Cap. 11 - Vamos Fazer Dar Certo

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Pov Lauren

Véspera de Ano-Novo. Sete anos atrás.

Eu estava em pé na salinha no fundo da igreja, olhando para fora. Garoava e o céu tinha uma cor intensa de cinza sombrio. Combinava. Era como eu me sentia.

Sombria.

O que provavelmente não era o sinal mais encorajador de que eu estava fazendo a escolha certa.

Roman abriu a porta.

— Aí está você. Quantas pessoas seu pai convidou? Deve ter umas quatrocentas aqui. Elas já começaram a se sentar no mezanino.

— Não faço ideia. Não perguntei. — A verdade era que eu tinha perguntado pouquíssima coisa em relação ao casamento. Achei que minha falta de interesse se desse por estar ocupada estudando Direito, mas, ultimamente, tinha percebido que era mais do que isso. Não estava empolgada para me casar.

Roman ficou ao meu lado e também olhando para fora pela janela. Ele colocou a mão no bolso do seu smoking e tirou um frasco, oferecendo-o para mim primeiro. Peguei porque precisava.

— O carro está nos fundos, se quiser fugir — ele disse.

Olhei-o de canto de olho enquanto bebia uma dose dupla de uísque do frasco.

— Não conseguiria fazer isso com ela. Ela vai ter um bebê, cara.

— Ela vai ter um bebê querendo ou não, em dois meses.

— Eu sei. Mas é a coisa certa a fazer.

— Foda-se a coisa certa.

Devolvi o frasco ao meu padrinho com um sorriso irônico.

— Você sabe que está em uma igreja.

Ele bebeu do frasco.

— Já vou para o inferno mesmo. Qual é a diferença?

Dei risada.

Aos 24 anos, meu melhor amigo já tinha sido educadamente convidado a sair da Polícia de Nova York. Convidado era uma forma educada de se dizer se demita ou eu te demito. Ele não era exatamente um anjo.

— Eu gosto da Alexa. Vamos fazer dar certo.

— Ainda não ouvi a palavra amor. Se casaria com ela se não a tivesse engravidado como uma idiota depois de transar por alguns meses?

Não respondi.

— Foi o que pensei. As pessoas podem ter um filho e não se casar. Não estamos mais nos anos 1960, Sra. Certinha.

— Vamos fazer dar certo.

Roman me deu um tapa nas costas.

— É a sua vida. Mas as chaves estão no meu bolso, se mudar de ideia.

— Obrigado, cara.

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CAMREN: Capitã Prolactinadora (G!P) Where stories live. Discover now