Essa coisa está aqui tem um bom tempo, isso é evidente, e não causou nenhum dano, então não pode machucar muito, não é?

Contudo, o lado lógico de Lexa sabe que ela tem que verificar aquilo. Se tivesse uma ameaça ali dentro, ela deveria verificar e cuidar disso, para proteger seu povo.

"Me sigam," Lexa falou com confiança, tirando a espada da bainha. "Fiquem alerta o tempo inteiro."

Ela pulou para o primeiro degrau da íngreme escada e começou a descer os degrais com passos firmes, cautelosos e cuidadosos.

Enquanto ela descia mais e mais para dentro daquela escuridão, com seus guerreiros logo atrás, os olhos de Lexa começaram a se ajustar com o pouco de luz que havia ali.

Está escuro, porém quanto mais desce a escada, mais uma luz tremeluzente chama sua atenção.

Liga e desliga, liga e desliga, repetidamente ao longe.

Tendo uma noção de seus arredores, Lexa percebeu que estava em um corredor muito pequeno e que no fim desse corredor, tem uma porta com uma luz acima dela.

Se aproximando mais, finalmente Lexa chegou até a porta. Sua postura não havia mudado, ela ainda estava em alerta.

A porta, notou ela, tem uma escotilha que tem que ser girada para que possa ser aberta. Acima da escotilha tem mais escritas que Lexa não consegue ler, mas que sabe que diz a mesma coisa que a porta de madeira.

(S/S) BUNKER

"Abram," ela ordenou, dando um passo para o lado e olhando para seu povo. "Precisamos ver o que tem ali dentro."

Lexa poderia ter dito que eles precisavam saber o que tem ali, porque poderia ser uma potencial ameaça, mas essa é a metade da verdade. Ela realmente quer saber o que está ali dentro.

Seja lá o que for essa coisa bem escondida, deve ser importante, principalmente porque parece qe ninguém esteve aqui tem um bom tempo, julgando pelas muitas teias de aranha que enfeitam as paredes e o teto.

Anya, mentora de Lexa, deu um passo adiante com Gustus, com ambos usando sua força conjunta para girar a escotilha.

O terrível, de sangrar os ouvidos, guincho ecoou pelo espaço fechado e os dois guerreiros pararam o que estavam fazendo e cobriram os ouvidos por causa do barulho. Os outros fizeram o mesmo, e só quando Lexa ordenou para eles continuarem que eles o fizeram.

Eventualmente, eles giraram o suficiente e a porta de metal abriu com um clique.

Todos se afastaram enquanto olhavam a porta se abrir automaticamente. As armas logo estavam em mãos quando viram as luzes do interior se ligarem.

A porta leva até uma sala muito espaçosa, o que confundiu os grounders que não estão acostumados com esse tipo de tecnologia. Principalmente quando parte da sala está cheia com luzes que ficam piscando, monitores de computadores e teclados com diferentes tipos de botões.

A outra parte da sala parece ser uma residência, com sofás, estantes de livros, até mesmo uma geladeira, tudo isso do qual são um mistério para os grounders que por um momento deixaram a guarda baixa.

"Comandante, que lugar é esse?" Lexa se virou e viu que foi Anya quem havia perguntado.

E como a própria Lexa, todos seus guerreiros estão confusos com o que eles estão presenciando.

É como se eles tivessem entrado em um túnel do tempo para o futuro.

"Olhem em volta e tentem não mexer em nada," Lexa instruiu, colocando a espada de volta na bainha quando percebeu que não havia nenhum tipo de ameaça imediata. "Se não houver nenhuma ameaça aqui, vamos embora deixando tudo como encontramos. Certo?"

Todos assentiram com um meneio de cabeça em concordância e se separaram com a curiosidade fazendo eles vagarem pela sala: mãos percorrendo as prateleiras de livros, sofás de couro, nos negócios que piscam. . . Tudo era um grande desejo e interesse por aprender sobre esse novo mundo que um dia já existiu.

Lexa se viu atraída pela parede de monitores de computadores. Todos estão desligados, mas tem luzes piscando neles em diferentes cores: amarelo, vermelho, azul, verde. . .

Lexa corre os dedos ao longo do teclado, se perguntando o que cada botão faz e o que controla.

Quando chegou ao final da imensidão de teclas, ela percebeu uma alavanca que passaria despercebida perto de todos esses botões, à não ser que se tenha bons olhos para detalhes como a Comandante tem.

O lado lógico, o lado Comandante dela, disse para deixar aquilo quieto e não tocar, nem mexer em nada como ordenou aos outros. Porém, o seu lado Lexa, seu lado real, tem uma forte urgência de puxar a alavanca e ver o que acontece. E infelizmente esse lado falou mais alto e antes que pudesse parar a si mesma, Lexa puxou a alavanca.

Um bip alto soou pela sala inteira, e agora a atenção de todos estava na luz vermelha que pisca como um sinal de alerta para o que estava prestes a acontecer.

Os olhos de todos logo caíram no longo tubo de vidro que antes estava escondido na parede, mas que agora está se movendo devagar para fora da parede.

"Armas na mão! Agora!" Lexa ordenou, se posicionando diretamente na frente do tubo, erguendo sua espada.

Os outros seguiram seus movimentos, ficando atrás dela em uma formação em V, com suas respectivas armas erguidas e joelhos dobrados.

Quando o tubo submergiu inteiro de dentro da parede, as portas de vidro dele se abriram, fazendo o bip e as luzes pararem.

Ainda em alerta, os seis grounders olharam as portas abrirem por inteiro e revelar um corpo em pé, e que não se mexia.

"É uma garota," murmurou Indra,  parecendo estar chocada com o que está vendo.

Ninguém falou nada, mesmo a curiosidade tomando conta, mesmo eles querendo saber quem é, como chegou ali e o que aconteceria.

A plataforma que a garota está, se desprende do tubo e se move para fora dele, fazendo o corpo ficar diretamente na frente de Lexa.

Uma fumaça se espalhou por entre eles em uma brisa fria.

Lexa tomou uma expressão enraivecida e intimidante em seu rosto, pronta para lutar se fosse preciso.

O corpo se mexeu e os olhos da desconhecida se abriram, piscando várias vezes em pouco tempo.

Lexa notou que a desconhecida estava usando roupas incomuns e nada parecidas com as vestimentas dos grounders. É como se ela fosse de um mundo totalmente diferente. . .

Quando Lexa estava prestes a perguntar quem era aquela pessoa, o corpo caiu para frente com seus olhos se fechando novamente. Felizmente, Lexa estava diretamente em sua frente e acabou pegando a garota antes que ela caísse no chão.

"Ela está desacordada," Lexa falou, segurando a garota apenas para sentir que sua pele estava muito gelada. "Ela está congelando. Temos que levar ela de volta para Tondc e lá vamos cuidar dela."

E com aquela declaração, todos eles fizeram o que precisavam para poder levar essa garota desconhecida para a tenda de cura de Nyko em Tondc.

Tudo o que Lexa faz é pensar:

Quem nessa terra, é essa garota desconhecida. . .

*     *     *     *

Eu vou tentar abrasileirar essa fic do melhor jeito que der, mas tem algumas coisas que em inglês faz todo sentido, mas que em português não faz muito (vocês vão perceber no primeiro capítulo).

Frozen In Time (LexaxYou)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon