LAS AMAZONAS - Esperando por...

By JulianaRamos251

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Vitoriano (César Évora) é um homem atormentado pela dúvida e pelo amor avassalador que sente por Inês (Victór... More

Capítulo 1 - Naquela noite
Capítulo 2 - Na cachoeira
Capítulo 3 - O furacão
Capítulo 4 - O Reencontro
Capítulo 5 - Será?
Capítulo 6 - Proposta
Capítulo 7 - O que fazer?
Capítulo 8 - Mudanças
Capítulo 10 - Perguntas, exigências e respostas
Capítulo 11 - Brigas, falas e beijos
Capítulo 12 - Decisões
Capítulo 13 - Confronto
Capítulo 14 - Acerto de contas
Capítulo 15 - Depois
Capítulo 16 - A família
Capítulo 17- Como dizer toda verdade?
Capítulo 18 - Realidade, histórias e o futuro
Capítulo 19 - O que será agora?
Capítulo 20 - Mudanças e acertos
Capítulo 21- Contratempos
Capítulo 22 - Consequência
Capítulo 23 - Coisas da vida
Capítulo 24 - Um pouco de você em mim
Capítulo 25 - O que há com você?
Capítulo 26 - Esclarecendo os fatos
Capítulo 27 - O momento decisivo
Capitulo 28 - Em casa
Capítulo 29 - Quase o começo
Capítulo 30 - COMEÇO

Capítulo 9 - Verdades

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By JulianaRamos251

Neste momento ele a penetrou com mais calma, de forma intensa. Já não era o sentimento de deslumbramento de quando a observava amazona, deixando-se possuir e possuindo-o. Nem a saudade por aqueles dias distantes, era só o corpo desejando um aconchego, uma fenda desejando um possuidor.

Foi gentil, foi ritmado, foi elevadamente homem e enquanto sentia Inês gemer de tanto prazer ao seu toque, Vitoriano só pensava em como aquela era a única vida que ele queria ter.

VITORIANO— Morenita! – ele sorriu ao sentir que ela se aconchegava em seus braços, ali, no espaço selvagem da natureza.

INÊS — Meu amor... – ela sentiu o coração flutuar ao abraçá-lo, o amor dos dois era alimento.

VITORIANO— Eu te amo. – ele proferiu beijando o cabelo dela e apertando-a contra seu corpo.

INÊS— Eu também te amo, Vitoriano... – sorriu olhando-o nos olhos.

Ter Inês ali, em seus braços, sorrindo, sendo a mulher que ela podia ser, fez com que Vitoriano tivesse certeza da decisão tomada naquela madrugada.

Olhara sua esposa adormecida e não sentira nenhuma aproximação com ela, nenhuma semelhança em nada que pudesse considerar relevante para que passassem a vida juntos.

Assim, deitado e reflexivo ele decidira pedir o divórcio e viver o grande amor que sentia por Inês de forma livre, dando a ela o lugar que lhe correspondia diante de todos, confirmando o lugar que ela possuía em seu coração.

VITORIANO— Eu quero me casar com você... – ele proferiu de forma simples e clara.

Inês sentiu-se sem chão. Suspirou de forma lenta e cheia de tentou encontrar as palavras exatas para responder aquela declaração. Ele ficaria furioso assim que ela dissesse que estava disposta a seguir com Loreto. E os dois estariam despedaçados.

INÊS— Você já é casado. – tentou fugir pela tangente.

VITORIANO— Vou pedir o divórcio. – foi incisivo já se erguendo.

INÊS— Mas eu... não posso. – ela declarou observando ele se levantar.

Inês sentiu o afastamento dele assim que o viu começar a vestir suas roupas. Vitoriano nunca dissimulava suas emoções, nem mudava o que estava sentindo para agradar a ninguém, era um homem expressivo.

VITORIANO— Por que Inês? – a pergunta foi clara e os olhos deles buscaram os dela.

Inês sentiu-se frágil estando ali, na relva, nos braços dele e tendo que fazer aquelas declarações. Mas não podia mentir. Ergueu-se e começou a vestir-se. Ela e Vitoriano estavam loucos, se amando assim, como selvagens em meio ao mato.

Não estava arrependida de entregar-se a ele. O amava, o queria, o que mais desejava no mundo era ser sua esposa. Pensou nos documentos e na possibilidade de que Loreto fizesse mal a ele.

Loreto seria capaz de criar algo para incriminar Vitoriano somente para que ele não ficasse com ela. Inês o conhecia, sabia que ele tinha mesmo provas que incriminavam seu amor e por isso, aceitaria o acordo.

Loreto lhe dera uma semana para pensar e responder a sua proposta, depois disso ele iria a polícia para denunciar o rival pela morte de Vicente e pela apropriação das terras dele.

