CAPÍTULO 5

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... Algumas semanas depois...

Quando a garota bateu a porta, instantaneamente ela revirou os olhos. O dia nem havia começado direito, e Amélia sabia que iria ficar estressada. Ela retirou sua maleta do porta malas do carro e então seguiu para onde estavam os outros policiais.

— O que temos aqui? - perguntou ao deixar a maleta no chão e então vestir as luvas brancas que ela havia pego do bolso de seu colete.

— Eu passei tudo para o outro legista, não vou repetir tudo. - Disse um dos policiais que logo se afastou.

A garota suspirou e então foi até o loiro que estava de cócoras ao lado de um corpo. Ele deu uma olhada para a morena, e então voltou a tirar as fotos.

— Graham, você por aqui. Pagou café pra eles te trazerem antes? - perguntou ela olhando o corpo.

— Bom dia pra você também. E não, não paguei café, paguei rosquinhas mesmo. - Respondeu antes de ficar de pé.

— Bem sua cara mesmo. - disse ela ao cruzar os braços. - Olha Liam, sei que as pessoas devem amar seu pai, mas isso não te dá o direito de chegar antes de todo mundo em uma cena de crime, infelizmente somos a porra de um equipe. - Disse ela enquanto observava o lugar, sem nem olhar muito pra ele.

Ele ajeitou sua câmera e então deu uma risada para ela. Liam era filho mais novo do comissário Graham, e também era legista e ex-namorado de Amélia.

— Meu pai não tem nada haver com isso, o delegado Underwood que me chamou, no caso, seu pai. Agora me deixa trabalhar. - Disse ele ao ficar de costas para ela.

— O que temos aqui...? - perguntou ela novamente ao cruzar os braços.

— O corpo parece ser de uma mulher, por conta do tamanho do crânio, estado avançado de decomposição, então não tem como eu saber qual foi a causa da morte. Já chamei o IML para a retirada do corpo. - disse ele antes de dar alguns passos. - Encontrei o que pode ser o resto de uma faca, mas vou levar para a análise, pode ter sangue da vítima ou do agressor. Sem contar as cápsulas que estão espalhadas pelo local.

— Seria possível ser uma execução? - perguntou Amélia ao olhar em volta.

— Acredito que vamos acabar encontrando mais corpos assim. - Disse Liam antes de ver um carro preto estacionar.

— E aí gente boa! - Falou o homem ao sair do carro. Ele colocou óculos escuros e se aproximou de ambos.

— Rob? O que tá fazendo aqui? - perguntou Liam. - Não tinha que estar em Miami?

— Tinha. Mas o FBI me mandou pra cá, disse que acharam um corpo e... - ele olhou para o que estava no chão. - Acho que encontraram.

— Detetive Rob, o que é isso no seu rosto? - perguntou Amélia ao fazer uma careta.

— Se chama bigode, docinho. - disse ele ao ajeitar o bigode com a ponta dos dedos. - Enfim, querem uma carona até a delegacia?

— Eu vim de carro, obrigada. - Respondeu ela ao retirar as luvas e colocá-las em uma sacola, guardando dentro da maleta. - Vejo vocês na delegacia então.

— Vai me levar até lá? - perguntou Liam ao olhar para o irmão.

— Eu não. Pega uma carona com a Amélia, assim eu vou até em casa, papai disse que quer falar comigo. - Disse Robert antes de voltar para seu carro.

Amélia e Liam se olharam e ela revirou os olhos. O namoro deles havia durado quase três anos, se não fosse a intensidade de Liam. Amélia se sentiu sufocada, e no dia que ele a pediu em casamento, ela terminou com o rapaz. Foi complicado no começo, mas ambos sabiam separar vida profissional e vida pessoal.

Tʜᴇ Rᴇᴅᴇᴍᴘᴛɪᴏɴ: What's In The Mind?Où les histoires vivent. Découvrez maintenant