Cap. 9 - Escureceu

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Pov Lauren Jauregui
Long Beach, Califórnia

Acordo com o rangido da porta e o som da minha mãe me chamando. Puxando as cobertas por cima da cabeça, tento abafar o som, mas algo na voz dela me faz estremecer por dentro. Há um tremor pesado quando ela diz:

— Lauren, acorde.

Ela funga.

Meu cérebro passa de grogue para alerta máximo. Meu corpo se endireita subitamente. Ela está chorando. Minha mãe não chora.

— O que foi, mãe?

Presumindo o pior, o pânico me invade. Alguma coisa aconteceu ao meu pai, temo.

Seu choro se transforma em soluços. Ela não responde.

— Mãe, onde está o papai? — Minha voz fica cada vez mais alta.

Mais soluços. Ela se joga em cima de mim à medida que seu choro se intensifica. Colocando meus braços nas costas dela, eu a abraço, mas minha voz fica mais insistente.

— Mãe, o que está havendo? Onde está o papai? — Minhas próprias lágrimas começam a vir à tona, embora eu ainda não saiba por que estou chorando.

— Ele está lá embaixo — ela finalmente solta, quase sem fôlego entre um soluço e outro. — O que aconteceu, mãe?

— É a Emily.

Meu coração aperta no meu peito.

— O quê? — Minha voz aumenta a ponto de gritar. — Mãe, o que aconteceu com a Emily?

Ela chora mais. Meu pai vem até a porta. Eu me viro e olho para ele. Papai também está chorando. Meu coração vem parar na boca.

— Lauren. — Meu pai respira fundo. — A Emily sofreu um acidente, filha.

A náusea toma conta de mim, minha cabeça gira, mas eu me forço a sair da cama. — Onde ela está? — Estou vestindo a roupa enquanto falo.

— No Hospital Universitário de Long Beach.

Freneticamente, procuro minhas chaves em cima da escrivaninha e desço as escadas correndo. Meu pai grita me pedindo para esperar, mas já estou do outro lado da porta antes que ele consiga me alcançar. Ele abre a porta do passageiro no momento em que estou dando ré e pula para dentro.

Andando de um lado para o outro na sala de espera da emergência, como um leão dentro de uma jaula, espero e espero pelo que parece uma eternidade. Minha mãe chega carregando meus sapatos.

Quando olho para baixo, fico surpresa ao perceber que estou descalço.

— Teve alguma notícia? — ela sussurra para meu pai.

Ele balança a cabeça e coloca os braços sobre os ombros dela, puxando-a para mais perto.

Finalmente, depois do que parecem ser dias, os pais de Emily surgem pelas portas vai e vem que a separam de mim. Corro até eles. O Sr. Bennett olha para mim e balança a cabeça em negação.

Não? Como assim, não? Meu pai fica em pé ao meu lado. A Sra. Bennett finalmente levanta os olhos e, ao me ver, perde completamente o controle. Chorando, ela cai no chão.

Minha respiração fica mais curta e mais rápida. Estou tonta. Meus pensamentos giram tão rápido que não consigo enxergar nada. Eles só param quando meu mundo inteiro escurece.

CAMREN: Peças do Destino (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora