Destinos Cruzados || Henry Ca...

By ingridautora

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Allison Williams sofreu uma perda devastadora. Sem o apoio do homem que amava, ela tinha apenas a sua irmã Ka... More

Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1 - Allison
Capítulo 2 - Kate
Capítulo 3 - Allison
Capítulo 4 - Nick
Capítulo 5 - Allison
Capítulo 6 - Ian
Capítulo 7 - Allison
Capítulo 8 - Ian
Capítulo 9 - Allison
Capítulo 10 - Nick
Capítulo 11 - Ian
Capítulo 12 - Allison
Capítulo 13 - Ian
Capítulo 14 - Helena
Capítulo 15 - Allison
Capítulo 16 - Ian
Capítulo 17 - Allison
Capítulo 19 - Ian
Capítulo 20 - Helena
Capítulo 21 - Helena
Capítulo 22 - Ian
Capítulo 23 - Allison
Capítulo 24 - Allison
Capítulo 25 - Ian
Capítulo 26 - Allison
Capítulo 27 - Helena
Capítulo 28 - Ian
Capítulo 29 - Ian
Capítulo 30 - Olívia
Capítulo 31 - Ian
Capítulo 32 - Ian
Capítulo 33 - Allison
Capítulo 34 - Ian
Capítulo 35 - Ian
Capítulo 36 - Allison
Capítulo 37 - Helena
Capítulo 38 - Allison
Capítulo 39 - Ian
Capítulo 40 - Allison
Capítulo 41 - Ian
Capítulo 42 - Allison
Capítulo 43 - Ian
Capítulo 44 - Allison
Capítulo 45 - Allison
Capítulo 46 - Ian
Capítulo 47 - Allison

Capítulo 18 - Allison

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By ingridautora

Eu me sentia muito bem e até mesmo feliz por ter permitido que Kate convidasse essas pessoas para comemorar o meu aniversário. Eram pessoas especiais para mim e, obviamente, era sempre um prazer passar tempo com todas elas, mas, naquele momento, a minha mente ainda estava um pouco desordenada.

Eu nem podia dizer que estava com o pensamento longe, porque meu pensamento, na verdade, estava bem ali.

Em Ian.

— Parabéns, Allison! Foi uma noite maravilhosa! – disse a senhora Mason, pegando sua bolsa e caminhando até mim. – É sempre uma alegria passar algum tempo com vocês, meninas animadas!

— É verdade. A juventude de vocês chega a ser contagiante. – a senhora Parker concordou, sorrindo docemente. – E adoro ouvir as histórias da Olívia.

— Foi um prazer receber vocês! Obrigada por terem vindo! – agradeci sorrindo – Olívia adora passar tempo com vocês, nós todas gostamos!

— Precisamos nos reunir mais vezes! – senhora Mason sugeriu – No entanto, precisamos ir. A juventude de vocês é contagiante, mas ainda somos duas velhas! – a senhora brincou, me fazendo dar uma risada. – Boa noite!

— Boa noite! – cumprimentei com um sorriso e acompanhei-as até a porta.

Assim que fechei a porta, vi Nick e Olívia, acompanhados por um Odin sonolento, montando um quebra cabeças, no chão da sala. Do outro lado estavam Ian e Kate, na cozinha, conversando sobre alguma bobeira, diante da forma que os dois riam sem parar.

Ri ao observá-los, mas decidi juntar-me a Olívia, Nick e Odin. Afinal, o menino parecia prestes a dormir no colo do pai.

— O que temos aqui? – perguntei, abaixando o suficiente para ficar na altura deles, mas Nick me puxou, fazendo com que eu caísse sentada no tapete. – Ei! – reclamei rindo e empurrando seu ombro.

Olívia deu uma gargalhada deliciosa de se ouvir, o que fez com que Nick e eu ríssemos junto com ela. Até mesmo Odin, que mal estava se aguentando em pé, riu da situação.

— Quebra-cabeça! – Nick apontou a mesa de centro, onde os três faziam um progresso decente, ainda que lento, nas bordas da imagem – Gosta?

Olhei para ele ri, balançando a cabeça.

— Quem acha que deu o quebra-cabeça a ela?

