✰*.:｡𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑻𝑹𝑰𝑵𝑻𝑨 𝑬 𝑸𝑼𝑨𝑻𝑹𝑶✰*.:｡
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—hoje é o dia da feira!—Jade acordou super animada.
Pulou da cama, indo direto para o banho. Ela estava louca a colocar o vestido que ela passou a semana inteira escolhendo. Esperava que ficasse tão bonito quanto ela pensava que ficaria.
Era um lindo tomara-que-caia de mangas laterais, feitos da renda mais divina que ela já tinha visto. Era em um tom de rosa bem suave, e que ia até abaixo dos joelhos. Pensou que seria perfeito pra ocasião, principalmente para a dança que ocorreria a noite.
Jade estava ansiosa, pensando se sentiria aquela mesma sensação boa que sentiu no dia do ensaio. Seu sorriso ia de orelha a orelha, fantasiando tudo o que aconteceria hoje.
Mas quando saiu do banho seu sorriso se desmanchou, encontrou sua madrinha sentada na cama com um espartilho na mão.
Jade já fez uma careta horrível.
—madrinha? O que faz aqui?—ela pergunta nervosamente.
—vim te trazer isso!—ela disse mostrando a peça.
—nossa, mas que agradável...—colocou a mão no rosto, baixando o olhar.
—eu sei que não gosta deles, mas esta é uma ocasião especial. Vai ter muita gente, e você precisa estar divina.
—eu não vejo como um espartilho possa me deixar mais bonita!—Jade reclamou.—me sinto sufocada dentro disso.
—você já é uma moça, Jade. Já começou a chamar a atenção dos meninos, e não pode mais andar por aí com tão desleixamento.
Jade viu que não teria muita escolha, e aceitou a proposta. Eliza ajudou sua afilhada a colocar o espartilho, que estava bem desanimada em questão a peça de roupa.
Jade sentiu que não conseguia respirar no momento em que sua madrinha puxou os elásticos. Ela já estava ficando roxa de tão apertado que isso estava. Suas vias respiratórias talvez nem existissem mais.
—está bom assim?
Jade mal conseguia falar, apenas acenou positivamente com a mão. A mais velha sorriu, vendo o quanto a garota tinha ficado bonita e com a aparência mais madura.
—seios pra cima e cintura fina.—Eliza cruzou os braços orgulhosa.
Jade apenas eu um sorriso amarelo para sua madrinha, sentindo suas costelas sendo esmagadas umas contra as outras.
Assim que Jade colocou seu vestido, ela ficou ainda mais bonita e encantadora. Encaixava-se como uma luva, e a renda destacava-se perfeitamente em sua pele pálida.
Assim que Eliza saiu do quarto, Jade se virou nos trinta para afrouxar aquilo. E quando finalmente conseguiu, deu um suspiro tão alto que talvez a casa inteira tenha ouvido.
A manhã já tinha começado ótima.
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A família Barry tinha acabado de descer da carruagem, e a feira já estava bem lotada. Muita gente chegando e passando por todos os cantos. O circo estava muito animado, e várias barraquinhas de comida já estavam funcionando atraindo clientes de todos os lados.
Enquanto andava pela feira, Jade conseguiu avistar Anne, que perambulava entre as barracas. Acenou para a garota, antes de sair correndo até ela.
—meu Deus, Jade! Seu vestido é tão lindo!—ela disse.
—o seu também, Anne. Você está divina.—ela pegou a mão da ruiva fazendo-a dar uma voltinha.—e então, como está o seu bolo para a competição?—ambas entrelaçaram os braços, e continuaram a andar.
—eu espero que esteja gostoso, dei muito duro naquilo.—Anne confessou.—mas creio que usando a receita da Mary, eu não irei falhar.
—tenho certeza que não vai.
—e você? Vai participar de alguma competição?—a ruiva indaga.
