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Dulce ― Como assim presos?! {Meus olhos saltam após Maitê me contar que passou a noite de ontem na delegacia com a família} 

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Dulce ― Como assim presos?! {Meus olhos saltam após Maitê me contar que passou a noite de ontem na delegacia com a família} 

Maitê ― Foi horrível, Dul. {Ela me abraça} ― Os policiais chegaram aqui com um mandado de busca e apreensão. Meu pai deixou eles entrarem porque... não tínhamos nada a esconder. {Ela cai no choro} 

D ― Mas o que houve? Isso só pode ser coisa da sua irmã, não é? Belinda deve ter se metido em algum rolo com gente da pesada. {Fico indignada} 

M ― Não. {Sacode a cabeça} ― Os meus pais acham que foi tudo armação pra nos incriminar, mas não vamos conseguir provar nada... {Exaspera-se} 

D ― Calma! Respira, relaxa e me conta tudo sem pressa desde o começo. {Tento tranquilizá-la} ― O pior já passou, vocês estão aqui agora.

Maitê narra que a polícia chegou ao sítio com um mandado de busca e apreensão de drogas. Ela e sua família ficaram assustados, mas não se opuseram às autoridades. Cães farejadores foram usados para tentar encontrar as drogas e todos se surpreenderam quando quilos de cocaína foram desenterrados do quintal dos fundos.  

M ― Aconteceu tudo muito rápido, Dul. {Ela soluça} ― Eles acharam aquele monte de drogas que não eram nossas. Cheguei até a duvidar da índole dos meus próprios pais. {Enxuga as lágrimas} 

D ― Os policiais tinham provas maiores contra vocês? Qualquer pessoa pode ter entrado no sítio pra enterrar aquelas porcarias... {Maitê me impede de concluir o meu pensamento}  

M ― Disseram que tinham algumas testemunhas sobre o caso e que era uma investigação de tráfico que o FBI estava realizando. {Funga o nariz} 

D ― Quem denunciou? Como a polícia chegou até aqui? Por que fizeram isso com vocês? {Exaspero-me} 

M ― A gente não sabe, Dulce. A gente não sabe. {Diz com voz chorosa} ― Não temos respostas pra nenhuma dessas perguntas. Só sabemos que foi uma denúncia anônima. 

D ― E Belinda? Está livre de culpa mesmo? {Arqueio as sobrancelhas} 

M ― Ela jurou que não tem nada a ver com as drogas e disse que não nos colocaria em risco. Minha irmã ficou tão apavorada quanto eu e os nossos pais. 

D ― Por que alguém ia querer ferrar com vocês? O que ganhariam com isso? 

Maitê faz uma longa pausa antes de responder:

M ― Tenho uma suspeita. {Murmura} ― Mas guardei pra mim porque não posso provar nada. {Abaixa o olhar} 

D ― Se você suspeita de alguém, precisa contar pra polícia pra eles investigarem, May. {Seguro suas mãos} 

M ― Me perdoe se eu estiver errada, Dul, mas... eu acho... que pode ter sido o seu pai. {Revela com receio}

D ― O que? O meu pai? Por qual motivo? {Considero a ideia um absurdo} 

Metade De Mim│VondyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora