A Maré das Lembranças

By Dani_S_1151

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No último ano de seu High School, Kristin Brook segue o objetivo de se tornar alguém importante no mercado de... More

NOTA DA AUTORA
TRAILER Part 1 & SINOPSE
PERSONAGENS
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37

CAPÍTULO 31

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By Dani_S_1151

♡ Este capítulo ainda não foi revisado nenhuma vez. Se tiver erros eu peço desculpas.

︵‿︵ᴀ ᴍᵃʳᵉ́ ᵈᵃˢ ʟᴇᴍʙʀᴀɴᴄ̧ᴀs︵‿︵

Como Nathan havia dito, contei aos meus pais sobre o que vem acontecendo. Contei sobre esse cara que vem me perseguindo nos últimos dias e que diz saber sobre meu passado. Contei sobre a garota de nome que ele nem havia dado. E que provavelmente é a garota morena que está na foto comigo.

Meus pais, como já era de se esperar, ficaram extremamente preocupados. Disseram que eu estava sozinha no carro no dia do acidente. E voltaram a me lembrar de que foi um casal de namorados que me socorreu.

Seriam esses dois comigo na foto?

Meus pais me fizeram falar com a polícia. Entreguei a foto para obter pistas.

Agora o cara encapuzado do carro antigo que ainda não sabemos o nome ou a placa está sendo procurado. Porém eu ainda não sei o nome desse cara e a minha descrição não foi muito boa.

Mas agora me sinto mais protegida já que a polícia e meus pais estão investigando.

Eu nunca vi meus pais tão aflitos.

Meu pai Will até me levou à escola e minha mãe Helena já está pesando em se mudar, o que eu não quero e já intensificaram a minha proteção.

Mas eu voltei a dirigir sozinha, pois, eles precisam trabalhar.

Helena já está querendo abrir mão de tudo pra me tirar daqui se esse cara voltar a me assombrar.

Eles ainda não sabem que estou  saindo com Nathan Carter. E contar isso a eles agora vai deixá-los mais receosos.

Por agora, eu só preciso descontrair e meu namorado está sendo uma ótima distração para mim.

Embora toda noite eu olhe para a foto que encontrei daqueles dois pela tela do meu celular. Eu entreguei a foto real à polícia, mas tirei uma foto dela com meu celular para ainda sim tentar me lembrar de alguma forma.

Eu sei que os conhecia, eu sinto. Mas não sei se éramos mesmo bons amigos.

Eles estariam comigo no acidente? Ou no carro que bateu de frente?

Por mais que eu tente não pensar nisso e não olhar pra imagem, todos eles não saem mais da minha cabeça.

Dias se passaram e eu não fui mais assombrada por aquele cara que diz me conhecer. Sequer liga mais. Ele desapareceu desde aquela noite. Parece até que ele sabe que estão atrás dele.

Talvez ele saiba mesmo. Talvez alguém contou ou ele simplesmente descobriu.

Graças a isso meus pais pararam com a ideia de nos mudarmos de novo.

Eu ainda quero saber quem esse cara é. Eu ainda quero saber quem eles são e o que aconteceu naquele inverno.

Mas, agora, só me resta esperar a polícia encontrá-lo.

Tentarei fazer o que meus pais, meu namorado e minha melhor amiga pediram. Esquecer isso por um tempo. Não ficar paranoica. Então o farei.

Nathan e eu nos divertimos bastante nessa semana.

Estive tomando precaução para não engravidar. A tia Gina me indicou as melhores. Ela é a única que sabe sobre eu estar com Nathan Carter. Queria que meus pais fossem como ela que não se preocupasse tanto com a filha quando o assunto é sobre festas e garotos.

Quinn tem sorte de ter uma mãe assim.

Embora Gina não seja minha mãe biológica, contar a ela sobre Carter me deu mais segurança já que a mesma é mais experiente no assunto.