—não, cozinhar não é o meu forte, e eu também não tenho dedo verde pra conseguir cultivar uma planta tão grande.—ela disse, fazendo sua amiga rir.
Diana alcançou as meninas, abraçando Anne.
—Diana, o seu vestido também é Divino.—Anne elogiou.
—só não é mais do que o da Jade. Vamos dizer que ela está tentando impressionar um certo alguém.—Diana disse, e ela é Anne sorriram maliciosa para a garota mais velha que sentiu suas bochechas queimarem.
—o que? Claro que não. Eu me vesti para agradar a mim mesma!
—uhum.—Diana riu.—tenho certeza que o Gilbert vai ficar caidinho por você.
—ele já é, Diana.—Anne riu.
Mas Diana não acompanhou o riso, quando ela olhou para a entrada do festival. Seu sorriso foi se desmanchando aos poucos, e deu lugar para um rosto fechado.
—Jade, não olha pra trás.—ela disse puxando a prima para outro lugar.
—o que? Por que?
—vamos sair daqui.—Anne, que também tinha visto, pegou o outro braço de Jade e começou a puxa-lá para outro canto.
—o que vocês estão escondendo de mim?
Jade se soltou das amigas, se virando. Na entrada do festival, seu sorriso foi atiçado quando reconheceu Gilbert. Mas ele logo morreu quando o viu de braços dados com uma garota, loira e bonita com um sorriso celestial.
Sua felicidade ao vê-lo foi desmanchando aos poucos, e seu cérebro parecia que ia dar um curto circuito. E o mais importante, seu coração parecia que tinha parado de bombear sangue.
Jade apertou sua mãos tão forte, que sentia suas unhas cravar em sua carne.
—foi um erro...—murmurou a garota, não tirando os olhos daquele que estava apaixonada.
—venha, Jade. Vamos sair daqui.—Anne colocou uma mão no ombro da amiga.
A ruiva juntamente com Diana tiraram a mais velha de lá, e voltaram a perambular pela feira, sempre evitando contato com...ele.
Jade estaria mentindo se dissesse que não estava triste. Ela não planejava confessar o seu amor hoje, mas também não queria ter visto o que viu. Toda a animação e expectativa que ela tinha para aquele dia tinha acabado de sumir.
Ela poderia ter percebido antes. Gilbert estava praticamente noivando! Ele estava na presença do que pareciam ser os pais da garota bonita, o que significava que um cortejo estava sendo feito.
Elas decidiram parar em uma tenda, uma vez que perceberam que Jade não estava mais nem prestando atenção nos próprios passos. A qualquer momento cairia de cara no chão.
—Jade, está tudo bem.—Diana tentou tranquiliza-la.
—não, não está tudo bem!—exclamou a morena enquanto andava pra lá e pra cá.
—eu sei que está brava com ele, mas...—Anne começou, mais foi interrompida.
—eu não estou brava com ele!—Jade se vira para elas.—estou brava comigo.—sua voz embargou de repente, sem que ela percebesse já que estava ocupada tentando colocar seus neurônios no lugar.
Massageou as têmporas enquanto tentava acalmar tal euforia que queimava dentro de si, mas de uma forma angustiante e que ela não estava gostando de sentir.
—como eu pude me apaixonar por um cara que já está noivo?!—Jade praticamente gritou, atraindo alguns olhares aqui e ali. Mas ela não estava se importando.
—Jade, você não tem culpa. Sabe que você não pode mandar no coração.—Diana tentou mais uma vez estabiliza-la.
—sim, mas como vou encarar o garoto que eu gosto de mãos dadas com outra pessoa? Eu...
—olá garotas.—sua fala foi cortada, e ela estremeceu ao ouvir aquela voz que fazia seu corpo vibrar e seu coração palpitar.
Jade se virou então, não se sentindo preparada para encarar o rosto dele. Mas o fez.
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Olha o fogo no parquinho
KKKKKKKKKKK
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