A Maré das Lembranças

By Dani_S_1151

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No último ano de seu High School, Kristin Brook segue o objetivo de se tornar alguém importante no mercado de... More

NOTA DA AUTORA
TRAILER Part 1 & SINOPSE
PERSONAGENS
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37

CAPÍTULO 8

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By Dani_S_1151

Estamos conversando.
Eu não sei o que devo dizer. - A-ha

— E aí você marcou muitos pontos. E como foi sua reação? — Quinn pergunta enquanto eu dirijo. Parece uma entrevistadora.

Eu me mantenho calada apenas ouvindo enquanto ainda estamos no carro.

— Amena. — responde Nathan.

— Amena, tipo, você está acostumando a jogar basquete? — ela pergunta tentando decifrá-lo.

— Sim, eu jogo desde criança. Onde morava tinha uma praça com uma quadra de basquete. Eu ia muito lá com o meu pai. — ele conta.

— Que legal. Onde você morava? — pergunta Quinn.

— Em Daly City. — ele responde.

Quinn solta um riso surpreso e eu arregalo meus olhos.

— Cara, você morou na cidade onde a Kristin morou. Que legal. Vai ver vocês já até se viram, mas não se conheciam. — Quinn diz algo esquisito, pois ela sabe que eu não me lembro, porém, eu paro e penso... É mesmo. Será que já nos vimos antes? Por isso que eu tive a impressão de já ter visto ele antes quando o vi pela primeira vez?

Eu olho para ele pelo retrovisor interno e vejo que ele está me olhando com os olhos semicerrados.

No que ele está pensando?

— Isso é tão maneiro. Eu queria saber jogar basquete, mas com esse tamanho vou precisar de no mínimo um salto 20. — compara Quinn.

Nathan ri.

— Pois é.

— No próximo jogo eu vou ir ao ginásio só para ver você. — agora ela usou uma tática maior no flerte.

— Vou adorar ter você como plateia. — ele diz e Quinn começa a rir de uma forma muito sugestiva.

Silêncio mútuo.

Não quero nem imaginar o que pode estar acontecendo ali atrás.

— Vocês querem ouvir uma música? — tento quebrar o clima e aumento o rádio.

Está tocando uma música animada que parece antiga.

— Ei. Eu conheço essa música. É do A-ha. — diz Quinn — Oh, things that you say.

Consegui distraí-la.

Is it a life or just to play my worries away? — Nathan está cantando também.

Ah não.

You're all the things I've got to remember. — canta Quinn.

You're shying away. — Nathan aponta para Quinn.

I'll be coming for you anyway. — Quinn aponta para si mesma e para o Nathan.

Eles estão cantando como se estivessem num palco e eu sou a plateia.

Take on me. — Nathan começa.

Take on me. — assente Quinn sem parar, sacudindo o cabelo que quase não tem, cantando no seu microfone imaginário; o tênis.

Nathan começa a assentir sem parar.

Take me on. — ele completa, juntando-se a ela no "microfone".

Take on me. I'll be gone... — Quinn começa a aumentar o tom de voz.

In a day. — Nathan emite um som agudo e eu não esperava que ele conseguisse.

Ambos começam a dar gargalhadas de si mesmos.

Eu mereço viu.

Quinn quando rir tem mania de se jogar em cima das pessoas e ela tá fazendo exatamente isso no Nathan.

Ela está com a sola do tênis arrastando no vidro do meu carro e sou eu que limpo na maioria das vezes.

Ambos parecem que estão tendo ataque de riso.

Eles riem tanto que ao invés de eu fazê-los parar com essa muvuca, estou sentindo vontade de rir também.

~~ ~~

Rimos tanto que o tempo passou e nem notamos.

Agora que percebo que estou prestes a estacionar o carro na frente da casa da Quinn. Ela já vai sair. Hora de se despedir.

— Ok, my friends, eu vou nessa. Beijos! — ela abre a porta do meu carro e sai. — Vejo vocês amanhã.

