Voltei, desculpa a demora, era pra eu ter voltado quinta-feira, mas aconteceu imprevistos.
Pretendo voltar terça para outra atualização e sábado novamente para outra. Então, fiquem atentos.
É isso, espero que gostem.
(.)(.)
Eram quase onze horas da noite, a festa bombava dentro da casa, a fraternidade dos alfas haviam disponibilizado a mansão deles, onde moram somente alunos que possuem boas condições.
Uma boa parte dos amigos de Camila e Lauren haviam chegado há alguns minutos, faltavam apenas as duas, a Ally e o Will. O restante, Kristen, Machine, Dinah e Normani já estavam curtindo um pouco da festa.
O salão de dança era improvisado, sendo o lugar que era a sala tinha um espaço amplo com apenas a mesa do DJ.
- Acha que eles vão custar a chegar?- Kristen pergunta a Dinah com a voz um pouco elevada pelo barulho do ambiente.
A loira se encontrava agarrada em Normani, segurando-a firme contra si com uma bebida em uma de suas mãos e os olhos atentos nas pessoas ao redor, especificamente, para que ninguém chegasse em Normani. Por mais que alfas, predominantemente, respeitem muito os parceiros uns dos outros, ela prefere se manter em alerta.
- Elas ainda estão com os pais, talvez demorem para chegar um pouco.- Normani respondeu, distraída com a festa. Eram muitos acontecimentos, pessoas bêbedas, pessoas drogadas, pessoas fumando, pessoas ficando e ela podia apostar que o casal do final do corredor estavam fazendo sexo.
Normani fez uma careta ao constatar que era verdade e desviou a atenção para os amigos da Dinah.
- Estou ansiosa para contar a Camila.-Dinah comentou, euforica com a novidade que tinha. Normani sorriu e virou-se de frente para a alfa, fitando seus olhos cor de mel, brilhando em animação.
- E eu a Lauren.-Elas sorriram abertamente, uma bolha de paixão e carinho a rodearam e elas só enxergavam uma a outra, ignorando todos ao seu redor.
Outra musica iniciou, dessa vez, era uma lenta, a letra definia o momento entre elas, o romantismo reinava no mais novo recente casal.
- Do que elas estão falando?- Machine sussurrou para Kristen, que deu de ombros. Ambos estavam desconcertados com a cena, não tinha muito o que ser feito. Eles são solteiros, não tinham encontrado ninguém para flertar, então, ainda continuaram por perto.
- Acho que tão namorando.- Kristen disse, bebendo um poupo de sua bebida. Machine bufou, cruzando os braços.
- Perdemos mais um integrante.- Machine murmurou com pesar, olhando o casal que estava evolvido na musica que tocava, sorrindo, se beijando, sussurrando palavras carinhosas e apaixonadas.
- Nossas melhores combatentes.- Kristen comentou e o Machine assentiu, segundos depois o casal iniciou uma sensação de pegação, quase transando na frente deles, sem se importarem.
Eles fizeram uma careta de nojo, virando os rostos para qualquer lugar que não fosse as duas. Eles ficaram nesse desconforto até que o celular da Kristen tocou e ela saiu para entender longe do grupo e quando ela voltou, Dinah e Normani permaneciam da mesma.
- Queria um cigarro.- Machine resmungou, com tedio.
- Do que vocês tanto reclamam?- Ally diz ao se aproximar do grupo, sendo acompanhada pelo Will, que mantinha uma carranca, assustando algumas pessoas que passavam por eles. O alfa era mal encarado, as tatuagens a amostra também não ajudavam em sua imagem.
Ele se manteve assim, até avistar os meninos.
- E ai, galera?- Ele gritou, soltando a mão da Ally e abraçando forte Kristen e Machine, que retribuíram e começaram a fazer uma espécie de toque, envolvendo socos, cabeçadas e empurrões, tudo isso enquanto gritavam muito.
- Will?- A gritaria chamou atenção da Dinah, que ao ver o grupo fazendo o tal do toque, deixou Normani sozinha e foi até eles, entrando na brincadeira.
