VITORIANO — Não estou pensando em Débora!– falou com raiva dela por aquela cena.
INÊS — Então, porque isso agora?– apontou para o membro dele.
VITORIANO — Há meses que resolvo meu problema sozinho, Inês!– saiu molhado e veio para perto dela com arroubo e paixão.–Por que a hora que eu pegar você!– agarrou a cintura dela com loucura.– Você tem que estar pronta! É muita saudade e não quero te machucar!
Inês sentiu-se incendiar com os braços dele em seu corpo. Era tanto desejo contido, tanto amor recolhido, tanta vontade de estarem juntos, de estar dentro, de ser carne.
O sexo, quando feito com amor é a centelha de um casal, vai mantê-los unidos por todo tempo que a chama estiver acesa. O amor é apenas o encontro dos corpos? Não! Mas o encontro dos corpos mantêm parte do amor e é o primeiro sintoma de onde a relação pode não funcionar.
Vitoriano desejava Inês com uma fidelidade tão assustadora que mesmo diante uma linda mulher como Débora, mesmo estando frente a frente com alguém de quem ele já havia colhido o gozo, era na sua esposa que pensava todo tempo. Seu desejo era para ela.
INÊS — Você é meu marido!– falou tirando a roupa com pressa e se agarrando a ele com loucura.– Não precisa ficar pensando em outra e se tocando, assim sozinho... Eu já estou aqui para você de novo!
Inês nem deu tempo a Vitoriano de entender o que estava acontecendo, ela ficou nua tão rápido, sentindo que o filho podia acordar e desejando aquele encontro mais que tudo, o abraçou forte.
VITORIANO — Inês, meu amor, você está pronta?– perguntou assustado com a fome dela por seu corpo, beijando e mordendo em todo lugar.
INÊS —Não se atreva me deixar assim, depois dessa provocação indecente com esse cara aí desse jeito!– sorriu se referindo ao membro ereto e a nudez do marido.
Vitoriano gargalhou e pegando o corpo de Inês a colocou sobre a pia. Ela abriu as pernas e o acomodou entre elas de imediato, mas sem penetrar. Aos beijos e carícias, sentindo o corpo responder a cada toque, eles se provocaram como o casal fogoso que eram.
VITORIANO — Eu senti tanto sua falta!– gemeu se preparando para penetrá-la, sentindo os beijos dela em todo canto de seu corpo grande e desejoso de amor.
INÊS —Eu também...– gemeu sentindo os lábios dele em seu pescoço e sentindo os dedos de Vitoriano massageando seu clitóris. O homem sabia onde tocar com uma perícia extraordinária.
Sem mais palavras ele a penetrou, com calma, experimentando o tempo dela daquele retorno, percebendo nos olhos dela se estava sentindo prazer.
VITORIANO — Está bom?– sussurrou no ouvido dela, sentindo os lábios de Inês em seu ombro e tendo a carne dela na sua.
INÊS — Você é maravilhoso...– ela gemeu.– Mas não vá tão de vagar, nosso filho vai acordar a qualquer hora...
VITORIANO— Mas eu quero de vagar, sentindo você, meu amor...– as mãos dele comprimiram o traseiro dela, enterrando-se mais dentro.– Assim, bem dentro, escorregando...
INÊS— Ele vai acordar e vamos ter que parar...– ela gemeu.– Eu não quero parar...– ela gemeu sentindo aquele membro enorme, eficiente, que a fazia fechar os olhos de prazer a cada toque.
Vitoriano acelerou, sentindo a pele de seu pênis roçar na intimidade dela com uma aderência diferente. Gemeu e colocou a cabeça para trás sentindo Inês arranhar suas costas e com a necessidade dela de roçar os seios em seu peito.
Queria agarrar os peitos de Inês com a boca e sugá-los como o bebê, mas não podia. Tinha que se lembrar disso ou faria besteira. Pensar que não podia sugá-la naquele espaço tão especial, era como um afrodisíaco e o deixava mais aceso.
Vitoriano se concentrou em mover-se para dentro dela, indo, vindo, entrando e saindo completamente a cada movimento, até ver Inês se contorcer e gozar gemendo baixinho agarrada ao corpo dele.
Ele não gozou, segurou o corpo dela agarrado ao seu e aos beijos foi até a cama. Lá, sabendo que seu corpo desejava um orgasmo mais que tudo, ele se separou dela para não gozar por estar dentro.
VITORIANO — De quatro, Inês...– ele pediu enquanto ela se ajeitava ainda se recuperando do gozo anterior.
INÊS — Vai forte, Vitoriano!
Vitoriano encaixou-se nela com a maestria de sempre. O corpo dela alavancou para frente, como o coice de uma égua para receber seu macho. Vitoriano a segurou no quadril e estocou uma vez com força.
VITORIANO — Assim, Morenita?– ele gemeu sentindo o corpo responder ao desejo por ela, tinha que se segurar. Arremeteu-se muitas vezes e de modo bem veloz, queria sentir-se em cavalgada nela e por ela.
INÊS — Ai, estou gozando...ahhhhhhhh... – Inês falou alto.
Vitoriano tapou a boca dela e aproximou os corpos ficando bem juntos, suor no suor.
VITORIANO — Nosso filho está ali...– ele sorriu sentindo a língua dela mover-se e lamber seus dedos.
Inês gozou novamente, com o corpo inteiro tremendo e sendo apoiado pelas mãos dele. Aquele gozo era o que merecia por tantos meses de uma vida de privações e noites acordadas e tudo que a benção da maternidade trás a uma mulher.
Ser mãe é divino, mas trás a essa mesma mãe a condição de não ser sempre mulher quando o desejo a solicita, de não poder estar só, de não ter tempo de ser apenas ela. O corpo é invadido, tomado pelo amor de um homem e com a semente da biologia, um filho se faz.
Cada mudança no corpo, quem carrega é a mulher, cada nova forma, cada modificação, tudo, a mulher e só.
Vitoriano estava concentrado, sentindo seu membro entrar e sair enquanto olhava o traseiro dela de modo insinuante, desejoso. Carlos chorou. Inês sentiu pena do marido, mas teria que parar se o filho não acalmasse.
INÊS — Amor, vai, vai logo!– falou acelerando e rebolando para que ele conseguisse gozar, mas Carlos chorou mais. Vitoriano agarrou-se ao corpo dela e sorriu.
Ele soltou-se dela e deixou que a esposa se levantasse. Inês foi até o banheiro, lavou as mãos e os seios, enxugou o rosto e voltou vestida com um roupão.Sorriu olhando Vitoriano nu acalentando o filho ainda dentro do berço.
INÊS — Por que não pegou ele?– ela sorriu pegando o filho.– Calma meu amor...mamãe está aqui... Calma...
VITORIANO — Estou suado, vou tomar banho.– ele a beijou e vai para o banheiro. Inês termina de dar o mamá e recoloca o filho no berço. Já estava ali a dez minutos e o marido no banheiro pelo mesmo tempo, será que ele tinha ser aliviado sozinho?
Caminhou com atenção até la e sorriu ao vê-lo sentado esperando que alguém aparecesse na porta.
VITORIANO — Até quem enfim, meu amor, você demorou.– falou já sentindo os braços da esposa enlaçarem seu pescoço e beijarem sua boca.
INÊS — Vamos continuar onde paramos...
Abraçados, com amor, com loucura, com todas as forças, os dois ficaram se beijando até que ele novamente estava pronto. Vitoriano caminhou para o quarto e a colocou no chão. Inês apoiou-se na parede do quarto erguendo os braços e esperando que ele a penetrasse de uma vez.
Ele o fez e sem mais elogios, apenas a mecânica dos corpos, se movia, batendo o corpo dela na parede com a força das estocadas, com a loucura das arremetidas. Inês sentiu aquele arroubo todo e se movia recebendo, ajudando, erguendo mais as pernas, pedindo mais e mais em gemidos que beiravam a loucura sexual.
VITORIANO — Você é linda!– ele pronunciou gozando em desespero.
Apertou o corpo de Inês com força, gozando mais e mais e movendo o membro até sentir que todo seu prazer estava esgotado e dentro dela. Vitoriano não a soltou, apenas ficou dentro dela, aqueles segundos seguintes, em êxtase.
Depois separou-se dela e a beijou nos lábios mordendo, segurando os cabelos dela e a vendo sorrir daquele arroubo.
INÊS — O que foi? Ainda quer? Em? Quer mais?– enlaçou o quadril dele com a perna.
VITORIANO — Mais tarde...– gemeu sentindo os dentes afiados.– Não quero você reclamando depois que não está se sentindo bem...– ele riu debochando.
INÊS — Convencido você!– ela sorriu e se separou dele.
Vitoriano a viu sair em direção ao banheiro, rebolando com uma sensualidade displicente. Ele sorriu, olhou o filho e foi atrás dela. Inês se banhava quando ele entrou no boxe.
INÊS — Demorou...– ela sorriu vendo os olhos dele buscarem seus seios.
Vitoriano não disse nada, apenas envolveu o corpo da esposa com as duas mãos, abaixou-se um pouco e abocanhou um dos seios. Inês gemeu ao sentir a sucção forte dele, o homem incendiava seu corpo todo com aquilo.
INÊS — Tem leite.– ela sinalizou sentindo que ele não se importava.
Vitoriano a sugou mais alguns momentos antes de descer mordendo de modo leve a pele dela até chegar entre suas pernas. Recostou o corpo dela na parede, abriu-lhe as pernas e sugou ai também, com bem menos força que nos seios, massageando com a língua cada parte da genital dela.
Foram alguns minutos antes dela gozar e gritar e novamente os dois sorrirem. Ela então, desceu, ajoelhou-se diante daquele membro excitado, grande, que ela sentia dificuldade de acomodar na boca, mas que sempre se esforçava, por amor a ele.
Tomado por Inês, Vitoriano urrou de prazer, sentindo ora a boca quente acomodá-lo, ora os dentes roçarem em sua glande. Sugou com força, massageou com os dedos enquanto ele se recostou na parede do boxe.
VITORIANO — Inês, você vai me matar!– ele gemeu sentindo as mãos e os lábios dela em seu sexo.
INÊS — Não morra.– ela sorriu olhando de baixo, de joelhos, por ele.– Eu ainda quero te dar a noite inteira...