LAS AMAZONAS - Esperando por...

By JulianaRamos251

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Vitoriano (César Évora) é um homem atormentado pela dúvida e pelo amor avassalador que sente por Inês (Victór... More

Capítulo 1 - Naquela noite
Capítulo 2 - Na cachoeira
Capítulo 3 - O furacão
Capítulo 4 - O Reencontro
Capítulo 5 - Será?
Capítulo 6 - Proposta
Capítulo 7 - O que fazer?
Capítulo 8 - Mudanças
Capítulo 9 - Verdades
Capítulo 10 - Perguntas, exigências e respostas
Capítulo 11 - Brigas, falas e beijos
Capítulo 12 - Decisões
Capítulo 13 - Confronto
Capítulo 15 - Depois
Capítulo 16 - A família
Capítulo 17- Como dizer toda verdade?
Capítulo 18 - Realidade, histórias e o futuro
Capítulo 19 - O que será agora?
Capítulo 20 - Mudanças e acertos
Capítulo 21- Contratempos
Capítulo 22 - Consequência
Capítulo 23 - Coisas da vida
Capítulo 24 - Um pouco de você em mim
Capítulo 25 - O que há com você?
Capítulo 26 - Esclarecendo os fatos
Capítulo 27 - O momento decisivo
Capitulo 28 - Em casa
Capítulo 29 - Quase o começo
Capítulo 30 - COMEÇO

Capítulo 14 - Acerto de contas

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By JulianaRamos251

VITORIANO — Mas, Inês!!! Você me abandonou e se casou com ele por que?

Ela deixou uma cristalina lágrima escorrer de seus olhos. A vida era cruel e ela tinha conhecido essa sentença nas mãos do homem mais terrível que conhecera.

INÊS — Ele me atacou, Vitoriano e me violentou. – proferiu por fim.

Vitoriano sentiu-se desesperar, depois de todos aqueles anos ele descobria a pior das verdades, a mais cruel. Inês não o havia abandonado, não o havia deixado por Loreto, era o contrário. Loreto lhe havia tomado seu amor, havia maltratado a mulher de sua vida e roubado seus sonhos.

VITORIANO — Ele fez o que, Inês? – estava aturdido. – Aquele miserável forçou você?

INÊS— Sim! – chorou desesperada.

Vitoriano a abraçou com força contra seu peito ainda sentando na cama. Por alguns segundos ele deixou que ela lançasse sua dor na forma daquelas lágrimas.

Mataria Loreto, tinha certeza disso ao ver aquelas lágrimas que Inês sufocava em seu peito. Não teria perdão para ele e muito menos esperaria que ele fizesse mal a Inês novamente. Terminaria com a tortura de ter aquele maldito homem entre eles.

VITORIANO — Meu amor, porque você nunca me contou isso? – ele beijou os cabelos dela abraçada a seu corpo.

INÊS — Eu tive medo, Vitoriano. Eu fiquei desesperada, eu não sabia o que fazer. Eu não podia dizer a você o que ele tinha feito, estava envergonhada! Me sentia suja, me sentia a pior das mulheres...– voltou a chorar com desespero.

VITORIANO— Mas você não é, meu amor. Nenhuma mulher deve se sentir culpada por uma violência como essa. – os olhos dele encheram-se de lágrimas e ele chorou.–Se acalme, já passou, ele nunca mais vai tocar em você de novo.– era uma promessa.

INÊS — Eu fui viver com ele porque não sabia o que fazer e logo depois eu descobri que estava grávida.– disse rápido, não esconderia mais nada.

VITORIANO— Grávida?

INÊS— Sim, Vitoriano e eu não sabia de quem era meu filho. Eu tive tanto medo. – Inês ergueu-se e saiu da cama afastando-se dele. Vitoriano se ergueu também.

VITORIANO— Um filho?– perguntou assustado.

INÊS— Sim...

VITORIANO— E onde está esse filho?– mais assustado ainda.

INÊS— Eu o perdi, ele morreu ao nascer.– a dor de todos aqueles anos transformada em palavras.

VITORIANO— Morenita, você sofreu tudo isso sozinha, longe de mim...– sentia tanta dor por Inês. Agora as coisas todas se encaixavam e ele finalmente podia entender. Inês nunca deixara de amá-lo.

INÊS— Eu não conseguia te contar, eu não podia te dizer e você cometer a loucura de matá-lo.– ficou nervosa imaginando a resposta dele.

VITORIANO — Eu posso matá-lo, agora. – a voz dele estava carregada de ódio e verdade.

INÊS — Não, Vitoriano, por Deus, não!– pediu nervosa.

VITORIANO— Inês, esse miserável tem que pagar por tudo que ele fez!– falou andando pelo quarto com ódio.– Maldito animal!

