Capítulo 23 - Coisas da vida

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Foi lentamente se enterrando até que todo ele estava dentro dela. Olhou-se consumido e sorriu movendo-se com calma para dentro e para fora do corpo dela. Aqueles movimentos durariam uma vida e ele sabia, era ali que os dois desejavam estar.

Se ela queria o amor dos corpos, isso ele também tinha para ofertar. O que ela desejasse, ela teria... porque era sua Morenita!

Vitoriano mandou reforçar a segurança da fazenda e notificou a polícia sobre o sequestro de Inês. Ela prestou declarações e depois, para que as coisas ficassem mais calmas, ele decidiu viajar com ela.

Precisavam se distanciar um pouco de tudo aquilo. E embora Inês dissesse que estava bem, Vitoriano queria ter certeza de que estava mesmo. Por isso, queria a atenção dela voltada somente para ele por alguns dias.

Quando a noite chegou e já fazia uma semana que tudo tinha acontecido, os dois estavam juntos no hotel.

Vitoriano tomara seu banho e estava bebendo um aperitivo no sofá, apenas vestido de roupão e sem nada por baixo. "Um homem livre das roupas", ele dissera que queria ser durante o tempo ali naquele hotel em Chiapas.

Inês estava tomando banho e logo em seguida apareceu na sala, vestida com um vestido simples, leve, azul, e chinelos. O cabelo estava preso displicente em um coque mal feito. Ela procurava algo quando cruzou o olhar dele na sala.

VITORIANO — Você está bem, Morenita?– ele observou o rosto dela, ainda estava tensa apesar de estarem longe de todos os problemas.

INÊS — Estou bem.– respondeu rápido demais para ser verdade.

VITORIANO— Venha até aqui, meu amor.– ele estendeu os braços. Inês veio e sentou no colo dele.– Eu sei que alguma coisa te preocupa.

INÊS — Estou lembrando de tudo e ainda me sinto assustada.– ela o beijou.– Mas vai passar...

VITORIANO — Vai ficar tudo bem, meu amor, tente descansar...– aconchegou Inês em seu colo.

INÊS — Eu quero me sentir segura, Vitoriano, mas acho que não consigo isso com ele a solta.–suspirou temerosa de tudo que poderia acontecer a contar daqueles dias.

VITORIANO— A polícia vai pegar Loreto, pode ter certeza.– falou convicto, estava cansado de tudo aquilo e disposto a qualquer coisa para que Inês se sentisse segura.– Como está nosso filhinho?– mudou de assunto para acalmá-la.

INÊS — Está bem, crescendo.– ela tocou a barriga e sorriu.

VITORIANO — Você não acha que eu preciso ficar mais perto do meu filho?– Vitoriano a beijou no braço ternamente.– Ficamos a semana toda distantes por conta dessas coisas todas que aconteceram.– ajeitou Inês no seu colo.– Eu acho que você já está na posição correta, não Inês?

Inês sorriu, ele nunca perdia aquele fogo, aquele desejo de estar junto dela. Tocou o rosto dele com amor e o beijou de mansinho.

INÊS — Hoje não, Vitoriano, estou com dor de cabeça.– falou tensa sabendo que ele não estava acostumado a ser recusado.

VITORIANO — Eu faço você melhorar.– sorriu massageando as costas dela e deslizando para o traseiro a mão carinhosa.

INÊS — Não, meu amor, eu vou me deitar.– ela sorriu de modo estranha e se levantou.

VITORIANO — Tudo bem, vou me deitar também.– ele desligou a tv e deitou-se com ela.

Os dois estavam perto, mas naquela noite Inês não estava ali. Ainda chocada pela imagem de Loreto mutilado, ela tentou adormecer com Vitoriano agarrado a seu corpo. Vitoriano dormia assim como um sinal, medo de não tê-la ali.

LAS AMAZONAS - Esperando por seu amorWhere stories live. Discover now