- Tá fraquinha, Dinah.- Will provocou quando recebeu um soco no braço de Dinah, que riu e o abraçou pela cintura, algo parecido com uma jogada de futebol americano. Ele gargalhou.
De longe, Normani e Ally observavam a cena, balançando a cabeça negativamente. Elas já sabiam o que vinha em seguida. Portanto, se olharam e cruzaram os braços, voltando a fita-los.
- Um, dois... - Elas não chegaram no três e eles se separaram bruscamente, como se tivessem algum doença, ficando desconfortáveis com o que havia acontecido. Era sempre assim, quando eles percebiam que tinha um contato demais, se separavam. - Alfas!- Normani e Ally resmungaram, juntas, revirando os olhos no mesmo instante.
- Vocês mandaram ver ontem, fiquei orgulhoso.- Will disse e os meninos se entre-olharam, rindo.
- O outro time também não era um dos bons.- Todos concordaram com o que Kristen disse. O que era verdade, por ser uma das partes iniciais das eliminações, os jogos não estavam difíceis de vencer.
- Eles quebraram a Camila.- Ally se entrometeu na conversa, ficando ao lado de Will, que mesmo sério, a abraçou de lado.
- Eles foram na maldade.- Normani também se intrometeu, indo para o lado da Dinah.
- Ela está bem, Lauren deve ter cuidado bem dela.- Dinah diz e recebeu um tapa em troca. Normani tinha a boca aberta, incrédula, enquanto Dinah alisava o braço levou o tapa. - Que foi que eu fiz?- Reclamou sem entender o ato repentino da ômega, que agora estava brava com a loira.
- Respeita sua amiga, Dinah.-Normani bradou e Dinah coçou a nuca, sem jeito, pois os meninos riam da cena e faziam tirações de sarro com a alfa.
Dinah até tentou se explicar, mas Normani não quis ouvir, resultando em uma bajulação para que a ômega pudesse falar e que elas se resolvessem. O grupo deixou as duas um pouco de lado e iniciaram um assunto totalmente aleatória, até Camila e Lauren chegarem.
- Elas estão vindo ai.-Machine anunciou, animado ao ver o casal se aproximando. A noite estaria completa apenas quando todos do grupo estivessem por perto e, para que isso acontecesse, faltava Camila.
Camila e Lauren andavam lado a lado, o braço da Lauren envolvia a cintura de Camila com cuidado, já que sua costela ainda estava um pouco machucada, enquanto a alfa tinha o braço envolta dos ombros da menor. Elas sorriam, acima de tudo, haviam tido um dia relaxante com a família, onde se divertiram bastante.
- Boa noite!- Camila saudou, demonstrando sua naturalidade britânica, por mais que seu sotaque explane de onde veio.
Lauren foi abraçar as amigas e Camila fez os mesmo com os amigos.
- Vocês demoraram.- Ally disse ao abrir os braços para receber Lauren, sorrindo quando a morena foi em sua direção ao sair do abraço da Mani.
- Lauren passou um ano para se maquiar.-Camila explicou, aproveitando para implicar com a namorada, que fechou a cara com o retorno do assunto, já que a alfa veio o caminho inteiro reclamando por elas estarem atrasadas.
- E você para arrumar o cabelo.- A ômega retrucou, fazendo Camila revirar os olhos e bufar com sua teimosia. Lauren não tinha medo de provoca-la e muito menos bater de frente com ela. Sua submissão agora parece um transtorno bipolar, às vezes muito frente e às vezes inexistente, como agora.
- Certo! Deixem os problemas de vocês de lado, hoje vamos nos divertir.- Dinah exclamou e os meninos gritaram, animados. A festa estava apenas começando.
- Não estávamos discutindo.- Lauren se defendeu, recebendo confirmação de Camila, fazendo Machine revirar os olhos.
- Tá bom, agora vamos para o que interessa.- Dito isso, ele ergueu o copo que estava sem sua mão, insinuando uma possível farra de alcoólicos.
Will riu e logo foi atrás de uma bebida para ele, aproveitando que Ally estava distraída conversando com as amigas, ele iria se divertir um pouco. Dinah pensou o mesmo e também foi pegar uma bebida, seguindo Will.
