Bianca Mello, ou apenas Bia, uma menina do interior de São Paulo que ganhou um concurso de beleza, cujo o prêmio era um contrato com uma empresa de grande porte e uma viajem de seis meses para Paris, no auge dos seus vinte e quatro anos, se vê compl...
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Ver minha irmã ali depois de tudo o que ela fez para a própria filha, ou melhor, para a minha filha, me causa uma repuna enorme, o que me faz querer vomitar. Ela passa por mim e vai até o meio da sala pisando duro, bato a porta e a sigo, ficando de frente com ela.
- Belinda - repito seu nome e ela suspira.
- Bianca - ela fala com uma doçura falsa que me faz querer pular no seu pescoço, mas algo dentro de mim me manda ficar quieta.
- O que você quer? - pergunto entre os dentes.
- Minha filha - fala como se fosse óbvio.
- Você não tem direito de chamar ela assim, não depois do que você fez - falo e vejo Lohan chegar.
- Quem era amor? - pergunta e só então percebe quem está aqui.
- Lohan... Amor, me deixa ficar sozinha aqui com ela, precisamos conversar - falo e ele nega.
- Vai embora da minha casa agora, sua vadia - ele esbraveja.
- Você falava isso com mais carinho quando a gente tava naquela cama lá em cima - ela fala e suma onda de arrepios corre por minha espinha ao imaginar o homem que eu amo com a mulher mais desprezível que eu já conheci.
- Belinda, eu não vou falar de novo - Lohan contrai os músculos e eu tensiono com medo do que possa acontecer.
- Amor, eu preciso dessa conversa - Falo e ele passa a mão pelo cabelo.
- Vão para o escritório, eu vou ficar aqui na sala, qualquer coisa, grita - ele fala e para ao meu lado. - tenta arrancar alguma coisa dela, coloquei uma câmera lá - ele sussurra ao me abraçar e eu sorrio para ele quando me desfaço do abraço.
- Tudo bem - falo e vou na frente em direção ao escritório. Não sei como eu consegui ficar tão calma depois de tudo o que aconteceu, mas minha intuição de que ela vai falar o que eu preciso para mantê-la bem longe do meu bebê.
Entramos no escritório e eu me sento na poltrona atrás da mesa e ela se senta a minha frente com um sorriso convencido no rosto.
- Você sempre teve tudo, não é irmãzinha?! - ela fala e eu a olho com o cenho franzido.
- Como é?
- A mamãe sempre preferiu você a mim, sempre te deu mais atenção, mas dessa vez eu posso arrancar o que você tem de mais importante - ela olha para as unhas enquanto diz com indiferença.
- Você quer a Trice apenas para provar que pode ter algo e eu não? - pergunto e ela sorri negando.
- Bobinha... Eu vou me vingar de vocês dois, eu não ligo para a pirralha, ela já me deu problemas de mais... E eu nem ganhei o suficiente por ter colocado aquela aberração no mundo - fala e eu aporto os braços da poltrona.
