Capítulo 22 - Namjoon

En başından başla
                                    

E ele o seguiu, pegando suas coisas do chão junto da caderneta antes de se levantar para segui-lo até a sala pequena no fim daquele andar.

O corredor era pequeno, quente e abafado, as paredes eram de gesso, cobertas por um papel de parede que imitava tijolos, além de todas as portas serem de madeira polida, junto de uma plaquinha que indicava o médico que ali o atendia. Namjoon também notou que todas as portas estavam fechadas, o que lhe dava uma sensação claustrofóbica quando uma única foi aberta e o médico lhe deu passagem para entrar no cômodo gelado devido ao pequeno ar condicionado de parede que oxigenava o ambiente.

Sem que o médico avisasse ele ocupou uma cadeira, sentindo que poderia desabar a qualquer momento no chão de um material que desconhecia antes do homem ocupar a poltrona atrás da mesa de tom escuro, prendendo seus olhos no adolescente.

— Obrigado por ter vindo, Senhor Kim. Significa muito o apoio de família em casos como o de sua avó — Namjoon assentiu, sem saber o que dizer. — Me chamo Lee Changhyuk. Sou o neurologista responsável pelos exames trimestrais de sua halmeoni em relação à sua condição atual.

— Tudo bem. Eu não gostava do outro médico, de qualquer maneira — murmurou, lembrando da forma como o antigo doutor olhava para seu cabelo e vestes, de forma repreendedora. — E... pode me chamar de Namjoon. Senhor Kim era o meu pai, e ele já não está mais entre nós.

— Tudo bem, como quiser. E meus pêsames — o adolescente murmurou um "obrigado" tímido demais para seu jeito tão doce antes do homem abrir uma longa gaveta na mesa e retirar dela uma pasta, que parecia ter mais conteúdo do que Kim Namjoon estava acostumado. O homem leu por alguns minutos, como se confirmasse algo antes de soltar um longo suspiro cansado. Namjoon sabia que aquilo era uma sentença, só temia de que forma. — Namjoon, infelizmente não tenho boas notícias sobre o caso de sua avó.

— Por favor, doutor — o cortou. Quando o médico o olhou, tudo que pode ver era um adolescente que tinha passado por coisa demais em pouco tempo, alguém que só desejava não perder alguém novamente. O médico não sabia como ajudá-lo. — Só... seja sincero, sim? Eu vou te perguntar algo, e então você será cem por cento sincero.

— Sempre — prometeu. — Eu fiz um juramento, então serei completamente sincero para você.

Namjoon suspirou, antes de assentir cansado demais para que o movimento durasse muito.

— Minha halmeoni vai morrer?

O homem pensou, encarando aqueles exames de tecidos cerebrais, as finitas ressonâncias... tudo que tinha aprendido sobre doenças neurológicas... Era horrível quando um médico não sabia responder algo a um parente desesperado por alguma migalha de esperança, e aquela era uma daquelas ocasiões.

— Sua avó passou muito rápido do estado moderado para o terminal, Kim. Mais rápido do que qualquer médico pretendia, esperava em um caso desse. Ela tinha muita chance de evoluir, retroceder na doença, quando piorou — explicou. — Quando um paciente chega em estágio terminal, não se há mais o que fazer para reverter o caso, a não ser tentar lhe oferecer um fim bom. Acontece, que quando um paciente chega nesse nível, ele simplesmente não consegue mais se alimentar sozinho, engolir torna-se completamente doloroso, e o paciente perde qualquer chance de falar, entender o que acontece a seu redor. Torna-se algo que nem sei explicar o quê. As chances de desenvolver uma infecção é extremamente elevada, o que ocasiona óbito. Então eu não sei se ela viverá, mas também não sei quando partirá. Tudo que podemos tentar fazer é lhe dar um fim de estadia confortável.

Namjoon o olhou, sentindo seus olhos queimarem enquanto raciocinava todas as palavras do homem que vagavam por sua mente como uma sopa de letrinhas – palavras soltas tentando se conectar, embora soubesse que era inútil –, mas acima de tudo, o Kim também se negava a chorar. Jamais choraria naquele hospital, sabendo que teriam olhares em si.

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