Restou apenas Camila, ela não iria beber, afinal, ela estava dirigindo e pior, Lauren estava como passageira, só para firmar sua decisão. Ela não beberia.
- Amor, eu vou dançar com as meninas, você vai ficar bem?-Lauren disse ao se aproximar da namorada, que assentiu, deixando um beijo casto nos lábios da menor, vendo-a suspirar.
Ela ama a sensação de ter a boca de Camila na sua. Ela também ama a maneira como Camila a olha, com carinho, paixão e desejo. Elas conseguiam ignorar o mundo só olhando nos olhos uma da outra.
- Vamos logo, Lauren.-Ally gritou, fazendo as duas sairem da pequena bolha. Camila olhou por cima da Lauren e viu Ally bufando, esperando que a ômega fosse dançar.
- Eu vou ficar aqui com o pessoal, não se preocupe.- Lauren sorriu, alegre. Ela se sentia aliviada em saber que Camila não tentaria impedi-la de se divertir com suas amigas, fazendo ela se apaixonar ainda mais pela alfa.
- Prometo voltar pra gente dançar.- Afirmou e Camila concordou, soltando a ômega aos poucos, sentindo um vazio quando Lauren sumiu ao lado das amigas.
Camila Cabello Point Of Views
Eu odeio ficar longe da Lauren, ainda mais quando tivemos pouco tempo para nós esses dias. Principalmente hoje, meu sogro me deixava ficar pouco tempo ao lado da filha, pois ele logo arrumava algo para fazermos, seja jogar futebol até limpar a casa.
Além disso, a dor em minhas costas tinham piorado no decorrer do dia, Lauren insistiu para que eu fosse para o hospital, mas eu neguei, argumentando estar bem, sendo que não estava e ainda não estou. Essa dor está me matando.
Ouvi os meninos me chamarem, olhei para onde eles estavam, tinha um sofá no quanto da sala, era um pouco distante do salão e tinha poucas pessoas por perto, era perfeito pra ficar quieta e relaxar um pouco as minhas costas. Então, eu fui até onde eles estavam.
- Chega ai, Camilk, vamos disputar quem aguenta beber mais.-Machine gritou, eufórico. As mãos dele estavam ocupadas com garrafas de uma bebida de cor estranha. Ele parecia uma criança que acabou de ganhar presente.
- Não vou beber, cara.- Anunciei, sentando no sofá ao lado do Will e da Dinah, suspirando quando encostei minhas costas no estofado do sofá.
- Veio dirigindo?- Dinah perguntou, estendendo um copo em direção ao Machine, que abriu uma das garrafas e começou a encher o copo dela.
- Era mais prático, além do mais, eu tenho prova esses dias, quero me manter sã.-Will assentiu, ele entendia e admirava a atitude de Camila, por mais que ela tenha errado no passado, a britânica continua sendo a mais centrada do grupo.
- Não ligo.-Dinah disse, dando de ombros. - Já estou reprovada na matéria mesmo.
- Essa é das minhas.-Olhamos para onde veio a voz, era o Troy, estranhei até, nunca mais tínhamos o visto, ele andava bem sumido.
- Cacatua!- Machine exclamou, surpreso, fazendo Troy revirar os olhos e nós rimos. Esses dois tinham uma amizade engraçada.
- Losa!- Troy retrucou, zoando Machine pelas várias tatuagens que ele têm. O objeto que Troy se referiu era usado nas instituições de ensino, onde podia riscar qualquer merda, por isso era um insulto.
- Por onde andou, Troy? Faz dias que não te via.- Dinah indagou, curiosa, bebendo um pouco de sua bebida em seguida. Troy se jogou ao lado do Will, que estava no sofá à frente.
- Tava ficando com um alfa ai, mas ele não quer me assumir, então eu deixei ele.-Resmungou, se inclinando e pegando uma das garrafas que estavam em uma mesinha de vidro, pegando também um copo e se servindo.
- Não duvido nada ser o Brad, com a masculinidade fraca dele não duvido.-Bradei, lembrando da audácia dele ao insultar a treinadora.
E, por ironia do destino, ao ouvir o nome do idiota, Troy cuspiu a bebida, deixando bem claro que eu havia acertado, causando um pequeno reboliço no grupo.
