A Maré das Lembranças

By Dani_S_1151

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No último ano de seu High School, Kristin Brook segue o objetivo de se tornar alguém importante no mercado de... More

NOTA DA AUTORA
TRAILER Part 1 & SINOPSE
PERSONAGENS
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37

CAPÍTULO 21

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By Dani_S_1151

Um encontro com Nathan Carter. Isso é sério?

Eu quero só ver aonde ele vai me levar. Sinto um frio na barriga só de pensar.

Ouço alguém bater na porta do meu quarto.

— Filha? — é a minha mãe Helena do outro lado da porta.

— Oi, mãe! — eu respondo.

— O jantar está na mesa. Não vai comer, querida? — ela pergunta e eu percebo que é hora de encerrar o assunto.

Droga, nossa conversa está tão boa.

— Claro, eu vou sim! Eu já estou descendo! — aviso.

— Certo. Não demore se não esfria. Ah, seu pai chegou. — ela me apressa e eu volto-me a olhar para a tela do meu celular.

É hora de me despedir.

Eu às 21h42:

Agora me deixou curiosa. Tenho que encerrar. Vou jantar. Beijos.

Ele às 21h42:

Mas já?! Poxa, logo agora que eu me aconcheguei aqui. Tudo bem. Vai lá. Até logo, Kris.

Eu queria continuar também.

Eu encerro com as mensagens e vou jantar. Isso foi bom de qualquer forma.

Um encontro.

Como será que vai ser?

Eu chego à cozinha, papai está sentado à mesa da pequena sala de jantar ao lado e minha mãe está se sentando também para jantarmos juntos. Aqui em casa todos comem à mesa. Ninguém pode faltar quando todos nós estamos em casa. Sempre foi assim. Como uma tradição de família.

Eu vou até meu prato pronto, puxo a cadeira e me sento. Papai está colocando o suco para ele e passa a jarra para mim.

— Obrigada. — eu agradeço e ele sorri de lábios fechados.

Mamãe se senta à mesa e damos as mãos para fazer a oração antes de comermos, assim como meus avós fazem.

— Deus, obrigada por essa comida. — a voz de minha mãe.

— Amém. — dissemos.

Abro meus olhos e começamos a comer.

— Como foi à aula filha? — perguntou minha mãe, sentada na minha frente ao lado do meu pai Will.

— Foi boa. — eu respondo, enquanto seguro a alça da jarra e encho meu copo de vidro.

— Aprendeu muita coisa hoje? — perguntou meu pai. Ele sempre pergunta isso.

— Aprendi... — eu respiro fundo — Tanta que minha cabeça está cheia de informações. Mas eu não me canso delas.

Papai solta risos e minha mãe Helena também.

— Quando você for para universidade, terá todas as informações que faltam para levá-la a um belo futuro. — minha mãe avisa.

— Concordo, Helena. — papai volta os olhos para mim enquanto segura o garfo e a faca em cima da mesa — Você terá que manter-se assim, nesse ritmo. Não precisa estudar mais do que você estuda.

— Espero. — eu desejo. Isso é preocupante,  pois estou sempre fazendo de tudo para manter as melhores notas.

— Não se preocupe. Você vai se sair muito bem. Vai se adaptar como ninguém, igual ao seu pai. Você vai ver. — mamãe sorri sempre me incentivando.

Eles são tão tranquilos. Eu gosto disso. Nós nunca discutimos e é sempre tudo calmo. Sinto-me tão bem quando estou aqui na mesa com eles.

— Filha, pode me passar a jarra? — mamãe me pede e eu passo a jarra para ela — Obrigada.

Sábado... Sábado não sai da minha cabeça.

Agora eu penso... O que será que eles fariam se soubessem que eu estou ficando com um garoto que eles mal conhece?

Acho que mamãe cuspiria o suco e papai se engasgaria com a comida.

O clima aqui está muito bom para ser quebrado. Não quero deixá-los preocupados. Mas, eu nunca menti para eles, eu sempre conto tudo.

Eu preciso pedir permissão para sair no sábado.

Como é que eu vou fazer isso? Eu devo fugir, ou apenas dizer que vou para casa da Quinn, pois eles sabem que eu não tenho amigos. Quinn é a única. E agora?

Do mesmo jeito eu vou ter que fugir, não é mesmo? Não. Não é a mesma coisa.

Ai caramba. Acabei de me lembrar de que o Nathan disse que vai passar aqui. Piorou. Como ele vai fazer isso?

Sábado minha mãe fica em casa o dia todo e meu pai chega muito cedo.

Por que eu não pensei nisso antes. Acho melhor eu dizer que vou para Quinn e amanhã explico a ela. Não tenho escolha. Será isso ou isso, pois vontade de ir não me falta. É agora ou nunca.

— Mãe... Pai... — eu os chamo enquanto comem.

— Diga filha. — papai responde e eu me preparo para falar.

— Então... Sábado eu fui convidada para dar um passeio com a Quinn às seis da tarde. Será que eu posso ir? — eu pergunto.

— Claro minha filha. — papai não demora em responder — Pode ir com sua amiga.

— Mamãe? — eu a olho. Helena está meio travada. Ela sempre fica assim quando peço para sair. Ela se preocupa muito comigo, embora não pareça. Acredito que é desde que eu sofri o acidente. — Diga alguma coisa.

— Sim. — ela não está me olhando, sempre olhando para baixo como se não quisesse realmente permitir. Agora ela olha para mim. — Pode ir.

— Sério? — sempre quero que ela me responda duas vezes.

— Sério. Com tanto que não volte tarde, por mim tudo bem. — ela aceita e eu sorrio junto a eles.

— Obrigada. Irei avisá-la. — eu digo, porém, eu estou mentindo, mas, é a única coisa que eu posso fazer por agora. Não quero deixá-los nervosos ou preocupados comigo.

Eu só vou sair com ele.

Eu só espero que ele me leve a um lugar onde eu possa ter um tempo bacana com ele para podemos conversar, nos conhecer melhor, pois eu realmente preciso saber com quem estou me envolvendo.

Sei que ele é diferente, especial. Eu sinto isso aqui e eu não quero perder isso agora.

— Sério? Vocês vão sair no sábado! — exclama Quinn ao meu lado dentro do meu carro. Estamos de frente para a entrada da escola — Que massa.

— Eu sei. Mas, você se incomoda de eu dizer aos meus pais que vou sair com você? — eu sei que isso não é legal, mas é minha única oportunidade de ir por enquanto.

— Claro que não. Cara, você vai sair com Nathan Carter. Precisa como deve ir. — ela me incentiva. Eu ainda estou boba com Quinn agir assim.

— Ok. — eu respiro fundo e saio do carro junto com ela.

— E aí? Para onde vocês vão? — ela pergunta curiosa, enquanto fecha a porta do meu carro e ajeita a alça de sua mochila no seu ombro.

— Eu não sei. — respondo fazendo o mesmo.

— Não sabe? Que isso? Surpresa? — ela pergunta tentando decifrar enquanto andamos até a entrada da escola junto com os alunos.

— Exatamente. — eu suspiro.

— Hm... Então suponho que você não sabe o que vestir, já que não faz ideia de onde será esse encontro. — falou e disse.

— Não. — eu respondo.

— Hm, dessa forma o negócio fica complicado.

— Eu sei. — isso que mata.

— Ei, você quer que eu desvende esse mistério? — ela me pergunta.

— Como assim?

— Eu converso com ele sempre, não é mesmo? Então, eu posso chegar nele como quem não quer nada e perguntar sobre você e tal. Se vocês tão se dando bem. Se a conversa fluir eu pergunto se vocês vão sair. Isso se ele não disser logo de cara aonde vão. Então eu caço o local que ele vai te levar e te conto. O que você acha? — ela me explica o plano.

— Bom. — só não pode dá mancada.

— Ok. Vou tentar fazer isso hoje. — ela adverte.

— Tá bom.

Eu ainda não tive tempo de ver o Nathan. Tive que fazer a tarefa sozinha na aula de hoje. Não que isso seja um problema pra mim, mas eu estou sentindo saudade dele sentado ao meu lado.

Nathan está treinando com os meninos do time e a Quinn  está comigo como de costume.

Andando pelas estantes de livros na biblioteca, Quinn me segue sem escolher o seu.

— Ah, eu não consegui tirar informações sobre onde será esse encontro. Esse povo não deixa o Nathan sozinho um segundo sequer. Somente você consegue tirá-lo de lá. — conta ela.

— Deixa ele. — eu não quero interferir

— Então tá.

Eu continuo andando, procurando algo para ler. Chego no outro corredor e começo a sentir o cheiro de cigarro de novo.

Será que o cara de capuz está por aqui?

— Quinn, você está sentindo esse cheiro? — pergunto e a mesma não responde — Quinn?

Eu olho para trás e ela não se encontra aqui.

A fileira onde estou está vazia. Eu retorno o caminho e o cheiro parece cada vez mais forte. Sigo o rastro invisível lentamente até a última fileira de estantes.

Chego na curva da mesma e sou surpreendida.

— Encontrei! — exclama Quinn atrás de mim, mostrando um livro.

— Quinn... — digo seu nome num alívio — Onde você estava?

— Procurando um livro para ler e finalmente encontrei um livro legal. Não é demais? — ela pula toda empolgada.

Respiro fundo, contendo meu coração acelerado.

— É... É sim. Fico feliz por você. — começo a andar para longe dali.

— Eu também. — ela me segue — O que você estava fazendo naquele canto?

— Nada. Eu só senti um cheiro de cigarro vindo dali. Eu sei lá. — eu conto, tocando a ponta de meus dedos sobre a testa.

— De cigarro? E não sinto cheiro de nada, somente esse cheiro maravilhoso de livros. Estamos em uma biblioteca onde nós nem podemos fazer barulho quem dirá fumar. — ela tem razão.

— Eu sei disso. Deve ter vindo da janela. — suponho.

— Deve não. Eu tenho certeza que veio da janela. Ninguém é nem maluco de fumar aqui.

— Verdade.

Melhor eu mudar de assunto. Eu não quero envolver ninguém mais nas minhas loucuras.

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