— Certo. Até a manhã, Quinn. — eu sorrio e ela fecha a porta.

— Tchau, Quinn! — Nathan parece muito amigável agora. No fundo, eu estou gostando disso.

Vou adiante levando Nathan para casa.

Olho para ele pelo retrovisor interno.

Ele percebe que eu o observo e sorri desse jeito dele. Eu amoleço e acabo sorrindo também.

— E aí, Kris. Posso me sentar ao seu lado? — ele pergunta. Eu permito e ele passa para o assento ao lado rapidamente — Valeu.

— Ok.

— Nossa. Aqui tá quente pra caralho. — reclama ele um pouco ofegante.

Realmente sentimos calor por rir demais, mas o ar está ligado, porém, não funciona tão bem como funcionava.

— Desculpe é que o ar-condicionado do carro não está funcionando muito bem. — explico.

— Tranquilo.

Começo a ouvir o movimento do Nathan e olho para o lado, vendo-o descer o zíper do seu casaco preto e o tirando rapidamente, expondo sua regata comprida.

Arregalo meus olhos e desvio o olhar.

Sinto até o cheiro do desodorante dele.

Tem um cheiro bom.

Caramba.

— Seu carro é maneiro. — diz ele.

— Esse é o antigo carro do meu pai. — tipo, não é maneiro não. Mas, tem ar e é útil.

— E qual é o problema? É antigo, mas é maneiro. — ele repara o carro todo por dentro.

— Queria achar o mesmo que você. — realmente queria.

Não acredito que o suor desse garoto é cheiroso.

— Pelo menos você tem um carro. Olhe para mim, sou...

— Um cara sem carro. — eu completo sua frase repetitiva e ele ri pelo nariz.

— Pois é. Sou um caso perdido. — ele se culpa, olhando pela janela.

Não estou conseguindo olhar pra ele.

Eu não estava sentindo todo esse calor, mas agora eu estou e até demais.

— Não diga isso. Você é ótimo no basquetebol. — pelo que dizem.

— Valeu. Queria poder achar o mesmo que você. — ele repete minha frase.

— Você pretende melhorar nos estudos? — preciso muito saber disso.

— Eu preciso melhorar, ou então, eu não seguirei a carreira que eu quero. — ele leva a mão com anéis até o botão do para-brisa do carro e o liga, fazendo o sereno no vidro limpar enquanto eu dirijo.

— Em qual Universidade você pretende entrar? — eu pergunto curiosa e também tentando descontrair.

— Todas da Califórnia que tenha o basquetebol.

— Entendo. Seus pais querem que você siga seu sonho, mas que se mantenha por perto. — suponho.

— Exatamente. — confirma ele. Achei que meus pais fossem os únicos. — Você também pretende entrar em alguma Universidade daqui?

— Sim. Eu só espero ser aceita. — só de pensar, a minha ansiedade volta.

— Pode ficar tranquila que você vai entrar sim. — ele diz com firmeza.

— Não é tão fácil assim. Essas Universidades tem veteranos incríveis. Eu vou ser só mais uma caloura entre milhares de estudantes mil vezes mais inteligentes do que eu. — isso é o que eu acho.

— Não se preocupe. Você vai entrar. — ele torna a dizer com convicção.

— Vou entrar? Como você sabe? — franzo a testa. Ele sempre vem com essas certezas.

— Não foi você quem disse que o estudo é para ter conhecimento e não para ser mais inteligente que outrem? Pois então se liga só em você e foda-se se os outros são mais inteligentes. O importante é você ter o conhecimento necessário para ser o que tanto quer. — ele me incentiva do jeito dele, mas de uma maneira que me deixa boquiaberta.

Droga, eu ainda estou dirigindo. Melhor
eu olhar para estrada antes que eu sofra outro acidente.

Eu pisco várias vezes voltando a olhar para frente.

— Pode desligar o para-brisa? — eu peço.