Nathan me levou a alguns lugares nessa semana.

E hoje estamos numa festinha na casa do Tony Robinson onde tem uma piscina.

Quando cheguei, Quinn já estava aqui com ele, de maiô, beijando-o na frente de todos, mostrando ser sua convidada especial.

Está frio hoje, mas mesmo assim alguns convidados pularam naquela piscina, com a única roupa do corpo, pois, ninguém levou roupa de banho, só a Quinn.

Nathan me fez cometer essa loucura. Eu fui capaz de beijá-lo debaixo da água.

Senti-me no oceano.

Quando saí na superfície com Nathan, notei que alguns casais em diversidade haviam pulado juntos na água também e Quinn estava entre eles com o Tony.

Ela estava tão feliz.

De fato a família de Tony é tão afortunada quanto a do Nathan. Isso por um lado me surpreende, pois, mesmo Nathan tendo mais condições que a maioria dos alunos daquela escola, ele não se gaba como os outros e sim age como igual. Nunca fez festa na sua casa também.

︵‿︵ ︵‿︵

Enquanto Nathan faz um brinde com seus amigos do time, agora já seca e com a roupa que a Quinn trouxe de reserva que fica mais curta e justa em mim, resolvo ir nos fundos da casa do Tony, indo atrás de Daryl Peterson que saiu pela porta dos fundos, sozinho.

Acho isso estranho, já que o mesmo costuma ficar junto com os caras do time e resolvi ir falar com ele.

Eu também quero saber se ele teve notícias do cara encapuzado, mas não  vou entrar em detalhe do que aconteceu naquela noite próximo à lanchonete.

Só quero ter a certeza de que ele não o viu por aí.

Saindo no jardim da casa, avisto Daryl sentado na pequena varanda dos fundos, com uma garrafa de vodka, pensativo, parecendo triste.

— Daryl? — chamo em tom baixo para não assustá-lo e o mesmo se toma surpreso ao me ver.

— Ah, oi, Kristin. Dessa vez eu gravei o seu nome. — diz todo simpático é volta a virar a garrafa na boca.
Solto risos.

— Err... Posso te fazer uma pergunta?

— Claro. Senta aí. — chama ele. Eu me sento ao seu lado na varanda e ele sorri. — Quer um gole?

— Não, valeu. Você por acaso viu aquele cara que entregou o all star para mim, por aí?

— Cara que te entregou o all star... — ele parece procurar em sua memória — Ah, aquele que disse ser seu amigo. Não, não o vi mais. Por quê? Ele era seu amigo, não era?

— Era... Era sim. — olho para o outro lado, tendo que dizer dessa forma para não deixá-lo assustado.

É bom saber que aquele cara não ameaçou ninguém próximo e sumiu daqui.

— Ah sim. — Daryl dá mais um gole na garrafa.

— Por que você tá aqui sozinho enquanto seus amigos estão numa roda comemorando? — isso me deixou intrigada.

— Porque ainda não ganhamos o campeonato pra ficar cantando vitória. Não concorda?

— Tem razão, mas, eu acredito que vocês vão ganhar. Vocês são muito bons.

— É o que eu espero. — ele parece preocupado.

— Não confia no Nathan como o capitão?

— Claro que confio. Ele é craque. Eu tô feliz de ter passado a liderança pra ele.

— Você também manda muito bem. — estou sendo sincera.

— Eu sei... — ele volta a ficar pensativo, enquanto arrasta a garrafa de vidro na grama úmida do jardim e abaixa o tom de voz como se dissesse para si mesmo — Eu sei disso.

— Então por que está com essa cara abatida? Não precisa falar o motivo se não quiser.

— É que... Já teve medo de fracassar quando estão apostando em você?

— Acho que pelo menos uma vez na vida o ser humano sente isso.

— Verdade. — ele ri ainda pensativo.

— Mas por que você tá pensando nisso agora? Você estava tão animado pro jogo nesses últimos dias. — eu notei.