INÊS — Ele é o pai de Emiliano, não posso permitir que você lastime meu filho. – aproximou-se dele nervosa. – Meu amor, eu não posso imaginar você na cadeia por causa daquele maldito do Loreto!

VITORIANO— Eu não posso não fazer nada, Inês! Por Deus!– gritou com raiva.

INÊS— Promete, Vitoriano, que não vai matá-lo.– pediu desesperada por ter dito toda a verdade e o abraçou.

VITORIANO— Inês! – ele separou-se dela com raiva.

Queria apertar o pescoço de Loreto até vê-lo agonizar e morrer em suas mãos. Como ele poderia fazer tal atrocidade com um mulher? Não era homem para conquistá-la e por isso a tomara a força... Queria arrancar os olhos dele com suas mãos.

Todos aqueles anos sem entender o abandono. Todos aqueles anos longe de Inês por conta das maldades de Loreto. A respiração ofegou de ódio, queria sair dali direto para a casa dele e arrancar-lhe a língua.

INÊS— Prometa, por favor, que não fará nada contra aquele maldito! – ela estava nervosa e por isso ele assentiu com a cabeça.

VITORIANO — É por isso, Inês, que ele quer você de volta? Por que quer continuar a te fazer mal? É por isso?

INÊS —Ele me quer, Vitoriano, ele quer o amor que eu sinto por você. – ela aproximou-se. – Mas meu coração é teu.– ela o tocou com amor.– Eu sou apenas sua... eu nunca quis estar com ele.

VITORIANO— Morenita, te amo tanto!– ele a abraçou chorando.

INÊS — Eu também...– ela sorriu sentindo a força dele.

VITORIANO— Perdão por te fazer lembrar de tudo.– beijou o rosto dela muitas vezes.

INÊS— Eu queria contar, mas não tive coragem.– acariciou o rosto dele.

VITORIANO— Emiliano sabe?– voltando a realidade.

INÊS— Não! Não posso contar a meu filho que...– parou de falar, algumas verdades eram duras demais para serem verbalizadas.

VITORIANO — Ele é...– não disse, mas bufou novamente.

INÊS — Sim, Vitoriano, eu nunca me entreguei a Loreto por querer. Todas as vezes que ele me teve, foi a força durante todo tempo em que ficamos casados... Não houve nenhuma vez que eu tenha me entregado a ele por querer.– afirmou como uma justificativa que ele não queria e nem precisava, acreditava nela.

VITORIANO— Covarde! Maldito bandido!– falou com ódio.

INÊS — Eu não posso dizer a Emiliano que ele é fruto de um abuso, meu filho não merece saber porque ele é o melhor que me aconteceu em toda vida.

VITORIANO— Meu amor... minha Morenita, eu vou cuidar de você! – ele a abraçou com força e juntos choraram.

Naquele segundo posterior a verdade eles sentiam-se mais unidos que nunca. Vitoriano tomou Inês nos braços com amor e a carregou no colo para a cama. Queria que ela se sentisse segura, que soubesse que nunca mais seria tomada a força e que ele estaria com ela toda a vida.

Inês sentiu o amor dele percorrer todo seu corpo em cada beijo que ele lhe deu. Os braços juntos, presos em laço eterno, em amor genuíno. Ele lhe pertencia e ela a ele.

E eles fizeram amor com doçura, completando cada falha e dor de todos aqueles anos... O amor, estava ali e eles não precisavam mais esperar por ele...

NOITE:

Vitoriano estava feliz de tudo que havia vivido com Inês. Os dois ainda não haviam anunciado que estavam juntos, queriam fazer isso em um momento especial. Inês passou o dia concentrada em suas funções de cuidar daquela casa.

Buscou Vitoriano logo que anoiteceu, mas foi informada de que ele havia saído. De certo estava na fábrica a cuidar das questões das novas importações de seus produtos.

Vitoriano não estava na fábrica. Armado e cheio de ódio ele estava diante de Loreto na fazenda. Seis peões o acompanhavam, mas ele pediu que eles ficassem afastados e se ele precisasse, chamaria.

VITORIANO— Acertarei as contas com esse maldito, eu mesmo...

Caminhou em direção a varanda, deu dois tiros na direção da casa e gritou:

VITORIANO — Venha até aqui, Demônio!

Loreto apareceu na porta, com o olhar de deboche e a expressão de que esperava por outra pessoa e não ele. O ódio de uma vida exposto entre eles em um clima que dava para cortar de tão tenso. Um dos dois sairia bem machucado ou morto daquele confronto...

LORETO— Vitoriano Santos!

VITORIANO— Venha até aqui, animal e me enfrente como o homem que você nunca foi!– iria matá-lo ali se ele não descesse e o enfrentasse.

LORETO— Onde está minha mulher?– ele sorriu debochado.

VITORIANO— Você nunca mais vai tocar em Inês...– Vitoriano deu mais um tiro...

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