SHE | S.M ( completo)

بواسطة Liza_Cruzz

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Natália Rudson é uma famosa atriz da Broadway que após receber diversas ameaçadas de morte precisa contratar... المزيد

she
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CAST
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بواسطة Liza_Cruzz


Uma das melhores sensações é quando a sua consciência retorna no meio de um pesadelo terrível, quando você percebe por um rápido segundo que aquilo tudo é somente um sonho ruim. Que você não está vivendo aquilo de verdade, que não precisa escapar da perseguição, que não precisa gritar desesperada enquanto seu corpo cai do alto de um prédio, ou tentar escapar de animais asquerosos.

É nesse rápido momento que pode ser ainda menor que um segundo, quando a consciência lhe retorna no meio da noite, que você consegue respirar fundo aliviado e até mesmo acordar do transe.

Mas, quando ao contrario o que você mais deseja é perceber que tudo isso é somente uma ilusão da sua mente enquanto você descansa em sua cama ou em qualquer outro lugar seguro e confortável...A vida parece rir da sua cara.

A van vira tão rápido na esquina que preciso me segura no banco que estou sentada para que meu corpo não deslize e caia diretamente no chão do automóvel. Helen grita no exato segundo fazendo minha mente entrar em um estado de torpor, enquanto meus dedos ficam ao lado do banco e sinto o sangue em minha cabeça congelar. Meu coração acelera tão rápido quanto o automóvel que entra novamente na estrada quase batendo contra o carro que vem a nossa direita.

— Tente cortar o máximo de carros que conseguir. — Shawn manda para o motorista que em silencio começa a fazer o que o segurança falou.

Sua mão vai diretamente para o terno o retirando deixando o pano cair no chão da van e ergue as mandas da camisa social pegando sua arma na mão e olhando sério para o carro que está vindo em nossa cola, não tenho coragem de olhar para trás, minhas mãos estão tremendo o suficiente para que eu saiba que a qualquer momento posso desmaiar.

Respiro fundo com minha boca tremula, nunca senti tanta ansiedade em minha vida sobre algo. Nem mesmo quando entrei em um palco de estreia pela primeira vez, mas obviamente, minha vida não estava em jogo.

A escuridão da noite faz com que as estradas sejam iluminadas somente pela luz que vem dos pontos de iluminação, e dos faróis dos carros. A van está em uma velocidade que logo fará algum carro da policia começar a nos seguir também, e nunca desejei tanto que a imprensa fosse fofoqueira o suficiente para que chamassem atenção para isso.

Mas novamente, recordo-me que essa van é somente uma das inúmeras que estavam no estacionamento do teatro. Ou seja, seja lá quem for que estiver me perseguindo, tem absoluta certeza que estou aqui dentro, algo que nem mesmo os jornalistas sabiam.

O que só torna isso ainda mais aterrorizante.

— Filho da puta. — Shawn fala baixo com seu tom totalmente sério, sem um pingo de neutralidade. Pela expressão em seu rosto eu tenho certeza que ele seria capaz de pegar a pessoa pela garganta com sua mão apertando-a até perder a respiração.

Então, a Van perde um pouco do controle quando o motorista se assusta com o som rápido e seco que atinge a lateral da lataria. Helen mais uma vez exclama alguma coisa, e não tenho a capacidade nem mesmo de fazer isso, estou congelada, percebo.

Minha expressão horrorizada, assustada, e meus dedos ao redor do banco do meu assento como se minha vida dependesse disso. E talvez dependa. Mais uma vez o barulho seco e alto atinge a lataria do carro, e o motorista vira bruscamente entrado em uma via da estrada na esquerda que leva para dentro de um tipo de viaduto.

— Consegue dirigir cortando os carros enquanto a janela está aberta? — Shawn questiona passando para a parte da frente da van, mal consigo ver como ele o faz, mas se espreme todo entre os dois bancos passando para frente onde o motorista antes estava sozinho.

— S...Sim. — O homem responde.

— Ótimo. — Shawn concorda então.

Não consigo compreender o real significado do que ele disse até que ele abre a janela com uma pequena fresta, o suficiente somente para colocar seu braço para fora que agora está exposto. O homem cola na porta, com o rosto contra a janela que felizmente assim como toda a van é blindada. Mas seu braço não é.

Prendo a respiração por alguns segundos, em seguida com meu peito subindo e descendo angustiado com minha respiração acelerada e sufocada. Por deus...

