✰*.:｡𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑶𝑰𝑻𝑶✰*.:｡
─✧𝗁𝗈𝗆𝖾𝗅𝖾𝗌𝗌 𝗍𝗋𝖺𝗏𝖾𝗅𝖾𝗋𝗌 ⚘ ˎ'-
𝙅𝘼𝘿𝙀 𝙉𝘼̃𝙊 𝘿𝙀𝙈𝙊𝙍𝙊𝙐 𝙈𝙐𝙄𝙏𝙊 𝙋𝘼𝙍𝘼 𝘾𝙃𝙀𝙂𝘼𝙍 𝘼𝙊 𝙂𝙍𝘼𝙉𝘿𝙀 𝘾𝘼𝙎𝘼𝙍𝘼̃𝙊. Subiu as escadas e bateu na porta. A mesma foi aberta por um homem que usava terno preto, mas que parecia um mordomo.
—pois não?
—eu gostaria de ver a Sra.Josephine Barry.
—da parte de quem?
—Jade Stuart Barry.
O homem encarou a menina por mais alguns segundos antes de deixá-la entrar. Ela ficou admirada o quanto ela era bonita, com uma decoração de muito bom gosto.
Ao longe caminhando no corredor, ela viu sua tia se aproximar.
—Jade, minha querida! Não esperava a sua visita.—ela foi até a garota e lhe deu um abraço apertado.
—eu estava morrendo de saudades, tia Jo. Acho que não aguentaria esperar até a próxima semana pra te ver.
—venha, vamos tomar um chá. Rollings, leve chá de tangerina até a sala de estar.
Josephine guiou Jade pela sua enorme casa, e demorou um pouco para elas chegarem a sala de estar. As paredes eram repletas de quadros bonitos, que Jade poderia ficar olhando pra eles por bastante tempo.
—e então, Jade. Oque está fazendo em Charlottetown?
—eu vim aqui à procura do médico, pra ajudar um amigo.
—ah, eu tinha esquecido que em Avonlea não tinha um médico.
—pois é, por isso viemos.
—e como você está?—ela pergunta bebericando o chá.
—eu estou bem, na medida do possível. Mas um pouco assustada.
—assustada? Por que?
—agora que sou órfã, sei que a empresa agora está no meu nome, e eu terei que assumi-lá quando fizer dezoito anos.
—minha querida, você ainda tem muito tempo pra pensar sobre isso.
—eu sei, tia Jo. Mas não é isso que eu quero. Eu queria ser livre, viajar pelo mundo sem medo de me aventurar. Penso que a vida é curta demais para não ser aproveitada!
—você se parece tanto com a sua mãe.—Josephine sorriu.—ela também tinha esse pensamento. Sua avó dizia que ela só se metia em confusão, mas ela estava apenas sendo feliz se aventurando por aí. E ela não tinha medo disso.
—todos esperam que eu assuma a Dresses Stuart Corporantion. Devo fazer isso e supri a expectativa de todos, ou fazer o que realmente me torna feliz?
—você deve saber o que vai ser melhor pra você. É uma garota inteligente, Jade. Se você acha melhor assumir sua empresa, faça. Mas se você acha que deve seguir seu coração e fazer o que quer, siga a sua vontade.
—mas esse é o problema. Minha mente diz uma coisa enquanto o meu coração diz outra.
—sua mente te faz pensar como uma máquina. Uma coisa que não tem liberdade, e faz o que os outros mandam. Agora o seu coração, faz de você o que você é. Entende? Te torna única e especial. Faz de você a Jade Stuart Barry, a garota mais doce e corajosa que esse mundo já viu. Sente a diferença?
—acho que compreendo.
—bom, seja lá o que você escolher, quero que saiba que eu sempre estarei te apoiando.
—obrigada, Tia Josephine.—Jade sorriu para ela.
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Jade saiu da casa de sua tia com um novo pensamento, e também com muitas coisas a refletir. Se lembrou que deveria encontrar Gilbert no consultório do doutor Ward, mas primeiro ela daria um jeito de encontrar Sebastian. Talvez ele ainda estivesse sob efeito do láudano.
Ela então começou a ir em direção ao gueto, se lembrando de que Sebastian disse que iria direto para lá.
Por onde ela passava, as pessoas olhavam estranho pra ela. Conseguiu ouvir os cochichos.
"O que essa garota branca está fazendo aqui?"
"Ela está perdida?"
"Será que veio nos fazer mal?"
Se sentiu tal mal ao ver por que eles olhavam torto pra ela. As pessoas brancas eram quem lhes faziam mal, durante todo esse tempo. Sofriam racismo e desrespeito apenas por serem diferentes. Tinham medo dela, por acharem que iam lhes fazer mal. Isso fez Jade se sentir mal também.
Mas ela não conseguiria fazer nada para ajudar as pessoas ali, bem que ela queria. Mas se contentou em continuar procurando o amigo. Até que se atentou a um estabelecimento, onde ela olhou pela janela e viu Sebastian apenas com a roupa debaixo, no meio te um monte de mulheres.
Ela se aproximou da porta, a empurrando e entrando no lugar. Nossa, como era quente! Viu todas as mulheres olhando para ela, inclusive Sebastian.
—olha só, você conseguiu me achar.
—ainda bem que te vi pela janela.—Jade sorriu. Se virou para as mulheres que tinham a cara fechada, logo se apresentando.—muito prazer, meu nome é Jade.—ela diz fazendo uma pequena reverência.
As mulheres retribuíram a reverência, mas logo voltaram a trabalhar.
—Bash, o que você está fazendo aqui?
—longa história, margarida.—ele sorriu.
—eu sou um girassol!—ela sorriu de volta, cruzando os braços.
Ouviram a porta ser aberta, e viram que era Gilbert.
—o que vocês estão fazendo aqui? Os procurei por toda parte.—ele diz.—e por que você está seminu em um lugar cheio de mulheres?—se aproximou de Jade, colocando a mão em seus olhos.
—ah, pelo amor de Deus Gilbert.—Jade resmungou tirando a mão do menino de sua visão.
—a sorte finalmente sorriu pra mim.—ele diz.—senhoras, esse é meu amigo e parceiro de negócios, Gilbert Blythe.
—prazer em conhecê-las.—ele fala, com suas bochechas ficando vermelhas.
—ah, que bonitinho. Você está ficando vermelho.—Jade riu e apertou a bochecha do amigo.
—quer dizer que me acha bonito?
—e-eu não disse isso.—Jade fechou a cara, cruzando os braços e ouvindo o Blythe rir.
—não haverá trem até a amanhã. Então teremos que achar um hotel.—Gilbert explica.—podem recomendar um?
—que atenda pessoas negras?—uma das mulheres diz.—boa sorte.
—eu conheço alguém, que tem um quarto.—a outra que conversava com Sebastian fala.—ela deixa para as pessoas em necessidade.—ela chegou perto de Sebastian, lhe estendendo uma peça de roupa.—nunca vieram buscar isso.
—agora entendo o porquê.—ele diz ao examinar a peça.
—é o que posso oferecer.
—e qual o nome da pessoa que abriga viajantes desabrigados?
—Mary.