Capítulo 12 - Decisões

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LORETO— Mas se você não voltar, Inês, eu vou enviar Vitoriano para a cadeia.

INÊS— Você não pode ser tão cruel e destruir uma pessoa inocente!

LORETO— Mudei de ideia, Inês... quero que você seja minha esta noite ou a polícia buscará Vitoriano amanhã pela manhã. Te espero, Inesita!

Inês desligou e telefone em pânico, não havia o que fazer... sem entregaria a ele em troca dos documentos.

Durante toda manhã, Inês sentiu-se triste, sem saída e temerosa de seu futuro. Na hora do almoço a casa inteira entrou em reboliço porque Vitoriano sentou-se com toda família para almoçar e anunciar seu divórcio a Débora.

Os dois já haviam discutido pela manhã quando Vitoriano descobriu Débora no banheiro a banhar-se e percebeu que ela menstruava. Enfurecido e cheio de rancor, acusou sua esposa de mentir e de ser leviana com toda família.

Débora o ofendeu dizendo que ele era um velho, que ela o queria longe, que tinha nojo dele, que nunca em sã consciência ficaria com um homem como ele. Nessa loucura entre confissões e gritos anunciou que queria vingar-se dele e que NUNCA, nunca estivera de fato grávida.

Era fácil enganá-lo porque a falsa gravidez fora anunciada desde o primeiro mês e a barriga não tinha necessariamente que aparecer. Débora forjara o resultado e mentia dizendo que ainda não tinha barriga porque estava de três meses. Era a víbora que sua filha Diana sempre dissera.

Vitoriano ficou arrasado ao saber que tudo não passava de uma vingança, inclusive mentir sobre o filho. Furioso a expulsou com raiva e prometendo nunca mais lhe dirigir a palavra. Os dois conversaram sozinhos pois quase todos da casa estavam em alguma das suas funções.

Débora partira naquela manhã, escorraçada, mas rica, levando boa parte do dinheiro dele em um golpe.

NO ESCRITÓRIO:

VITORIANO – Eu quero que você me acompanhe, Inês, em uma reunião importante.– ele pediu enquanto ajeitava os papéis sobre a mesa do escritório.

INÊS — Sim, Vitoriano, mas por que eu preciso ir?– ela recuou sentindo a tristeza dele.–Não é melhor que eu fique aqui e resolva os assuntos da casa?

VITORIANO — Você tem algum compromisso que não possa me acompanhar?– voltou o olhar para ela em exigência.

INÊS – Não.– respondeu simples.–É que eu não acompanho você há muito tempo desde que...– Inês ia dizer que era desde que ele conhecera Débora, mas ficou em silêncio.

VITORIANO — Mas nessa reunião eu preciso que você esteja comigo. Esteja pronta às 19 horas e que use uma roupa bem elegante, eles são pessoas importantes. Preciso fechar esse contrato para a nova remessa de laticínios que vamos produzir.

INÊS — Tudo bem, como você quiser! – ele o observava, mas ele não a encarou.–Mais alguma coisa?

VITORIANO— Não, você pode ir.– sentou-se e começou a revisar uns papéis.

INÊS— Com licença.

VITORIANO— Tem toda, Inês.

Quando estava saindo Inês percebeu a tristeza de Vitoriano e recuou. Queria abraçá-lo, apertá-lo contra seu peito e dizer com seus beijos e seu corpo o quando sentia por ele e como desejava consolá-lo.

INÊS— Eu sinto muito por tudo que aconteceu no seu casamento.– aproximou-se dele novamente.– Eu sinto muito que você esteja sofrendo.

LAS AMAZONAS - Esperando por seu amorWhere stories live. Discover now