O primeiro som que sai da arma que Shawn segura é o suficiente para fazer toda uma floresta silenciosa gritar, e mesmo estado dentro de um túnel com poucos carros, ainda consigo tremer totalmente por dentro quando o som seco e alto quebra todo o ambiente.

De longe você consegue perceber que esse som não faz parte do conjunto do momento, é instável, agonizante, e terrível o suficiente para fazer até mesmo sua alma tremer.

— Consegui. — Fala baixo, mas consigo ouvir. Shawn entra novamente no carro fechando por completo a janela e deixando-se encostar contra o assento respirando fundo enquanto pega o celular para ligar pra alguém.

— Ainda estão nos seguindo? — helen pergunta nervosa, e com seu tom alguns tons acima.

— Diminuiram a velocidade após perceberem que também tínhamos capacidade de revidar. — Shawn responde sério. — Não poderemos seguir diretamente o hotel.

— Então? O que iremos fazer? — O motorista pergunta ainda com o pé totalmente no acelerador, pois não diminuímos nenhum pouco.

— É isso que verei com Robert.

[...]


Levar Natália para o hotel não foi fácil, primeiro tivemos que dar algumas voltas pela cidade até termos certeza que não tinha nenhum carro nos perseguindo. Nisso foram quase duas horas dentro da van, e comecei a desconfiar que ela estava ficando asfixiada dentro do aumotomovel.

Então descemos em um estacionamento que ficava um pouco mais para o sul da cidade, longe e rural o suficiente para que tivéssemos certeza que era seguro. Após eu e Natália pegarmos outro carro que já nos esperava, segui para outro hotel onde ninguém da equipe dela estava. Eu e Robert achamos mais seguro fazer assim, já que nitidamente seja la quem esteja por trás disso decidiu enviar uma pequena mensagem esclarecedora.

Paro na entrada da suíte de Natália, percebo que a mulher está tempo demais dentro do banheiro e paro na porta do cômodo esperando ouvir algum sinal de que ela está mesmo lá dentro. E o silencio é o que recebo.

Após conferir se a suíte estava mesmo segura – apesar do valor de uma diária nesse hotel ser o suficiente para não restar duvidas – preferi optar por deixar ela dormir tranquila após tomar um banho. A reação de Natalia foi o suficiente para que eu visse que isso a afetou ainda mais do que ela é capaz de demonstrar, ou sentir.

Ela só ficou paralisada, silenciosa e distante.

— Senhorita Rudson... — Bato de leve na porta para não assusta-la, e recebo ainda o silencio.

Suspiro apoiando meu rosto contra a madeira para ouvir alguma coisa, qualquer coisa, e novamente o silencio.

— Natália? — Silencio. — Se não responder, terei que entrar. É para constatar se está bem, procedimento de segurança— Aviso desejando ouvir qualquer som, mas nada.

Então viro a maçaneta vendo que a porta está destrancada, assim que consigo ver o cômodo meus olhos não demoram a reconhecer a figura corporal de Natália sentada na banheira, com seu corpo quase todo dentro da água. Ela está usando uma camisola que possivelmente colocou para tentar dormir, e parte do seu cabelo está molhado, boiando contra a água enquanto a parte de cima da sua cabeça está seca.

— Natália. — Falo seu nome baixo, mas sua expressão é tão sem sentimento que não me resta duvidas que a mente da atriz está totalmente distante.

Aproximo-me devagar tomando cuidado para não assusta-la, não sei o quão distante ela pode estar após o ultimo acontecimento.

— Hey. — Falo um pouco mais baixo, intimo e suavemente. Seu rosto vira na minha direção, inexpressivo, vazio. — Vamos sair dessa banheira? A água já ficou fria. — Minha voz é o mais doce que eu consigo fazer, apesar deu saber que não sou a pessoa mais gentil do mundo.

Acho que isso foi algo que não pude aprender no campo de treinamento.

A mulher franze levemente as sobrancelhas como se não conseguisse processar o que acabei de lhe dizer, e suspiro segurando sua mão que está tremula, ajudo-a a se levantar sobre suas pernas dentro da banheira e o pano da camisola gruda em seu corpo. O quão transtornada ela estava para vir parar dentro da banheira usando a roupa de dormir, e ficar tanto tempo aqui que seus dedos do pé já enrugaram, e a água esfriou?

— Isso. — Incentivo conforme ela pisa no tapete do banheiro, saindo de uma vez da banheira. A água escorre por suas pernas saindo do pano da camisola que está encharcado de água, molhando agora o tapete embaixo de seus pés.