- Caramba! Não acredito que é o babaca do Brad.- Machine quase anuncia a todos o que estávamos falando e, mesmo que eu odeio o cara, ninguém merece sofrer preconceito, nem mesmo ele. Então, fiz questão em repreender o Machine com o olhar, o qual ele entendeu. - Desculpa.- Murmurou, abaixando o tom de voz e voltando a se acomodar nos sofá.
- O pior é que ele não é esse cara que ele aparenta ser.- Troy suspirou, cabisbaixo, tomando a bebida dele em apenas um gole, sem fazer careta. Ele parecia estar gostando mesmo do idiota.
- Bom, agora você tem duas opções, ou corre atrás dele e tenta resolver tudo, ou se junta a gente.- Dinah anunciou, enchendo o copo dele sem pedir permissão, Troy não esboçou nenhuma reação contrária, ele riu e bebeu tudo de uma vez novamente.
- Não vou correr atrás de ninguém.- Ele respondeu e isso atiçou ainda mais os meninos, que riram e gritaram, cada um bebendo mais uma dose.
- Um brinde ao sofrimento do Troy.- Kristen estendeu o copo no centro e todos repetiram, na mesma baderna anterior.
Pelo visto vou ser a babá deles hoje a noite e o pior, a motorista também. Bufei ao constatar isso. Eu não sentia falta da bebida, um cigarro, talvez, mas beber nunca foi meu forte, ainda mais com os fortes remédios que tomava/ainda tomo.
De longe vi o restante do time se reunindo, Brad estava no meio, sendo o centro das atenções, rindo, falando alto, provocando os ômegas que passavam por perto, um completo idiota, como não canso de repetir.
Um pouco ao lado dele estava o grupo das lideres de torcida e no meio delas, estavam as duas meninas com quem passei uma noite, Alexandra e a outra não lembro o nome, na verdade, fiquei tão louca naquela noite que me lembro poucas coisas, não fiquei bêbeda, eu sei que não.
Meu organismo não se afeta com bebidas, nunca fiquei muito bêbeda, aquela noite foi a única que eu fiquei um pouco mais alta, pois as bebidas nunca me deixavam alcoolizada o suficiente para isso. Retomar isso me deixou mais intrigada, me recordo apenas de tomar uns três copos, no último que pareceu desandar tudo.
Estranho! Nunca havia parado para pensar sobre isso.
- Essa noite vai ser pouca.- Escuto Will dizer, me despertando dos meus devaneios e eu concordo com pesar.
Dito e feito. A noite se resumiu apenas em provocações, Brad tentava a todo custo chamar atenção do Troy, mas o loiro estava mais interessado em ficar bêbado, as meninas com que fiquei também tentavam me provocar a todo custo, mando beijos e olhares nada discreto.
Para meu azar, a Lauren viu uma dessas provocações, já que tudo iniciou quando minha namorada voltou da pista de dança e sentou em meu colo, ofegante e sorridente, fiquei feliz por ela ter se divertido, pelo menos vir a essa festa tinha valido para algo.
- O que aquela piranha tanto olha pra você?- A ajeitei em meu colo e me acomodei melhor no sofá, tendo uma visão melhor se deu rosto, pois ela havia sentado de qualquer jeito.
- Não sei, Lo. Não liga pra ela.- Puxei seu queixo e a fiz me encarar, vendo que ela estava com um bico enorme, sorri e a beijei. Ela resmungou algo contra os meus lábios, ela até tentou resistir, mas se rendeu quando aprofundei o beijo, suspirando quando nossas línguas se encontraram e logo me afastou.
Lauren pegou meu maxilar, aproximou o rosto do meu e fincou suas unhas em minha carne. Me encarando, furiosa. Mordi meu lábio inferior, contendo o gemido em satisfação. Lauren brava fica tão sexy.
- Ela te quer.- Lauren exclamou, entre dentes.
- Mas eu não quero.-Retruquei, firme com minhas palavras, fixando meu olhar no seu e passando o máximo de firmeza possível, não só no olhar, mas também dentro das minhas calças. - Eu sou sua e você... - Peguei firme em uma de suas coxas e apertei. - Você é minha!- Ela prendeu a respiração e ficou tensa em meu colo, mas eu não me contentei. Eu queria mais, queria deixar claro as minhas intenções.
E como uma magica, ou alguém lá de cima estivesse vendo a tensão sexual que estávamos, uma música envolvente, batidas leves e lentas, soou pelos quatro quantos da casa.
Lauren e eu continuamos nos olhando, o qual prometia tantas coisas, que me deixavam louca só de imaginar.
- Nós vamos dançar, Lauren. Vocês não vem?- Lauren olha para Normani e depois olha para mim, eu não queria fazer ela ter que escolher então, e ela não tinha.
Percebi que os meninos também estavam se preparando para ir, então me deixei levar. Lauren pulou do meu colo, animada, me deu um beijo rápido e foi com as meninas na frente.
- Essa pista é nossa.- Kristen gritou e os meninos também, seguindo-a, cambaleantes até a pista. Dinah com Normani e Will com Ally, mesmo que ele não estivesse muito bêbado.
Lauren Jauregui Point Of Views
A noite tinha começado morna, em meio ao escurinho salpicado de neon da balada descolada. Os meninos estavam preguiçosos nesse dia. Mal saíram do sofá que tinha por ali. Camila quis ficar com eles, então resolvi me jogar na pista e me entregar a uma das coisas que mais me animam a alma: dançar entorpecidamente.
A noite tinha tudo para ser calma, Camila tinha ganhado o jogo, a peça foi um sucesso, nossos pais se entendem, tínhamos conseguindo empregos, enfim, só tínhamos coisas para comemorar.
Mas, tinha que ter algo para estragar. Aquelas meninas, aquelas benditas meninas estavam dando descaradamente em cima da Camila. Foi por isso que eu fui até ela, para tentar despistar os olhares daquelas piranhas, só que isso pareceu atiça-las ainda mais.
Foi então que a tensão começou, Camila sabia como desviar os assuntos, já havia percebido isso há um tempo, ela sabia me envolver, só me dava conta do que tinha acontecido tempos depois, quando já não tinha muito espaço para retomar o assunto.
No entanto, hoje ela não me escapa. Hoje irei colocar um ponto final nessa história, irei mostrar que ela é minha, só minha. Eu sei que não preciso fazer isso, mas eu quero e eu vou.
Em meio ao meu transe eletrônico, eis que meu potente radar - a NASA, se conhecesse, iria querer a patente, com certeza - capta uma vibração boa e safada, vindo de Camila. Nossas miras se cruzam e imediatamente meu raio trator se aciona. As caldeiras começam a se aquecer. Aperto os olhos, libero um dos meus sorrisos rasgados e inicio a dança da captura.
Eu nunca havia flertado tão abertamente assim antes, por mais que já sejamos namoradas, eu estava gostando desse jogo. É tão animador e revigorante saber que o que sinto por ela é reciproco e que ela está nessa tanto quanto eu.
Com as costas emolduradas só pelas alças da camiseta cavada, a poucos centímetros, que se movimenta, entre amigos, com a graça de um skatista adolescente. Nossos corpos se encostam e a troca de energia sexual é inevitável. Ela sorri de volta, indicando que seu território não oferecerá resistência a uma transposição de fronteiras. De frente uma para a outra, meu remelexo se encaixa no dela e as línguas entram em ação.
Meus dedos não resistem a conferir a maciez dos seus fios longos e castanhos, e, enredados por eles, procuram, ávidos, sua nuca lisinha. Minha boca mordisca o lóbulo de sua orelha esquerda. Ela se arrepia toda e me aperta a bunda. Sinto sua animação tesa e firme me cutucando abaixo da cintura e ela empurra minha mão para conferi-la.
Nesse momento estamos no alto da curva de tensão sexual.
- Você ama me provocar, não é, Lauren?-Sua voz saiu arrastada, mais rouca que nunca, fazendo-me arrepiar inteira. Suas mãos grandes e possessivas seguravam firme em minha bunda, enquanto eu, por conta dos saltos, mantinha as minhas em seu pescoço, sempre maltratando-o.
