentava a academia alguns dias na semana e cuidava bem da sua alimentação.

Ofereceu de tudo a amada. Apesar de que quando a conheceu não tinha tanto dinheiro, fez de tudo e trabalhou o dobro para lhe dar tudo aquilo que ela merecia.

Lhe comprava flores, a levava para sair, se divertir. Comprou-lhe até um apartamento. E o mais importante, ele lhe deu amor.

Por outro lado, Adam era um homem e tanto, era alto, musculoso, havia algumas tatuagens espalhadas pelo corpo, as quais ele amava, olhos azuis e cabelo castanho.

Fez de tudo para conquistar o amor da mulher que dizia ser mais bela, a mais charmosa, a mais maravilhosa que ele já havia conhecido.

No entanto, havia algo que um tinha, o outro nem tanto.

Dinheiro.

Apesar de Laura ser uma moça correta, direita, e não pensar muito na questão financeira quando se tratava de amor, se viu sem saída após descobrir uma gravidez, naquele momento, indesejada.

O sonho de Adam era ser pai, de uma menina. Ninguém nunca acreditou quando o mesmo dizia, mas tinha algo nos olhos dele quando falava desse assunto, um brilho, que todos tinham certeza que falava a verdade.

Laura se agarrou nisso. Dormiu com ele, semanas depois disse que estava grávida de um filho seu. O homem quase morreu de tanta alegria, ao contrário de Carlos, que quiser morreu de tanta decepção e tristeza.

Não acreditava que era possível uma traição daquele homem, que um dia chamou de melhor amigo, de irmão.

Viu os dois se casar. A alegria nos olhos deles, o fez sentir raiva, e nutrir um ódio que jamais imaginaria sentir.

E então, foi embora. Mas antes, jurou a si mesmo, diante a imaginem feliz dos dois, que voltaria e se vingaria daqueles que o traíram: Adam, seu irmão/melhor amigo e Laura, sua amada.

...

Adam estava mais feliz do que tudo. Achava impossível existir alguém que estivesse, naquele momento, tão feliz quando ele. A não ser Laura.

A mulher se via deslumbrada. O luxo de sua festa de casamento a havia surpreendido. A mãe de Adam, agora sua sogra, teria exigido que tudo fosse glamouroso e luxuoso.

Mas em algum momento daquela ocasião, se viu rodeando o olhar pelo salão atrás de um par de olhos castanhos de cabelo ruivo. Não o encontrou.

Adam também procurou o amigo. A última vez que tinha o visto estava com uma cara péssima, parecia triste, com raiva. Não sabia distinguir.

Não sabia o motivo, pelo qual, o amigo estaria daquela forma. Aliás, ele estava realizando mais um de seus sonhos, finalmente estava construindo sua família!

Desconfiava que seria porque Carlos achava que ele tinha "roubado" a Laura dele. Mas não era. Ela estava esperando um filho seu! Como poderia deixá-la desamparada com um herdeiro seu na barriga? Nunca permitiria que isso iria acontecer.

E mesmo se tivesse acontecido o contrário. Se Laura houvesse engravidado de Carlos, teria o apoiado a se casar com ela, mesmo que a amasse.

Nunca poderia permitir que um filho seu fosse posto no mundo e não lhe dar tudo aquilo que merecia.

Com esse pensamento, chegou perto de sua amada e a olhou como se fosse a única mulher do mundo, a beijou e disse que a amava. Naquele instante, Laura se sentiu especial, mas teria que admitir para si mesma.

Ela não amava Adam. Talvez nunca fosse amar. Mas estava disposta a viver ao lado de um homem que lhe daria tudo e pouco mais que precisava.

Pegou-lhe imaginando o motivo de ter feito isso. Não sabia. Não tinha resposta. Apenas, fez. E já era tarde para se arrepender. Estava casada com Adam, e teria que viver ao lado dele mesmo que não o amasse.

Mas de uma coisa aquela mulher tinha certeza: Adam amaria seu filho (a) mesmo que não fosse, biologicamente, dele. Ele a amava. Ela estava disposta a esquecer Carlos, e amar ele.

E assim, começou uma nova fase da vida dos dois.

Uma fase que jamais será esquecida.

O Dono do PoderWhere stories live. Discover now