A CAPITAL DESTRUÍDA

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06/07/1618
da Era do
Despertar







        A invasão surpresa de Ablon, Mür'Daegon e dos seres profanos à capital do Império Dourado, Drak'Nazit, quase levou a aniquilação completa da capital. Somente graças aos Guardiões Dourados isso foi impedido.

— Como fui tão tolo e fraco? — perguntou o grande Imperador Ëllion à sua mulher que buscava forças para consolá-lo. Mas ambos encontravam-se em profunda tristeza, fraqueza e apatia.

— Você não tinha como saber. Nem um dos magos conseguiu sentir magia no maldito artefato — respondeu sua Imperatriz com olhos vermelhos.

— Majestade, lamentamos informar que o corpo da venerável Imperatriz avó foi encontrado — informou com tristeza um Guarda Imperial.

Ëllion pós-se de pé e seguiu o guarda. Outros guardas já traziam o corpo franzino e comprido da amável e ancestral senhora. Uma das mais velhas do Império, contava com quase 270 anos.

Ëllion se abaixou e chorou sobre o lençol que a cobria. Lembrando-se de numerosos anos que compartilhou de tão sábia e bondosa companhia.

Sua esposa se juntou a ele e momentos mais tarde o ajudou a se erguer permitindo que  funeral adequado fosse preparado.

— Notícias dos desaparecidos? — questionou o Imperador ao chefe da Guarda Imperial.

— Lamento, majestade. Informarei assim que tiver qualquer mínimo vestígio.

Ëllion não se mantinha um instante parado. Estava agoniado e sem chão. Perdera num só dia sua avó Zioconda, morta por um minotauro. Seu irmão, cunhada, sobrinho, três protegidos desaparecidos. Centemas de homens de confiança haviam mortos; e o pior, seu filho único e descendente, Elthorn, também havia desaparecido sem deixar rastros.


Sua mulher estava inconsolável e deprimida, não suportava a incerteza e a eterna dúvida sobre o desaparecimento de seu filho. Chegou a dizer que preferia ter a certeza de sua morte a tê-lo desaparecido e, com isso, ter a esperança diariamente frustrada na vã espera de boas novas quase impossíveis.

Todos os dias se reascendia sua esperança e todos os dias se apagava e doía tudo de novo, como uma ferida que se abria novamente todos os dias.

Assim ocorria também com a mãe do protegido do imperador, Bryen, mãe de John, a qual sofria terrivelmente, encontrava-se desde o ocorrido extremamente desolada, não tinha apetite, sono ou capacidade de sorrir; já seu marido Josek, o menestrel real, não perdia as esperanças de que seu filho estava bem, estando onde estivesse, ele repetia que este não era seu fim, e que um lindo futuro aguardava seu amado filho. Tentava a todo custo confortar a esposa, distraí-la, alimentá-la e fortalecer sua fé.

A mãe do clérigo Bruce, verdadeiro prodígio para seus irmãos da ordem de Qüen'Thurkas, também sofria muito. Embora depositasse suas esperanças na inabalável fé do filho e em seu deus patrono Quëm'Tutkas, de sua parte ela se sentia castigada por seus pecados, sofrendo com a perde de seu bem mais querido, Bruce.

Seu sofrimento era terrível, pois além de Bruce, havia perdido seus outros filhos na batalha.

Mesmo com todo sofrimento, o Imperador não se deixou abater por completo. Tomou as cabíveis decisões para manter a coesão de seu povo. Já na primeira noite da invasão buscava reunir informações ordenar ações para aplacar os danos incalculáveis e buscava minimizar as dificuldades que pudesse.

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