- Estou te provocando?- Sussurro no mesmo tom que ela, no pé de seu ouvido, me movimentando no ritmo, fazendo questão em roçar, "sem querer", em sua excitação. Ela rosna baixinho, possessa. Era isso que eu queria.
- Vou te provar.-Dito isso, ela não me deu tempo de contestar.
De repente, ela pega na minha mão e me guia até o banheiro... Entramos numa das cabines e o tesão explode em toques afoitos, beijos intensos e gemidos, que são abafados pelo talento do DJ que arrebenta na pista, a alguns metros dali.
- Você me provocou demais esses dias, Lauren, estou prestes a explodir.- Ela me empurrou e eu sentei no vaso, encarando-a ofegante e em expectativa. Ela estava diferente, não mais cuidadosa, causei o efeito que desejei. Queria ela louca por mim.
Camila abre o zíper da calça e me revela seu pau duro, reto e grosso, cheio de veias. Eu sei o que ela quer e, sentada no vaso, abocanho com gosto aquele monumento. Que delícia!
No ritmo da música, eu lambo, chupo, mordisco e sua glande com carinho. Não desvio meu olhar do dela, eu não perderia um segundo dessa dança sensual, suas expressões me diziam se eu estava acertando, ou não.
- Isso...- Jogando a cabeça para trás e uma de suas as mãos segurando as paredes da cabine e a outra segurando sua camisa, Camila me dava a visão mais sexy que já tive. Seu abdomen sexy, suas coxas firmes, sua boca gemendo meu nome... Ah, estou amando proporcionar isso ela.
Tiro seu pau da minha boca, babando-me inteira. Vi o que tinha feito, ele estava ainda mais atraente molhado com minha saliva, grosso, pulsante, veias grossas e que causavam uma lubrificação paranormal em minha calcinha. Camila é grande em tudo.
- Você gosta dele?- Ergo meus olhos e vejo Camila me encarando como nunca antes. Assinto, mordendo meu lábio. Com a mão que a mão que lhe dava equilíbrio, ela pegou a base de seu lindo pau e o bateu em meu rosto. - Ele é todo seu.-Sem mais delongas, abri minha boca e a engoli novamente, gemendo com a sensação de te-la em minha boca.
Quente, pulsante, deliciosa. Eu a queria para sempre em minha boca. Coberta por esses pensamentos, comecei a chupar como se fosse um picolé, passava a lingua da base, subindo lentamente, até chegar no topo e sugando tudo que tinha, sentindo a maciez daquela região e vendo que Camila amou, resolvi dar atenção apenas ali, mas sem deixar de mover minha mão pela base.
- Ah, Lauren... - Ela gemeu quando coloquei metade em minha boca.
Sem conseguir mais resistir, ela relaxa e... goza, na minha cara maquiada. Sinto-me poderosa por lhe proporcionar tamanho prazer... Mas isso não quer dizer que esqueci o que aconteceu há minutos atrás.
Então, me levanto e pego o papel higiênico, tentando me limpar. Ainda tremula, Camila põem seu membro para dentro e sorrir para mim, em outras circunstancias eu até me derreteria, suas covinhas sempre deixam fraca, mas não dessa vez.
- O que houve?- Ela pergunta quando tento passar por ela, testa franzia, bochechas rosadas e soada pelo recém orgasmo dado por mim.
Revirei os olhos e tirei sua mão do meu braço, causando surpresa nela.
- Vamos para casa.-Digo firme e ela inclina a cabeça um pouco para o lado. Sua lerdeza estava me dando nos nervos, mas por algum motivo, minha expressão não conseguia ultrapassar a neutralidade.
- Eu fiz algo de errado?- Dei as costas e abri a porta da cabine, olhando por cima do meu ombro e respondendo:
- Acho que você já tem a sua resposta.-Sai sem mais delongas e ela me seguiu, sem mais fazer perguntas.
Aquela era só uma demonstração do que eu faria essa noite com ela. Mostrarei que ela não precisa de mais ninguém, que eu posso ser tudo que ela precisa, seja de uma namorada fofa e carinhosa, seja uma amante ardente e disposta a coisas loucas por ela, como a que acabamos de fazer.