— Kate, é claro. Ela é a irmã divertida!

Empurrei seu ombro outra vez, fazendo com que ele risse alto.

— Se quebra-cabeça é o seu sinônimo de diversão, sinto dizer que você está ficando velho!

— Imagine você, que foi quem deu um de presente! – Nick alfinetou e eu ri.

— Cale a boca!

— A resposta de quem não tem argumentos... – Nick arqueou as sobrancelhas e sorriu vitorioso – E embora eu fosse adorar ficar aqui e continuar provando que eu estou certo...

— Tem alguém morrendo de sono. – concluí, olhando para Odin e sorrindo para o menino. – Hoje foi um dia longo para você, não é mesmo?

Odin riu e escondeu o rosto no ombro do pai, quando dei batidinhas leves com meu dedo na ponta de seu nariz.

— E como foi! – Nick concordou e riu – Como está sua semana? Podemos marcar de levar os dois para fazer algo diferente.

— É uma boa ideia. Vamos conversando sobre isso ao longo da semana, o que acha?

— Perfeito! – Nick concordou e sorriu – Vamos lá, hora dos abraços de despedida!

Ao ouvir as palavras de Nick, Olívia atirou-se em seus braços imediatamente, praticamente arrastando Odin consigo. O menino ria enquanto era esmagado entre Olívia e Nick.

— Ô, mãe! Entra aqui! – Liv pediu, esticando a mão para me alcançar.

Eu apenas ri e me juntei ao abraço desengonçado que acabou levando todos nós ao chão da sala. Estávamos todos rindo da situação e, para a sorte de Nick, aquilo parecia ter despertado Odin o suficiente para que não fosse muito trabalho carregá-lo até o carro.

— Já vão? – perguntei com tristeza e ele sorriu.

— Apesar de parecer infinita, às vezes a bateria do campeão aqui também acaba. – ele riu e eu também – Mas foi bom te ver. Não desapareça!

— Digo o mesmo! – sorri abraçando os dois ao mesmo tempo – Vamos mesmo combinar algo para essa semana. Olívia tem basicamente implorado para irmos ao Jardim Botânico do Brooklyn, ver as flores das cerejeiras.

— É uma boa opção! Tenho certeza que Odin também gostaria de ver. – Nick sorriu.

— Ai, vamos! Por favor! – Liv implorou – Elas são tão lindas!

— Pode deixar, mocinha! Entre nós dois e sua tia, sua mãe vai ter que aprender a se divertir. – Nick prometeu, rindo da careta que fiz ao ouvi-lo – Certo, agora precisamos mesmo ir. Odin, se despede da tia Allison.

— Tchau, tia Allison... – Ouvi a voz cansada de Odin e sorri antes de beijar sua bochecha rosada.

— Tchau, querido. – falei sorrindo – Durma bem!

— Tchau, tio Nick! – Olívia falou, abraçando Nick pelas pernas. – Não demora a voltar, eu fico com saudade!

— Pode deixar, princesa. Logo estaremos de volta! – Nick prometeu e acrescentou com um – E nós vamos ver as cerejeiras, não se preocupe!

— Eba! – Liv comemorou, me fazendo rir.

Nick voltou-se para mim, rindo feito uma criança sapeca.

— Promessa feita para criança... você sabe!

— Eu sei e é você quem vai bancar o passeio. – decretei e ele riu, surpreso. – Foi você quem prometeu. Nada mais justo!

— Se vai fazer Olívia e Odin felizes, eu faço com gosto! – Nick declarou, me fazendo rir.

Entre ele e Ian, todo o meu esforço para não deixá-la mimada iria por água abaixo!

— Tchau, Nick! – falei, rindo.

Acompanhei-o até a saída e me despedi dos dois pela última vez.  Liv já tinha retornado para a sala, mas agora Ian estava com ela. Ela, é claro, pediu para Ian ajudá-la a guardar o quebra cabeça que ela, definitivamente, não estava mais interessada em montar sem a companhia de Nick.

E ele, é claro, não foi capaz de dizer não. Nem sei dizer se ele tinha alguma intenção de negar qualquer pedido de Olívia.

— Tio Ian, podemos ver as lagartas? – pediu quase que imediatamente, ao terminarem de guardar as peças do quebra cabeça.

Eu queria saber há quanto tempo exatamente ela estava esperando para fazer aquele pedido. Olívia era uma criança espontânea, mas, se eu a conhecia bem  – e eu conheço –, ela estava pensando naquilo desde o momento em que guardamos a caixa dentro de casa, longe da loucura das visitas e conversas altas. 

— Se sua mãe não se importar... – Ian falou, olhando para mim como se buscasse aprovação.

Encolhi os ombros, mas não reprimi o sorriso.

— Confesso que também quero vê-las.

Olívia comemorou e Ian riu, indo até o local onde tínhamos colocado a caixa do presente, mais cedo.

— O que fazemos agora? – Ian perguntou.

— Acho que agora a gente precisa esperar elas subirem pra fazer o casulo. – Liv falou, apontando o tecido delicado que estava preso na superfície do pote fechado.

Ela tinha certeza, estava lendo o manual.

— Você acha? – Ian perguntou olhando para ela, que riu.

Olhei para ele com um sorriso. Olívia era uma criança inteligente, divertida e linda. Mesmo sendo sua mãe, sabia que essa era a verdade, independente da forma que eu a via como filha. Ela era simplesmente maravilhosa.

Mas ela também hesitava em falar coisas que sabia. Como se tivesse medo de errar, como se não pudesse emitir uma opinião certa. Não sei de onde vinha isso, mas eu tentava sempre incentivá-la a falar e me deixava feliz que Ian, ao invés de simplesmente dizer o que ela devia fazer, também parecia querer estimular Olívia a falar o que estava pensando.

Mesmo que fosse uma informação que ela tinha acabado de ler em um manual.

— É o que tá escrito! – Olívia riu, um pouco sem jeito. – Vou colocá-las ao lado da minha cama, assim posso vê-las sempre.

— Boa ideia. Quanto elas estiverem prontas, passamos os casulos para o habitat. – Ian comentou com um sorriso e Olívia concordou.

— Então vamos levá-las lá para cima e, depois disso, a senhorita pode bater asas para o banheiro. – Kate comentou recolhendo os materiais do jardim de borboletas, menos o pote com as lagartas que estava seguro nas mãos de Olívia.

Olívia suspirou contrariada.

— Não se preocupe, querida. Vamos passar muito tempo juntos enquanto as lagartas crescem. – Ian prometeu com tranquilidade – Eu vou esperar relatórios diários sobre o desenvolvimento delas.

Isso, de alguma forma, parecia deixar Olívia extremamente satisfeita.

— Eu acho que posso fazer isso! – Liv sorriu e Ian riu.

— Eu não tenho dúvidas! – Ian garantiu – Precisamos de você bem descansada para isso, não acha?

Olívia não estava feliz com a ideia de deixar a sala e perder a diversão com Ian, mas o novo "propósito" parecia lhe agradar o suficiente para que ela concordasse sem criar muito caso.

— Então tá! – ela concordou, olhando para a tia – Mas eu preciso levá-las para o meu quarto primeiro!

— Parece uma boa ideia. – Kate concordou – Dê boa noite a sua mãe e ao Ian.

— Boa noite, mãe! – Liv despediu-se com um abraço apertado e um beijo na ponta do meu nariz, como fazíamos sempre, desde que ela era um bebê

— Boa noite, meu amor. – retribuí o beijo na ponta do seu nariz, arrancando risadinhas dela.

— Boa noite, tio Ian! – Liv deu um abraço apertado nele e um beijo estalado em sua bochecha, fazendo com que ele risse enquanto retribuía o abraço.

— Boa noite, Liv. Durma bem e tenha bons sonhos! – Ian desejou.

— Cheios de borboletas, em um campo cheio de cerejeiras floridas!

— Soa como a perfeição. – Ian comentou e Liv sorriu, concordando com a cabeça.

Kate se levantou, nos desejou boa noite e dirigiu-se às escadas, junto com Liv e Sirius.

Em alguns instantes, nenhum deles estava ao nosso alcance.

Olhei para Ian, que parecia um pouco reflexivo.

— O que foi? – perguntei e ele sorriu fraco.

— Olívia é... – Ian suspirou, parecendo não saber exatamente o que dizer 

— Perfeita. – completei, sem falsa modéstia.

Eu não sabia poupar elogios quando o assunto era Olívia. Poder criá-la e ver diariamente a forma como ela se desenvolve e se transforma em uma menina tão preciosa... Isso é um verdadeiro presente.

O presente mais lindo da minha vida inteira. Nada se pode comparar.

— Sim. Ela é perfeita... – Ian concordou com um sorriso – Ela me faz pensar na minha filha. Isso é estranho?

— Não acho... – suspirei – Eu acho normal. Elas teriam a idade próxima.

— A mesma idade. – ele corrigiu suspirando e passando a mão no rosto. Toquei seu ombro com gentileza e ele colocou a mão sobre a minha – Tem sido uma semana difícil.

— Tenho certeza que sim. – falei virando meu rosto para olhá-lo diretamente – Mas não pode desanimar. Sua filha tem o pai mais incrível do mundo inteiro e ela vai amar você.

— Se eu encontrá-la.

Era como se uma nuvem carregada pairasse sobre ele, fechando o tempo, levando toda a alegria de um dia ensolarado embora.

— Eu não tenho dúvidas de que irá encontrá-la. – falei com toda a sinceridade – Somos teimosos demais, eu e você, para aceitarmos que qualquer coisa fique entre nós e os nossos filhos.

— Como conseguiu? – perguntou, me fazendo olhar para ele sem entender sua pergunta – Superar.

Desviei o olhar do dele e simplesmente dei de ombros, como se não quisesse demonstrar o quão pesado era aquele assunto, para mim.

— Não existe superar. – suspirei – Existe sobreviver. Reaprender a viver depois de sofrer algo tão brutal. Nos primeiros dias, desejei ter morrido com ela. – confessei pelo que acredito ter sido a primeira vez. Pelo menos em voz alta. – Pedia a Deus que me levasse para junto dela, todo dia, religiosamente. – continuei, aproveitando-me de seu silêncio. – Quando minha filha morreu, um buraco se abriu em meu peito. Buraco esse que tinha o tamanho e a forma exata dela. Meu coração, minha esperança, minha vontade de viver... tudo isso tinha sido engolido por esse buraco.

Ele virou o rosto. Eu já não estava olhando para ele mais há tempos, mas sabia que ele olhava pra mim enquanto eu falava. Sei que ele queria uma lição sobre vencer o luto e superar a dor, mas eu não podia ajudá-lo com aquilo. Até hoje eu sentia aquela dor, mesmo que em golpes mais suaves.

— Olívia. – respondi a pergunta que ele tinha me feito – Olívia me salvou.

Era a resposta que eu tinha, mas não era a solução que ele precisava. Ele precisava da filha dele, não da minha. Eu não me atreveria a dizer: Já pensou em ter outro filho? Você ainda é jovem!

Esse é top 1 de coisas mais imbecis que alguém pode dizer a uma pessoa que perdeu o filho, da forma que for. É grosseiro, desrespeitoso e completamente sem noção.

— Fico pensando... – ele suspirou, cansado – Onde ela pode estar... Se está segura, se é feliz... Se vou encontrá-la.

— Nada do que eu te disser, vai tirar sua mente disso. – declarei e ele suspirou. Sabíamos que era verdade, então não havia razão em discordar de mim. – O que você não pode, é desanimar. Precisa encontrar sua filha... – falei e ele me olhou como quem questionava se eu acreditava mesmo que ele não sabia daquilo. – Olívia precisa de uma nova melhor amiga, Kate está começando a se tornar uma má influência.

Sua expressão suavizou e ele soltou uma risada fraca, mas sincera. Ian sorriu e me olhou com gratidão. Eu não sabia bem o porquê, mas recebi o sentimento.

— Você é uma das pessoas mais incríveis que eu conheço.

Seu olhar era, como de costume, gentil e carinhoso. Só que dessa vez, parecia ter algo mais profundo e intenso, algo que estava bem escondido atrás de muitas outras coisas.