INÊS— Devemos conversar com calma, não aqui...

VITORIANO — Conversar mais o que, Inês? – ele foi taxativo. – Você não quer mais se casar comigo? É isso, Morenita? – ele aproximou-se dela e a abraçou com carinho.

INÊS — Vitoriano... – gemeu sentindo que ele lhe buscava para um beijo.

Vitoriano a apertou contra seus braços e a beijou. Inês correspondeu intensificando o beijo e apertando-o contra seu peito, como sinal de amor, como a lembrança que queria levar de tempos felizes.

Quando ele interrompeu o beijo, ficou olhando o rosto dela e sem que pudesse se controlar sentiu que seu corpo respondia novamente a ela.

VITORIANO — Você me deixa louco!– ele sorriu.

INÊS — Mas precisamos ir...– beijou-o de forma curta.

VITORIANO — Sim. Um último beijo...– ele a acariciou nas costas.

INÊS — Só mais um? – sorriu "coqueta".

VITORIANO — Huhumm.

E naquele beijo os dois encontraram respostas para o que não tinha explicações.

Vitoriano passou o resto da tarde percorrendo sua fazenda ao lombo do cavalo. O sorriso que ostentava de felicidade não podia ser disfarçado, nem mesmo amenizado para não causar inveja.

Ele estava disposto, com muita energia e nem mesmo o forte sol podia deixá-lo sem vontade de trabalhar. Ter Inês em seus braços era como uma injeção de alegria e ânimo sobressalentes.

Inês banhava-se sorrindo, lembrando-se de cada beijo, de cada toque de seu amor sobre seu corpo. O jato de água podia cobrir sua pele branca como um casaco, retirando os pensamentos que não eram positivos.

Aquele banho era para alma. Tocou seus seios enquanto se ensaboava e sorriu ao lembrar-se do efeito que eles sempre tinham sobre Vitoriano.

O homem enlouquecia por eles, como um grande bezerro desmamado cedo. Fixação e desejo, tudo num mesmo espaço de consumação.

Inês sentiu-se sendo observada. Não foi surpresa ver que a porta do banheiro estava aberta e diante do espelho um Vitoriano apaixonado esperava para ser saudado.

INÊS— Ai Vitoriano, que susto! – ela cobriu os seios num gesto automático de defesa.

VITORIANO— Minha Morenita! – ele gemeu aproximando-se do boxe.

INÊS— Saia daqui, por favor, saia! – pediu sorridente, mas nervosa em serem descobertos.

VITORIANO— Só depois que você me der um beijo. – pediu atento, examinando cada parte do corpo dela com desejo.

Inês era linda. Cada centímetro de seu corpo era um ato de amor, um respiro de uma sensualidade elegante. Sem ser impositiva, exagerada ou imprópria, cada curva dela se desenhava de forma especial e atraente.

INÊS— Você está louco, meu amor! – falou abrindo a porta do boxe e puxando-o para um beijo.

Vitoriano a agarrou com força e intensificou o beijo de forma saborosa. Suas línguas se buscavam atenciosas, desejosas de estarem juntas. O mundo inteiro parava quando se beijavam assim, quando estavam apenas um para o outro.

Inspirado pelo momento, desejoso de ser preenchido, ele desceu os lábios e buscou os seios dela, sugando-os de forma obscena. Inês entendeu que precisava afastá-lo, embora não quisesse, ou seriam descobertos.

INÊS— Eu preciso falar com você, mas não aqui.– ela o afastou, mas ele ainda lhe deu alguns beijos nos seios enquanto falava com ela.

VITORIANO— Eu não quero conversar...– puxou o corpo para mais perto, molhando-se.

INÊS— É importante... Vitoriano.– ela sorriu acariciando a cabeça dele e sentindo os lábios buscarem seu seio novamente.

VITORIANO— Depois, Inês...– gemeu beijando-a na parte dela que ele amava tanto.– Agora me deixe entrar ai com você... Nada pode ser mais importante do que você e eu, juntos, nos amando.

INÊS— Não, alguém pode chegar.– ela resistiu pouco convincente.

VITORIANO— Fechamos a porta.– pediu carinhoso abraçado a ela.

INÊS— Não, pára, Vitoriano.– ela sorriu sentindo os lábios dele em seu pescoço.

VITORIANO— Isso é golpe baixo, Inês... Me deixe ficar...

INÊS— Você parece que não vê uma mulher há anos.– o beijou na boca com carinho e rapidamente.– Está insaciável.

Os olhos se encontraram, era amor, só amor aquela relação. Haviam sobrevivido a tantos intempéries, tantas tristezas e embates.