Quando saio do banheiro, sendo seguida por Camila, avisto uma cena um tanto estranha. Kristen e Mandy se pegando loucamente no corredor.
- Finalmente!- Me assusto com a presença repentina do Machine atrás de mim, ele tinha o fixo onde Kristen estava.
- Você sabia?- Indaguei, surpresa. Ele deu de ombros, assentindo. Voltei a encarar a cena.
Aquilo sim era uma novidade, Mandy sempre estava correndo atrás da Camila, não consegui esconder minha satisfação. Era menos uma, além disso, elas fazem um belo casal, quebrando todo o tabu sobre portadores de Sindrome de Daw, eles podem sim, viver normalmente e se relacionar com quem eles quiserem.
- Fiquei com ciúmes.- Virei para o lado e Camila tinha um olhar decepcionado e triste. Espremi meus lábios e dei um tapa no braço dela, fazendo-a me olhar assustada. - Que foi?- Não respondi e sai andando, deixando-a para trás.
Era só o que me faltava, ela ainda tem coragem de perguntar o que foi.
- Lauren, me espera.- Ignorei seu pedido e continuei a andar, por mais que minhas pernas tivessem pesado e meu instinto fosse de parar, eu continuei. Ela não tinha usado a voz de alfa, mas meu corpo queria parar ao seu pedido.
Passei apressadas pelas pessoas, louca para chegar fora da casa e ter um pouco de tranquilidade para surtar com Camila em paz. Se ela pensa que...
Escuto um barulho alto vindo de onde passei, viro e vejo Camila em pé, rígida e encarando algo em sua frente, suas costas largas subiam e desciam com rapidez, demonstrando que sua respiração estava ofegante. Meu coração acelera.
Então, com a mesma rapidez que sai, eu voltei, indo em direção à ela. Paro logo atrás dela, não vi quem ela encarava, muito menos o porque dela está assim. E, quando faço menção em me aproximar dela, Machine entra em cena, ficando no meio.
O que veio em seguida foi muito rápido, só vejo Camila praticamente voar em cima de alguém, preparada para brigar, Machine tentou impedi-la, mas não conseguiu. Ela começou a socar a pessoa em questão, a qual eu ainda não sabia quem era.
De repente surgiu um alfa, ele era enorme, vestia preto e não tinha a face totalmente a amostra, ele tinha algo na mão, não consegui identificar, mas quando vi ele indo até Camila com determinação, eu gritei. Camila pareceu me ouvir, parando de tentar atingir a outra pessoa e virou em minha direção, vi seus olhos faiscando em ódio, mas que cessaram quando me olhou, dei um passo a frente para ir até ela, porém, o que aconteceu no segundo seguinte me fez parar.
O alfa tinha ido parar atrás dela, dando algum tipo de tranquilizante na seringa que ele fincou no pescoço da minha namorada. Comecei a gritar desesperadamente por ela, eu queria fazer alguma coisa, ajudar... Mas mãos fortes em minha cintura me impediram. Não tinha muita gente ao redor, o corredor era pequeno, então a aglomeração não era tanta, mas mesmo assim, ninguém se opôs a nada.
Camila desmaiou, olhando para mim, gritando por mim, mas eu não pude ir até ela.
Eu fiquei em choque, minhas mãos, pernas, meu corpo inteiro tremia. Minha visão começou a embaçar, junto com uma dormência se espalhando por meu corpo.
O alfa pegou o corpo mole de Camila nos braços e saiu, me dando uma visão clara de quem estava brigando com minha alfa. Era o Keaton e ele tinha um sorriso satisfeito nos lábios, observando Camila se distanciar nos braços daquele alfa.
Minhas pernas não aguentaram o peso do meu corpo e eu esmoreci, caindo para o lado, no entanto, sendo amparada pelas mesmas mãos que me impediram de tentar salvar minha namorada.
- Me desculpe, Lauren.- Essa foi a única coisa que escutei, antes de ver uma cabeleira loira passar em minha frente.
CONTINUA>>>>>>>>>
Estão vivos? Se sim, não esqueçam de comentar bastante.
Volto terça. Beijos na teta esquerda e... Fui!