Olhei para ele com carinho.

Eu não sabia o que era, mas ele despertava algo em mim. Algo intenso.

— Eu sei disso – sorri, o que fez com que ele desse outra risada, mas rolasse os olhos ao mesmo tempo – Você deixa isso bem claro e eu sou boa em perceber os sinais.

Ele arqueou uma sobrancelha e me encarou com o olhar divertido e uma pergunta silenciosa em seus olhos.

— Sinais?

— Vou abrir o vinho que você trouxe. – informei – Quer uma taça?

Fui até a cozinha e servi duas taças do vinho que Ian me deu de aniversário, sem realmente esperar uma resposta dele. Ele não recusou, mas me acompanhou até a cozinha e sentou-se ao meu lado na ilha.

— O que achou? – perguntou após experimentar um gole da bebida.

— Delicioso, como sempre. – respondi olhando para ele, fazendo um esforço sobrenatural para não rir. Mesmo sem eu ter rido, sua sobrancelha formou um arco perfeito em sua testa mais uma vez, como sempre acontecia quando algo lhe chamava atenção – Sem aliança hoje? – desconversei.

Ian não respondeu imediatamente. Antes, deu outro gole no próprio vinho, olhando o dedo anelar como se só agora tivesse lembrado da ausência do anel.

— Não existe propósito em continuar usando aquilo. Simboliza algo que há muito tempo não existe mais.

— Já se decidiu, então?

— Já. – falou sem hesitar e eu sorri sem nem saber o porquê – Eu posso não saber o que eu quero, mas sei o que não quero.

— É um bom começo. – falei olhando em seus olhos, desviando lentamente o olhar para os seus lábios, percebendo que o seu próprio olhar imitava o meu gesto.

Havia algo magnético entre nós dois, puxando, atraindo lentamente um na direção do outro. Sorri quando nossos lábios estavam a um fio de distância, o cheiro do vinho em seus lábios e sua respiração contra o meu rosto, faziam com que não sobrasse sequer um pingo de resistência da minha parte.

Eu só queria que ele me beijasse. Nada mais.

Na minha mente, eu praticamente implorava por sua boca na minha.

Deslizei minhas mãos pelos seus braços, sentindo seus músculos sobre o tecido da camisa social que ele usava, parando em seu pescoço. Sorri para ele, sem conseguir desviar meus olhos dos seus, e desabotoei o primeiro botão de sua camisa antes de beijar delicadamente a pele de seu pescoço.

Mais um botão, mais um beijo.

Afastei o tecido, expondo parte de seu ombro, revelando alguns fios escuros que cobriam o seu peito. Não era um detalhe favorito meu, mas os pêlos pareciam deixá-lo ainda mais sexy.

Deslizei meus lábios sobre sua pele, beijando sua clavícula e me afogando no cheiro da sua pele, como se pudesse gravá-lo em minha memória. Senti seus lábios em meu pescoço, antes de sua mão se fechar nos cabelos de minha nuca e puxar minha boca contra a dele, em um beijo intenso e, sem sombra de dúvidas, avassalador. 

Consegui abrir mais alguns botões de sua camisa e toquei seu peito nu, raspando minhas unhas delicadamente sobre sua pele. Ian segurou meus cabelos com mais força, mordendo meu lábio inferior e deslizando sua língua sobre a minha, arrancando um suspiro meu. Enfiei os dedos entre os cachos escuros de seus cabelos e o beijei com mais vontade, aprofundando o beijo.

Ele me segurava com firmeza pela cintura e pela nuca, me puxando ainda mais contra o seu corpo. De repente, ele interrompeu o beijo e se afastou alguns milímetros. Nós dois nos encarávamos sem saber exatamente o que dizer.

Eu só conseguia pensar que queria levar aquilo até onde ele aceitasse e eu estava torcendo para que ele quisesse levar aquilo bem, bem longe.

— Você não faz ideia de como eu esperei por isso. – ele sussurrou fechando os olhos, deslizando o nariz sobre o meu.

Aquele nariz imperfeitamente perfeito.

O desejo queimava minha pele. Eu sabia que o queria, só não sabia que queria tanto!