Seus olhos ainda estão focados em mim, com o mesmo vazio de antes, mas agora quase consigo ver uma pontada de algo presente naquele vazio. Diria que é tormento.

Viro-me para entrar no quarto e pegar uma roupa para que ela vista, mas a mão que eu estava segurando se envolve tão rápida e desesperada na minha antes que eu a solte, que sinto suas unhas arranharem minha pele e volto meu olhar sobressalto para ela.

Seus olhos estão mais abertos, seus lábios mesmo fechados e contraídos parecem querer abrir para que ela grite a qualquer momento, e em suas íris consigo notar a angustia e desespero sangrando para fora.

Natália não precisa dizer nada, eu consigo sentir a aflição que ela está sentindo na possibilidade de ter que ficar sozinha no banheiro.

— Só vou pegar uma roupa seca. — Falo tranquilo, pelo menos exteriormente.

Por dentro, estou totalmente bagunçado. Não gosto da sensação de que a garota a minha frente tenha que ter vivido o trauma de hoje, sei que é um daqueles momentos que ficarão marcados em sua mente, lembranças e sonhos. Sei que não será fácil de superar, e talvez, demore muito mais tempo do que imagine.

Levando então em conta as fotos que recebeu dias atrás, sua amiga sendo drogada como um "aviso" e o acontecimento de hoje. É coisa demais acontecendo em pouco menos de duas semanas.

Ninguém conseguiria lidar com isso de forma a continuar lucido.

Sua mão permanece em volta do meu pulso, e percebo que ela não se importa que eu vá até o outro cômodo na suíte, ou saia do hotel, ou até mesmo do país. Nesse momento qualquer distancia é uma distancia.

— Tudo bem. — Suspiro voltando-me inteiramente para ela. — Você não poderá continuar com essa camisola molhada. — Aviso olhando-a ainda presa demais em sua própria mente para ter qualquer comentários sobre.

Então, me aproximo mais com meus passos em sua direção, e toco em seu ombro observando sua reação. A garota continua me olhando, seus olhos fixos nos meus, e essa ação parece tão intima e intensa que sinto um bolo subir em minha garganta.

— Posso? — Pergunto.

Ela não responde, mas não se distancia. Sua mão permanece no meu pulso, na mão contraria a que está em seu ombro. Desço uma das alças da camisola, e em seguida faço o mesmo com a outra, e o pano aos poucos desliza com facilidade de seus ombros para seus ombros, e Natália afasta seu toque do meu pulso para deixar que a camisola caia no chão.

Nossos olhos ainda estão conectados quando pego a toalha em cima da pia, e passo em seus ombros, e depois por seus braços, em seguida descendo por seus seios ainda com meus olhos observando seu rosto tão pálido e sem emoção que me parte o coração. Provavelmente ela faria qualquer comentários idiota agora, e quando a toalha passa por suas pernas, sei que ela encontraria alguma forma de me levar ao limite, provocando-me da forma como somente ela sabe fazer. Mas agora, a única coisa que eu sinto é angustia.

Deixo então a toalha ao redor do seu corpo, e a guio comigo em passos pequenos e trêmulos até o quarto onde encontro uma calça que parece confortável e uma blusa simples em seu armário.

Natália fica um tempo sentada na cama, pensativa e distante como passou os últimos minutos. Termino de secar as pontas do seu cabelo que foi a única parte que molhou na banheira, e permaneço em pé após isso, esperando que ela tenha algo a dizer.

Qualquer coisa.

Só reaja.

—Deita um pouco. — Peço sabendo que será impossível de convence-la de o fazer. — Vamos. — Deito primeiro, e aos poucos Natália permite-se deitar o corpo no colchão da cama. Sua cabeça fica em meu braço e ela suspira quando fecha os olhos.

Não leva nem mesmo dois minutos, para que eu escute o primeiro soluço.

Então, uma sucessão deles e o calor contra o pano da minha camisa me fazendo notar que ela finalmente está chorando. O que é bom, é necessário colocar isso tudo que ela está sentindo para fora, e eu sei que é muita coisa. Se não o fizer, vai engoli ela por inteiro.

— Estou aqui. — Sou sincero.

Não a deixaria sozinha hoje por nada, sei exatamente qual a minha missão, sei que preciso cuidar da proteção de Natália. E por hoje, farei muito além disso. Estarei cuidando de seu sono, e dos momentos que ela precisar de alguém somente para ouvi-la chorar. Mesmo que por dentro eu também não esteja nada estável.

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