Capítulo três

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Esta manhã acordei como um zumbi. Fui direto para a cozinha e fiz o café da manhã. Depois de comer, olhei para o meu telefone.

Havia uma mensagem de texto.
Abri a mensagem e o que vi em seguida foi um pouco chocante.

"Olá, S/A. Sente minha falta? Ah, eu sei que você sente." -Número desconhecido.

Eu comecei a entrar em pânico. Logo de cara eu soube que era Levi. quem mais poderia ser? Hoje era sábado, então não tive trabalho hoje. Eu poderia conseguir uma passagem e ir para Londres, mas não vai acontecer. Afinal, não tenho dinheiro suficiente para isso. O que eu vou fazer?

Apressadamente, tomei um banho e vesti um par de leggings e uma camisa de botões, colocando um coturno preto, eu peguei meu telefone e minha bolsa. Não é seguro estar ao ar livre, mas que se foda. Levi sabe que não aceito merda de ninguém, isso não seria diferente com ele.

Saindo do meu apartamento, tranquei a porta e fiz sinal para um táxi, "Evergreen Terrace, por favor.", disse ao velho que dirigia. Evergreen Terrace pertence à minha amada Yelena. Ela parou de lecionar há um ano. Tive de mentir e dizer a ela que desisti da faculdade e fui para o exterior por um tempo. A pobre Yelena acreditou em mim e eu nunca poderia me perdoar.

A razão pela qual menti para ela foi por causa de Omerta. Omerta é o código do silêncio e honra. É o silêncio sobre a atividade criminosa e a recusa em dar autoridade qualquer informação e/ou evidência da Máfia Italiana. Eu não quebraria isso porque as consequências são a morte e/ou tortura.

O táxi parou na rua e eu paguei, saindo. Fui até a casa de Yelena e bati, olhando ao meu redor com atenção. A porta se abriu e revelou uma mulher vestida com uma camisola. "Yelena, sinto muito por acordar você!" Eu olhei para a mulher loira esfregando os olhos.
"Oh meu Deus!" A mulher a minha frente exclamou, "S/A! S/A! Entre! Não é nada, querida. Contanto que seja você me acordando assim, estou bem." Entrei na casa bem decorada pertencente à ela. "Você já comeu?" Eu assisti a figura alta de Yelena desaparecer na cozinha.

"Sim. Estou apenas de passagem, na verdade.", eu suspirei. Esperei enquanto a loira saía e se sentava à minha frente. Ela me encarou e eu encarei suas costas. Yelena era uma mulher muito bonita no colégio.

"Oh, minha querida! Eu vou sair neste fim de semana, preciso de tempo para fazer as malas! Corra até uma loja e compre algumas, você sabe... coisas de menina." Ela apertou as mãos.

Eu balancei a cabeça quando ela me deu algum troco. Felizmente, a loja não ficava muito longe da casa. Era apenas um quarteirão de distância. Saí de casa e comecei a andar apressadamente.

Essa mensagem de antes agitou meus nervos. Antes que eu percebesse, entrei na loja. Não me preocupei em pegar as coisas e pagar.

Saindo da loja, meu telefone tocou.
"Eu consigo ver você." - Novamente, o número desconhecido.

Olhando em volta, vi uma silhueta olhando em minha direção. Eu não conseguia ver o rosto. Um casal passou e tudo sumiu. Isso está ficando assustador. Corri de volta para casa e entreguei as sacolas.

"Yelena, eu devo ir, obrigada por me receber!", gritei.
"Ok, querida. Deixe as coisas no balcão!" Fiz o que me foi dito e fui embora.
Talvez eu devesse ter ficado com a loira. Eu estaria mais segura, pelo menos, mas preciso do conforto do meu apartamento. Se eu for sequestrada, a primeira coisa que farei é chutar Farlan onde o sol não brilha. Farlan rampeiro (Não julguem, eu gosto desse xingamento KKKKK). Chamando um táxi, pude sentir uma presença. Merda... Merda. Merda. Entrando no táxi, dei meu endereço ao motorista.

Pouco depois, cheguei e desci. Eu não perdi tempo abrindo minha porta e entrando. Depois de trancar minha porta, eu apertei minhas costas contra ela, suspirando. Espera um segundo! Eu não tranquei minha porta quando saí?
"Sim, você fez", disse uma voz suave, como se acabasse de descobrir o que eu estava pensando. Eu olhei para a silhueta sentada no meu sofá.

"Seja você quem for, saia", ameacei. A figura se levantou e veio em minha direção. Eu imediatamente saí do caminho e corri para a cozinha. Eu precisava de algo para me proteger. Abrindo minhas gavetas desesperadamente, vi que todas as minhas facas tinham sumido.

"Você não vai achar facas, boneca." Parei tudo. Era ele. Levi. Eu me virei e fiz contato visual com os olhos cinza de aço. Eu encarei ele com minha boca ligeiramente aberta. Ele comegou a avangar em minha direção.
"Fique longe de mim, Ackerman.", Tentei o pressionar, numa tentativa falha, ele não me deu ouvidos.

O senti atrás de mim, não tirando os olhos dele. E logo ele ele estava na minha frente. Eu ainda alcancei seu queixo. Pegando qualquer objeto que minha mão tocou, eu o levantei, "Mova-se ou então eu coloco essa colher em você!" Eu olhei para a colher sem acreditar. Sério? Uma colher? Se a situação fosse outra, eu daria risada disso.

"Boneca...", advertiu Levi, "põe a colher na mesa. Estou morrendo de medo." Ele disse ironicamente.

"Foda-se" eu rosnei.

Ele riu, "Você já fez por mim." Pegando minha colher com a mão, esta, armada, ele a abaixou. Seu toque me deixou com os joelhos fracos. Aquele idiota.

"Saia.", rosnei, "Você não é bem-vindo aqui."

"Volte para mim..." Ele sussurrou me olhando diretamente nos olhos. E algo que nao vejo ha algum tempo. Seus olhos aparentavam ser suplicantes e um tanto sinceros, isto perante a aqueles que os sabiam ler. Ele rapidamente os escondeu, deixando-me olhando para os olhos cinza de algo sem vida.

"Não." Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, ele tinha um punho cheio de meu cabelo. Eu gemi de dor.
"Você quer que eu arraste você para fora, S/N?" Ele soltou um rosnado baixo.
"Porra, tente, seu bundão." Eu dei uma joelhada na virilha dele e mostrei a língua, madura como eu era. Ele caiu de joelhos, dei uma joelhada em seu belo rosto. Jurei que poderia ter sentido seu nariz quebrando com o contato. Após isso, corri às pressas para o meu quarto e tranquei a porta. Colocando uma cadeira contra a maçaneta da porta, pensei em uma maneira de sair.

Merda.

𝐋𝗈𝗏𝗂𝗇𝗀 𝗍𝗁𝖾 𝗆𝖺𝖿𝗂𝖺- 𝐋𝐞𝐯𝐢 𝐀𝐜𝐤𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧;Where stories live. Discover now