Não respondi, não falei nada sobre o que ele tinha acabado de me dizer. Apenas dei um beijo em seu queixo, mordendo-o de leve em seguida. – Estou feliz que tenha vindo. – sussurrei, distribuindo beijos por sua mandíbula, até a nuca.

Ele era tão cheiroso!

Eu ainda queria descobrir qual defeito dele. Até agora ele era basicamente irresistível.

— Quero experimentar cada pedaço de você.

Eu sentia meu desejo por ele aumentar mais a cada instante e minha respiração já estava acelerada pela antecipação, mas eu não acreditava que a minha cozinha era o melhor lugar para o que quer que ele tivesse em mente.

— Vamos sair daqui... – pedi com a voz fraca e ele prontamente concordou.

Não sei dizer como conseguimos subir as escadas sem ninguém tropeçar ou fazer barulho, já que nenhum dos dois conseguia manter as mãos – e nem a boca – afastadas um do outro.

Aquilo era como uma tortura lenta e deliciosa, mas nenhum de nós queria que aquilo realmente tivesse um fim.

Quando alcançamos o quarto, o mundo inteiro parecia ter parado de girar, só para que aquele momento acontecesse no ritmo único e perfeito para nós dois.

Aquela noite provavelmente não sairia da minha mente tão cedo. Talvez nunca, para ser sincera.

A forma como suas mãos me tocavam e a maneira como encontrei o prazer em seus lábios – como jamais nenhum outro homem sonhou em fazer –, assim como o som de sua voz, gemendo o meu nome naquele momento de prazer, eram mais do que o suficiente para que cada segundo daquele momento ficasse gravado na minha memória.

Tudo, absolutamente cada detalhe dele, parecia ter sido feito sob medida para mim. A forma como sua boca se encaixava na minha e a maneira como eu me sentia perfeitamente preenchida por ele não podiam significar nada além do fato de que aquele encontro precisava acontecer, de uma forma ou de outra.

Podia soar como exagero ou loucura para qualquer outra pessoa fora desse momento, mas era apenas a verdade. Eu nunca, jamais, tinha encontrado uma conexão como a que eu estava compartilhando com ele naquele momento.

Ia além das nossas histórias tristes e era muito mais profundo, muito mais intenso, do que qualquer coisa que eu já tinha experimentado com algum homem na vida. Naquele momento, enquanto seus braços abraçavam meu corpo com força, enquanto ele me consumia por inteiro, eu tive certeza que minha vida seria dividida em antes e depois dessa experiência.

E se antes o mundo inteiro parecia ter desacelerado para nós dois, naquele momento, enquanto eu me permitia explodir no prazer que ele me oferecia, o mundo parecia ter parado completamente.

Por alguns segundos, ficamos apenas olhando um para o outro.

Eu sentia como se minha alma tivesse deixado o meu corpo. Nenhum dos dois ousou dizer uma palavra e, ainda que quiséssemos, o único som no cômodo eram os de nossas respirações fora de controle. Eu ouvia meu sangue pulsando em meus ouvidos e me permiti apreciar a sensação de completo êxtase que ele tinha deixado em meu corpo e a marca que ele tinha deixado em cada um dos meus sentidos.

Tinha sido bom.

Incrível, para dizer a verdade.

Ele não falou nada, só sorriu, me fazendo acreditar que compartilhávamos da mesma opinião.

Então, ele me beijou outra vez. Dessa vez, sem urgência, só apreciando os pequenos gestos.

Eu não queria saber se era certo ou errado, mas a sensação se aproximava muito da perfeição. Seus lábios beijaram meu rosto, meu pescoço e deslizaram para os meus seios mais uma vez.

Quando nos demos conta, estávamos ali dando prazer um ao outro novamente, como se não tivesse sido o suficiente antes.

E bom, apesar de incrível... Não era o bastante. Pra nenhum de nós dois.

Eu não estava planejando dormir, de qualquer forma.


NOTAS FINAIS:

Eu sei que sumi, me perdoem! Eu mudei de país e ainda estou me ajustando a todas as coisas novas que vieram com isso! PROMETO que vou tentar ser mais frequente aqui. Espero que estejam gostando da história.

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