Ele respira fundo, erguendo e abaixando seus ombros.

— É a minha tia.

— Sua tia é a dona daquela casa que você fez festa escondido dela?

— Sim, nem me fale. Ela acha que eu vou ser um astro da NBA, mas, eu nem sei se vou conseguir uma bolsa de estudos, quem dirá ser famoso. — ele ri sem humor.

— Você também está preocupado de não conseguir uma bolsa? — ele assente, olhando tenso para o nada. — Sua tia espera por isso, não é?

Ele concorda.

— Minha tia batalhou muito pra cuidar de mim e colocar comida na mesa. Ela pode ser advogada, receber bem, mas não foi fácil chegar onde ela chegou.

— Entendo. Mas e os seus pais?

— Minha mãe me largou depois que o meu pai foi preso por roubos quando eu ainda era pequeno e a deixou sem nenhuma grana pra me sustentar. — os seus olhos agora estão marejados e isso me traz um arrepio e aperto no peito.

— Nossa... Eu não sabia. Eu sinto muito.

— Minha tia, irmã mais velha do meu pai, ficou com a minha guarda. Ela não podia ter filho e sempre diz que eu estava destinado a ser cuidado por ela. E agora ela me contou que o meu pai que saiu da prisão há seis meses e diz ter melhorado, quer ir me ver jogar no campeonato e eu já deixei claro que eu não quero olhar na cara dele.

— Imagino... Mas tenta focar no jogo e não olhar pra plateia.

— Antes fosse só olhar pra plateia... O negócio é que eu não sei do que sou capaz ao fazer isso. — ele me olha com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas.

Consigo sentir seu rancor por seus pais tê-lo abandonado quando ainda era pequeno.

Toco em suas costas com a palma da minha mão e tento acalmá-lo.

— Daryl, você não precisa sujar suas mãos assim. Independente do que ele te fez, ele ainda é o seu pai. Ele te ajudou a te colocar nesse mundo pra sua tia cuidar de você e te ajudar chegar onde você está agora.

— Mas, por que ela não entende que eu não quero olhar na cara dele? Que eu posso acabar com tudo ao fazer isso? — ele está extremamente preocupado.

— Porque ela ama os dois. E ela só quer o melhor pra vocês, acredite. E mesmo que ambos não morem mais juntos, eu acho que ela quer que vocês se vejam talvez por uma última vez, apenas pra ele ter a certeza de que você está em boas mãos. Certeza de que, diferente dele, você pode ter um grande futuro pela frente.

— Mas, eu faço merda e eu não tenho nada para dar em troca por tudo que ela já fez por mim. — ele encara seriamente sua garrafa de vodka.

— Todo ser humano comete erros, Daryl. E esse você pode corrigir. O nome disso é orgulho. Deixe-a orgulhosa, Daryl. Mostra pro seu pai que você não vai ser como ele.  Se ele mudou como sua tia disse, ele também ficará orgulhoso. Então orgulhe-os. — ele me olha surpreso e sorri de lábios fechados.

— Começando a parar de beber isso, não é? — ele levanta sua garrafa de vodka na mão.

— Não... — pego a bola de basquete do Tony na grama. Tiro a garrafa de vodka da mão dele e coloco a bola cor de abóbora no lugar. — Começando por isso.

Ele acaba rindo e eu também.

Vencer. — diz ele, olhando nos meus olhos.

Eu faço que sim com a cabeça, encarando-o.

— É como o treinador Redman diz: Não olhe pra plateia, escute a plateia. — o lembro.

Escutamos as risadas dos caras lá dentro, curtindo a festinha.

Daryl limpa as lágrimas que surgiram com o braço e volta os olhos pra mim.

— Você pode não contar para aqueles manés o que acabou de acontecer aqui?

— Claro. Isso ficará somente entre nós. — sorrio novamente e ele volta a rir.


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