VITORIANO— Eu não tinha você, Inês, a minha mulher, há anos. – os olhos dele brilhavam a cada palavra.–Há anos que esperava você confirmar que me amava, que me queria de novo. Cada noite deitado em minha cama, desejando estar na sua, entre seus braços. – ele tocou o rosto dela como amor. – Você é a mulher da minha vida. Eu não posso viver sem você, meu amor...

Inês começou a chorar com aquela declaração. Sentiu o coração alagar-se de tanto amor. A felicidade de ouvir aquela mostra do amor dele durou alguns segundos antes dela lembrar-se que devia a verdade a ele.

Como dizer a ele que iria embora depois de todas aquelas palavras de amor?

INÊS— Eu te amo...– ela o beijou docemente e depois o afastou.– Agora vá embora, é perigoso.

VITORIANO— Não chore, minha Morenita.– ele tocou o rosto dela e depois se afastou jogando beijos.

Inês o viu sair. As lágrimas foram aumentando e em dado momento pareceu que ela chorava mais intensamente que toda água que caía. A vida não era justa, nem era simples, agora Inês tinha certeza.

NOITE:

Emiliano estava terminando de colocar os cavalos em suas baias quando encontrou-se com Vitoriano. Os dois se cumprimentaram e Vitoriano o chamou. Cony havia lhe dito que miliano estava decidido a morar com o pai e precisava saber se isso era verdade.

Queria que Emiliano ficasse seguro e não via a casa de Loreto com esse espaço. Apesar de todas as rusgas que ele tinha com o jovem, queria que ele fosse feliz.

VITORIANO— Emiliano, preciso falar com você.

EMILIANO — Sim patrão? – perguntou fechando a portinhola e aproximando-se de Vitoriano.

VITORIANO— Cony me disse que você vai embora.– bateu nas costas dele.–Você quer mesmo morar com seu pai na fazenda dele?

O rosto jovem de Emiliano apresentou uma luz intensa. Aquele pai era tudo que ele sempre desejara. O jovem não tinha com fazer nenhum julgamento, o que ele sabia era que tinha um pai morto e agora, não mais.

EMILIANO — Sim, Senhor Vitoriano, eu vou na próxima semana.– sorriu.

VITORIANO — Tem certeza de que é isso que você quer?– observou a resposta dele.

EMILIANO – Sim, é isso. Eu sempre quis ter um pai e agora eu descubro que o meu está vivo. Eu quero aproveitar esse tempo, senhor Vitoriano.

VITORIANO — Mas, meu filho, você não conhece direito seu pai. Acha mesmo certo morarem sozinhos, sem que você tenha convivido um pouco com ele?

EMILIANO — Eu não preciso me preocupar, minha mãe vai comigo. – falou displicente, não percebendo a bomba que aquela notícia era para Vitoriano.

VITORIANO— Como assim, Inês irá com você?– a voz quase faltou, tamanha surpresa.

EMILIANO — Sim, ela não contou ao senhor? – observou o rosto de Vitoriano perder a cor, mas não entendeu porque.– Vamos na semana que vem.

VITORIANO – Não! Ela não me disse nada.– ele sentiu o coração doer.

Era isso que ela queria dizer... essa era a conversa que Inês queria ter. Uma verdade que ele não queria e nem precisava ouvir. Ela estivera em seus braços, ela estivera com ele, entregue e o que se passava em sua mente era que Inês estava se despedindo dele e do amor.

EMILIANO — Não se aborreça, patrão. – ele foi gentil.– Deve ser porque hoje de manhã estivemos com meu pai na fazenda e depois disso ela passou a tarde sumida. Não deve ter tido tempo de contar ao senhor.

VITORIANO— Sim, Emiliano, deve ter sido por isso sim.– suspirou.–Inês passou a tarde toda sem me ver...– estava sendo irônico, ela estivera em seus braços.

EMILIANO — Eu quero dar uma chance a meu pai e ele quer construir uma família de novo conosco.

VITORIANO — Sim, Emiliano, desejo que dê tudo certo!– abraçou Emiliano e saiu em direção a casa.

O que dizer de tudo aquilo? Quando entrou em casa, encontrou Inês sorridente, perfumada, vestida em um elegante vestido vermelho na altura do joelho. Os cabelos soltos com as pontas encaracoladas.

Quando o viu, sorriu e ficou feliz que ele estivesse entrando em casa. Mas ele foi frio e sem mais delongas perguntou:

VITORIANO— Diga que não é verdade o que Emiliano me disse.– os olhos dele pegavam fogo.–Diga Inês... Você vai embora?

Inês perdeu o sorriso e em desespero total pronunciou:

INÊS— Vou voltar a viver com Loreto...

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