— Ah, deixa as palhetas dançarem. Está combinando com a música. — dançar? Ok, ele está zoando.

Acabei esquecendo que o rádio está ligado.

— Já limpou o vidro e não está chovendo. Desligue, por favor. — eu peço novamente, porém ele se recusa — Anda logo.

— Calma aí, deixa eu gravar isso que está engraçado. — ele leva a mão até o bolso da calça jeans e pega o celular.

Nathan começa a gravar o que está na sua frente e não é o para-brisa, sou eu.

— Me filmar não veio incluso na carona. — euheim. Ele tá me confundindo com a Quinn só pode.

— Eu não tô filmando você.

— Ah tá. — eu reviro os olhos.

— Sorri. — ele pede e eu faço uma careta bem feia mesmo.

E ele tá rindo.

Eu me irrito com essa infantilidade repentina e resolvo desligar, porém, ele não deixa minha mão chegar ao botão.

— Ei! — eu olho zangada para ele.

— Tá bom, parei. — ele guarda o celular.

É sério isso?

Ele está parecendo a Quinn.

— Isso não tem graça. Eu posso bater o carro e mais um acidente pode acontecer na minha vida!

— Acidente? — ele fica assustado e eu travo. Droga. Eu acabei falando. — Você já sofreu um acidente?

— Err... Não. — eu não sei o que dizer. Mas que droga.

— Você acabou de dizer que se bater o carro agora, será mais um acidente na sua vida. — ele me ouviu bem. Eu olho para ele que está me olhando com as sobrancelhas erguidas e está virando de frente para mim ao invés de estar sentado para frente. Ele está com os joelhos perto da minha coxa. — Você já sofreu um acidente?

— Não, eu... Eu sou a rainha dos tropeços. — tento não contar a verdade. Eu ainda não confio plenamente nele para falar sobre minha perda de memória. — Nesse sentido que eu quis dizer: A rainha dos acidentes. Quando eu esbarrei em você no corredor da escola, por exemplo. Tropeços.

— Achei que a Quinn fosse a rainha. — ele ri.

— Ela também é. — deixei escapar um sorriso.

Ele para de rir e me encara seriamente.

— Foi mal. Eu nem ajudei você no meu primeiro dia. — ele se lembra.

— Pois é. Aquilo foi muito gentil da sua parte. — eu estou sendo irônica.

— Eu sei. O que eu posso fazer para me desculpar? — ele pergunta.

— Estude. E orgulhe seus pais. — eu ergo as minhas sobrancelhas para ele e ele solta um riso olhando para os seus joelhos e volta os olhos para mim.

— Esse já é um dos meus objetivos. — ele diz, sorrindo sem humor.

Acabo sorrindo de lábios fechados, enquanto encaro seus olhos penetrantes.

Ele parece estar tentando se redimir. Espero que ele consiga ser um grande jogador de basquetebol.

— Bom... Chegamos. — eu aviso, estacionando meu carro em frente a sua casa. — Pode sair carinha atleta do Rock 'n' Roll que mora no casarão.

— Ui. Ganhei apelido, Kris? — ele me olha fixo e eu sinto que ele gostou disso.

— Pode ser. — ele solta um riso, pega a sua mochila no banco de trás, sai do carro segurando seu casaco preto todo embrulhado ao seu lado como uma bola de basquetebol e sobe a calçada. — Tchau, carinha atleta do Rock 'n' Roll.

— Tchau, Kris. — ele se despede e eu parto.

Isso é tão esquisito. Eu olho pelo retrovisor e lá está ele de novo como da outra vez e o vejo parado na calçada me olhando ir.

Ele pode ter saído do carro, mas o cheiro dele continua aqui.

Kris... Até que não é ruim.

Eu gostei disso.

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Oii, leitor(a) saiu a part 1 do trailer da história.

Nome do capítulo: TRAILER Part 1 & SINOPSE

Se gostar, por favor, vote ou comente para eu saber.

Agradeço desde . <3

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