Saudade

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- Meu Deus, Nash! - Eu disse e levei a mão até a boca. - Isso e lindo.

Nash me deu um beijo na bochecha e entrelaçou nossos dedos, nunca senti tanto prazer em fazer aquilo.

Andamos um pouco pelo bosque escuro até que resolvemos nos sentar ao pé de varias árvores.

- Que horas e o seu voo, Ali? - Lucy perguntou e então a ficha de que iria embora em menos de 10 horas caiu, eu não poderia deixar eles, não é mesmo?

- As 6:00, eu acho. - Respondi.

- Teremos que acordar bem cedo amanha. - Lucy continuou.

- Serio gente... Vocês não precisam, nós já estamos nos despedido agora e... - Nash me interrompeu colocando o dedo indicador sobre minha boca.

- Nós ficaremos com você até o ultimo minuto. - Ele disse, Lucy e Cameron apenas assentiram com a cabeça.

- Nos podemos ir no meu carro. - Cam disse e passou o braço pelos ombros da namorada. Nash concordou.

E assim nós ficamos conversando por um bom tempo, vários momentos foram relembrados, varias lágrimas foram derramadas e muitos abraços foram dados.

- Ali? - Uma voz familiar vinha de trás. Vikki?

- Vikki! - Exclamei ao ver minha irmã parada bem atras de mim com um sorriso no rosto, levantei rápido e a abracei com força.

- Como você está? - Perguntei ainda com as mãos nos seus ombros.

- Estou bem,ue... - Ela fez uma pausa e passou a mão pelo meu cabelo. - Mas e você?

- Não tão bem... - Disse e olhei para trás, onde meus amigos e namorado ainda conversavam. - Aceitando,na verdade.

- Ali, eu não consigo imaginar o quão insuportável deve estar sendo para você. - Vikki disse e cruzou os braços.

- Nem queira imaginar.

- Vamos para casa agora? Ja são 22:30 - Vikki disse olhando para o relógio que tinha no pulso.

- Vamos.

E assim eu o fiz, me despedi dos meus amigos e fui andando com Vikki para casa que ficava a menos de 200 metros do bosque, ela não conseguia parar de falar sobre como estava chateada e de como sentiria minha falta, que a vida dela nunca mais seria a mesma, que ela esperava que eu fosse a ajudar a cuidar de Angelina e que agora a casa ficaria cheia de meninas.

Não falei muitos até chegarmos em casa e quando chegamos subi as escadas devagar e tentei aproveitar os últimos momentos que eu teria naquela casa.

Passei pelo meu quarto, pela porta do quarto da Gabi, do da Vikki, do quarto de hóspedes e enfim cheguei ao ultimo quarto do corredor, o da Angel.

Minha mãe a segurava e a balançava de um lado para o outro enquanto cantarolava alguma canção de ninar, abriu um sorriso quando me viu e disse:

- Minha filha, já arrumei suas coisas... - Ela sussurou com cautela.

- Ah, obrigada. - Disse e caminhei até elas, dei um beijo na testinha aquecida de Angel e sai do quarto.

- Oi, cama... - Eu disse e me joguei nela, o colchão macio e as colchas cheirosas me receberam. - Sentirei sua falta. - Continuei a falar com a cama, mas parei quando percebi que estava ridículo, e também porque alguém estava na porta.

- Posso entrar? - Gabi perguntou mas já entrava e se sentava bem ao meu lado com as pernas cruzadas.

- Bom, acho que já entrou. - Disse e ela riu, mas logo ficou seria.

Um sonho adolescenteWhere stories live. Discover now